Professores da Ufal são imortalizados na Academia Alagoana de Medicina

Os médicos Francisco de Assis e Nilza Martins foram recepcionados pela reitora honorária Ana Dayse Dorea
Por Manuella Soares - jornalista
09/07/2021 10h50 - Atualizado em 09/07/2021 às 18h07

A Universidade Federal de Alagoas está representada com mais duas cadeiras na Academia Alagoana de Medicina. O gerente de Atenção à Saúde do Hospital Universitário, Francisco de Assis Costa e a professora aposentada Nilza Maria Martins do Amaral foram empossados no último dia 30 de junho, na sede do Conselho Regional de Medicina.

O cardiologista e gestor do HU passa a ocupar a cadeira 18, que tem como patrono o médico Togo Falcão. “Minha gratidão aos que por aqui passaram, combateram o bom combate, completaram a caminhada, sem perder a fé, como ensinou o Apóstolo Paulo. E aos que aqui continuam e que tão gentilmente nos acolheram, só me resta prometer seguir caminhando, sempre mantendo viva a chama de uma Academia cada vez mais dinâmica, humanizada e inclusiva, atenta aos anseios e clamores de uma sociedade sedenta de educação, saúde, justiça e melhores condições de vida”, ressaltou Francisco de Assis em seu discurso de posse.

Ele lembrou nos importantes par a história da Academia, como o médico fundador e cinco vezes presidente, Milton Hênio Gouveia, além do presidente de honra vitalício, Ib Gatto Falcão.

 A solenidade ocorreu de forma presencial para os membros da mesa, seguindo os protocolos sanitários, e foi transmitida ao vivo para os demais participantes. Estiveram presentes a presidente, Gláucia Palmeira; o vice-presidente, Ednaldo Holanda; o presidente do Conselho Regional de Medicina, Fernando Pedrosa; e o secretário da Academia, que fez as honras da Casa, Hélvio Chagas Ferro.

A professora Nilza ocupa agora a cadeira de número 23, que tem como patrono Manuel Gonçalves Ferreira Filho. Num discurso emocionado, ela falou sobre a família, nomeando cada um responsável pelo que conseguiu construir. E lembrou que a paixão pela profissão foi incentivada pelo pai, obstetra, que chegava em casa cansado e feliz.

“É muito bom fazer aquilo que gosta, que tem amor. Amor esse que ele sempre demostrou  pela profissão que abraçou,  pela família, pelos amigos. E aí, decidi que queria ser médica!”, disse.  Em sua fala, citou trechos de diversas composições e encerrou com um de autoria desconhecida para retratar suas reflexões: “Somos a historia que escrevemos  a cada dia , vivendo conquistas ,experiências e descobertas , na certeza de que a vida é um  grande momento para  todos nós ‘’.

A reitora honorária da Ufal, Ana Dayse Dorea foi escolhida para recepcionar os novos acadêmicos e fazer a apresentação deles aos imortalizados da Academia.

“Não tenho dúvida de que os novos consócios honrarão o legado dos seus eminentes patronos, doutor Togo Falcão e doutor Manuel Gonçalves Ferreira Filho, nomes que dignificaram o exercício da Medicina e sempre serão lembrados como profissionais respeitados pelo saber e pela integridade de caráter”, disse.

Ana Dayse enalteceu a carreira dos médicos Francisco e Nilza e destacou a alegria de receber dois professores para ocupar as cadeiras da Academia: “Os professores ocupam a cimeira nos processos de mudança das sociedades, o que estimulará atualizados e revigorantes debates. Ao mencionar que Francisco é lotado no Campus Arapiraca, lembrou com orgulho a interiorização da Ufal, que conduziu durante a sua gestão na Reitoria.

Sobre Nilza, destacou: “Uma mulher de personalidade forte, exemplo de honradez, compromisso, responsabilidade e ética na profissão médica”.

A Academia

Fundada em 1994 a Academia Alagoana de Medicina é presidida atualmente por Gláucia Palmeira. A instituição fundada pelo pediatra Milton Hênio possui 45 membros titulares e igual número de patronos.

Os requisitos para ser admitido na academia são titulações acadêmicas, trabalhos científicos publicados no Brasil e exterior, participações em congressos médicos, cargos e funções exercidas na área de saúde, atividades de magistérios superior, presidência de entidades associativas médicas, exercício da medicina por mais de 25 anos e, por fim, reputação ilibada.

Todas as cadeiras têm como patronos personalidades da história da Medicina alagoana, professores de renome, profissionais abnegados e de caráter ilibado.