O professor Cid Olival Feitosa, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é o coordenador do Programa de Educação Tutorial (PET Economia) e tem experiência na área de Economia Regional e Urbana. Quando começaram a ser discutidas as medidas de enfrentamento à pandemia de Covid-19 e os efeitos na economia, os estudantes do PET decidiram criar um boletim sobre o tema.

Em entrevista ao programa Ufal e Sociedade, o professor falou sobre esse trabalho. Ele apresentou o PET Economia, que é um dos pioneiros na Ufal, criado em 1991. “O PET é formado por 12 estudantes bolsistas e mais alguns colaboradores. A tutoria é feita por um professor com doutorado na área, para orientar atividades de ensino, pesquisa e extensão e a formação ética dos integrantes, com maior inserção social, produzindo conhecimento”, relata o professor na entrevista.

Os estudantes José Henrique Costa e Caio Santana propuseram desenvolver análises voltadas para os impactos da pandemia de Coronavírus para serem divulgadas nas redes sociais. “Aproveitando a experiência que já temos em produzir um Boletim de Conjuntura de Alagoas, publicado mensalmente no site e redes sociais do PET Economia, desde 2015, fazendo levantamento de dados em institutos oficiais de pesquisa e análises comparativas com relação ao mês anterior e com o mesmo período do ano anterior, para identificar tendências”, explicou Cid Olival.

As análises foram ampliadas não só para os impactos setoriais, mas também para o contexto nacional e internacional. “Assim o boletim Covid-19 nasce com o objetivo de produzir informação sobre os principais impactos da Pandemia na economia de Alagoas e do país, principalmente. Um dos motivadores também foi a quantidade de informações equivocadas divulgadas por pessoas que não são especialistas da área, então pensamos em contribuir com a disseminação de análises com rigor acadêmico”, destaca o tutor do PET Economia.

Durante a entrevista para a Rádio Ufal, o professor Cid Olival discorreu sobre várias questões polêmicas da atualidade, como a falsa dicotomia entre garantir o isolamento social ou salvar a economia. “De um modo geral, essa pressão vem de empresários, junto aos governos centrais, visando a preservação de seus lucros. Nesses casos o que se observa é a defesa dos interesses privados ante as necessidades coletivas. O lucro econômico para essas pessoas está acima de tudo e de todos, ainda que para isso morram 5 a 7 mil pessoas, como disse um empresário brasileiro”, pondera o pesquisador.

Para saber mais, ouça a entrevista completa no Podcast da Rádio Ufal