Encontro Nacional Gentes do Brasil reflete sobre escravidão

Evento segue até esta sexta discutindo temáticas ligadas à formação social brasileira
Por Janyelle Vieira - estagiária de Jornalismo
30/08/2019 09h05 - Atualizado em 22/11/2021 às 09h05
Mesa de debates da quinta-feira (29)

Mesa de debates da quinta-feira (29)

O Núcleo de Estudos Sociedade, Escravidão e Mestiçagens (Nesem) da Universidade Federal de Alagoas realiza seu 4º Encontro Nacional com o tema Gentes do Brasil. No primeiro dia, aconteceu a cerimônia de abertura seguida de uma conferência. 

Já na tarde dessa quinta (29), no auditório da Reitoria da Ufal, Campus A. C. Simões, houve a mesa redonda Escravidão e Sociedades no Século 18”. Participaram do debate a doutoranda em História Luanna Ventura, a professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco Suely Almeida, a mestra em História Fabianne Nayra e o professor da Ufal Gian Carlo. 

No momento, foi discutida uma micro história social da tributação sobre os escravos em Pernambuco com o intuito de apresentar a dimensão fiscal do comércio dessa pessoas; quais direitos incidiam sobre os escravizados e o comércio de cativos da família negreira em Pernambuco com dados obtidos numa varredura de arquivos que dão conta da escravização de negros da capitania do Estado, das trajetórias de homens pardos escravizados em Alagoas e demais casos de escravidão. Logo após, teve início o bate-papo Calabar: Herói ou Vilão?, e o lançamento da Revista Graciliano Ramos. 

O evento segue até esta sexta-feira (30) com a mesa redonda O Brasil Oitocentista e a Escravidão, às 14h30 e a conferência de encerramento às 19h. 

Para o professor Gian Carlo, organizador da atividade e fundador do Nesem, o evento está sendo positivo e o legado esperado pelo encontro para a Ufal são pesquisas dessa temática da escravidão e da sociedade no período colonial e imperial.

Núcleo de Estudos

O Núcleo de Estudos Sociedade, Escravidão e Mestiçagens (Nesem) foi criado em 2014 e envolve estudantes da graduação e pós do curso de História da Ufal e integra a Rede de Grupos de Pesquisa Escravidão e Mestiçagem, que tem sede no Departamento de História da Universidade Federal de Minas Gerais. Os integrantes pesquisadores atuam em diversas áreas da produção do conhecimento histórico o que possibilita, ao Núcleo, tanto transitar quanto criar bases de forma segura na história local, regional e nacional. O Nesem atua nas linhas de pesquisa Família, Igreja Católica e Sociedade no Brasil, e História da Escravidão e das Mestiçagens. Atualmente está envolvido no projeto História da Escravidão em Alagoas: conceitos, instituições, dinâmicas sociais, econômicas e culturais séculos 18 e 19 (1750-1889).