Produtores de peneiras de bambu recebem assistência de projeto da Ufal

‘Peneirar para fortalecer’ ajuda os artesãos a se regularizar e trabalhar em um sistema cooperativo
Por Thamires Ribeiro – estagiária de Jornalismo
13/03/2019 07h20 - Atualizado em 13/03/2019 às 17h14
Projeto da Ufal auxilia produtores de peneiras de bambus de Coité do Nóia. Fotos: Arquivo Pessoal

Projeto da Ufal auxilia produtores de peneiras de bambus de Coité do Nóia. Fotos: Arquivo Pessoal

Cerca de 60 famílias que produzem peneiras de bambu na cidade de Coité do Nóia, no Agreste de Alagoas, são beneficiadas pelo projeto de extensão Peneirar para fortalecer da Universidade Federal de Alagoas. Os artesãos recebem ajuda para a regularização da situação e para trabalhar em um sistema cooperativo.

O projeto foi um dos selecionados no Programa Círculos Comunitários de Atividades Extensionistas (Proccaext) em 2018 e é coordenado pelas professoras Sandra Gonçalves e Jane Marinho, do Campus Arapiraca. Três estudantes bolsistas, oito voluntários e outros três professores também fazem parte do projeto.

As famílias atendidas são das comunidades Retiro e Cruzes, que ficam em Coité do Nóia. Estudantes e professores de Administração Pública e Letras, e professores de Pedagogia e Geografia participantes do projeto fazem as visitas e prestam assistência.

“Um dos papéis é ajudar a regularizar a situação dos artesãos, no que tange a implantação de um empreendimento solidário, onde possam trabalhar em sistema de cooperativa e apoio mútuo. Quanto a produção, nosso apoio é no sentido de ensiná-los a trabalhar em cooperação, dividindo espaço com parceiros de produção, propondo capacitação para melhoria da forma de produção, encaminhando para as Incubadoras que darão apoio na forma de trabalho e gestão”, explicou a professora Jane Silva.  

 De acordo com a docente, o objetivo do grupo é fortalecer a história e a cultura, que é passada de geração em geração, por intermédio de um trabalho educativo e integrador.

“Esse projeto vem com a proposta de auxiliar comunidades em processo de vulnerabilidade socioeconômica de municípios próximos ao Campus Arapiraca, onde são trabalhadas questões de caráter multidisciplinar integrando atividades de pesquisa, ensino e extensão, fortalecendo a formação acadêmico-cultural através da relação entre a Universidade e as comunidades”, disse a docente.  

O estudante Álvaro Nascimento está no 4º período de Administração Pública e atua no projeto como um dos bolsistas. Para ele, todos os envolvidos saem ganhando, os artesões e suas famílias, os docentes e os estudantes, já que há uma troca de conhecimentos com os artesãos e com o próprio grupo de extensão.

“É muito importante que eles recebam nosso auxílio e aprendam também com as nossas dicas e o conhecimento científico que estamos levando a campo, para que na prática eles possam ser beneficiados, de modo a ajudar todas as famílias alvo do nosso projeto. É uma experiência incrível, vale muito a pena fazer parte!”, afirma o estudante.