A professora Marília Goulart, do Instituto de Química e Biotecnologia (IQB) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) está entre os cientistas que foram condecorados com a medalha da Ordem Nacional do Mérito Científico, entregue em cerimônia realizada na manhã desta quarta-feira (12), no Salão Oeste do Palácio do Planalto, em Brasília.

A cerimônia conduzida pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, foi marcada pelos discursos evocando a retomada da Ciência e do investimento em Educação no país. Durante a cerimônia, o presidente relançou o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e anunciou a realização da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, prevista para 2024.

A medalha da Ordem Nacional do Mérito Científico foi instituída em1993, pela Ordem Nacional do Mérito Científico, para homenagear "personalidades nacionais e estrangeiras que se distinguiram por suas relevantes contribuições prestadas à Ciência, à Tecnologia e à Inovação".

Em 2021, a professora Marília Goulart foi indicada para receber a honraria, mas, assim como outros 20 cientistas, ela se recusou a receber a medalha durante a gestão do ex-presidente Bolsonaro. Na época, a pesquisadora da Ufal ratificou o documento denunciando “uma clara demonstração de perseguição a cientistas, configurando um novo passo do sistemático ataque à Ciência e à Tecnologia por parte do governo”.

A posição dos cientistas naquela ocasião foi em solidariedade aos pesquisadores Adele Schwartz e Marcus Vinícius, que foram excluídos da lista de agraciados pelo então presidente Bolsonaro. Os órgãos que indicaram a lista dos condecorados emitiram notas repudiando a ação do presidente. Na cerimônia realizada hoje, além dos novos indicados, foram condecorados os dois pesquisadores excluídos anteriormente e também os que se recusaram a receber a comenda por solidariedade a eles.