Laboratório da Ufal divulga previsão do tempo diariamente

Monitoramento também mostra chuvas abaixo da média para os próximos meses em Alagoas
Por Ascom Ufal
08/05/2019 10h11 - Atualizado em 22/11/2021 às 09h05
Precipitação de chuvas em Maceió

Precipitação de chuvas em Maceió

O Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) da Ufal lançou um novo produto: a divulgação de diária da previsão do tempo para todo o país nas redes sociais do @Lapismet. De acordo com o professor Humberto Barbosa, a iniciativa foi para atender à grande demanda que recebe todos os dias por informações confiáveis sobre as condições do tempo em várias regiões do Brasil. 

O Lapis também divulgou a previsão para a quadra chuvosa na região litorânea de Alagoas, que marca os meses entre abril e julho. Maio já começou e as precipitações de chuva continuam baixas. O professor Humberto adianta que a previsão de pouca chuva para o período se mantém. 

“O que define o início da quadra chuvosa em Maceió é o predomínio dos ventos alísios vindos do Sudeste. O início da estação chuvosa teve início no último dia 23 de abril. As chuvas na capital continuam muito abaixo da média, com chuvas inferiores a até 50% em relação à média climatológica”, informa. O pesquisador alerta que “a previsão sazonal para o próximo trimestre, maio, junho e julho, apontam que a tendência de diminuição das chuvas persistirá, com volumes inferiores a 50 ou até mesmo 60% abaixo da média”. 

As causas, explica o professor, é que “desde abril de 2018, as precipitações na Costa Leste do Nordeste foram reduzidas de forma bastante significativa e a temperatura da superfície das águas dos oceanos explica porque isso vem ocorrendo”. Ele esclarece que “a partir de abril de 2018, teve uma situação de La Niña no oceano Atlântico. Em julho de 2018, o oceano Pacífico ficou neutro. Desde novembro, o El Niño, de intensidade fraca, tem influenciado o clima da Costa Leste do Nordeste. Nesse momento, está configurado um El Niño de intensidade moderada”. 

Esses fenômenos, segundo Barbosa, “quando associados a uma condição de temperaturas baixas das águas do Atlântico Sul, implicam na redução das chuvas na região. Por consequência, as temperaturas de Maceió, desde maio, ficaram bem mais altas, com até quatro graus acima da média normal climatológica”. 

Essa condição climática, informa o pesquisador, também influenciou os municípios do Semiárido alagoano, principalmente Agreste e Sertão. “Nessas mesorregiões, a estação chuvosa ocorre de fevereiro a maio. Até agora, as chuvas foram muito abaixo da média. Cerca de 40 municípios estão em situação de emergência e a falta de chuvas afetará muito a disponibilidade de água para as comunidades urbanas e rurais”, aponta. 

Ele destaca que “o Noroeste da Amazônia, que inclui o estado da Amazônia e de Roraima, e o Leste do Nordeste, notadamente Sergipe, Alagoas e Leste de Pernambuco, registraram chuvas bem abaixo da média em abril. Nestes locais, foram registrados volumes médios que caracterizam condição de seca, em relação à normal climatológica”. 

Essas informações, bem como as relacionadas às condições que possam aumentar o risco de movimento dos solos nos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro, são divulgadas diariamente no Canal e nas redes sociais do Lapis.

Para conferir, acesse Instagram e Facebook @Lapismet, além do blog Letras Ambientais.