Núcleo de Acessibilidade da Ufal realiza exposição tátil

O intuito é despertar nos participantes um olhar humanizado e crítico para acessibilidade e inclusão social
Por Eurídice Carvalho - estudante
25/07/2018 10h59
Experiência pode ser vivenciada durante a SBPC Alagoas

Experiência pode ser vivenciada durante a SBPC Alagoas

O Núcleo de Acessibilidade da Ufal (NAC) realiza nesta semana em que acontece a SBPC Alagoas a exposição tátil O mundo em nossas mãos. Com o objetivo de mobilizar os participantes envolvidos para entender, refletir e pôr em prática o direito à inclusão social, a atividade acontece no CIC e é aberta ao público.

Ao chegar no local da exposição o participante é vendado e com a ajuda de um guia é direcionado para dentro da sala. Sem enxergar, ele é apresentado a alguns objetos do cotidiano para reconhecer o mundo com as mãos. É o que conta a estudante de Biblioteconomia da Ufal, Meire Lopes, que participou da exposição. "É tudo muito interessante! Parece que estamos entrando em um mundo diferente. Com a venda nos olhos parece que o espaço da sala e os objetos são maiores. Foi uma descoberta gratificante mesmo reconhecer os objetos através da textura e das formas", compartilhou.

Outro estudante da Ufal que passou pela mesma experiência foi Rodrigo de Oliveira, do curso de Ciências Contábeis. Ele fala da surpresa em conseguir reconhecer os objetos e leva consigo uma lição: "Devemos nos colocar mais no lugar do outro em todos os sentidos, percebi que preciso pensar um pouco mais nos cadeirantes, surdos, cegos... Me colocar no lugar deles e perceber o que eu posso fazer para garantir a acessibilidade para essas pessoas. Essa experiência serviu para isso, para despertar esse olhar crítico".

Nayanne Loide, estudante da licenciatura em História pela Ufal e integrante da equipe do NAC conta sua experiência na exposição e também na vivência no Núcleo. "Você começa a perceber coisas que normalmente você não perceberia. Começa a se preocupar com coisas, que para quem não tem nenhuma deficiência, são pequenas, mas que fazem grande diferença na locomoção dos cadeirantes e cegos, por exemplo. E esse é um dos nossos objetivos! É fazer com que as pessoas se coloquem no lugar do outro, despertar esse olhar para as necessidades de quem, às vezes, está tão perto da gente", declarou.