Tâmara Albuquerque – jornalista

O Hospital Universitário Professor Alberto Antunes tem prestado atendimento aos pacientes portadores de leucemia residentes em Maceió e no interior do Estado, sem nenhuma interrupção dessa assistência, através do Serviço de Oncohematologia. Atualmente, estão em tratamento no setor e sob a responsabilidade das médicas Ana Lúcia Rêgo de Olivieira Barros e Denise Bandeira, 22 pacientes, sendo 11 diagnosticados com leucemia linfóide crônica e 11 com leucemia mielóide crônica. No primeiro caso, os pacientes passam por procedimentos quimioterápicos, além da assistência ambulatorial e laboratorial. No segundo caso, eles fazem, ainda, o tratamento por inibidores de Tirosino Quinase.

O Hospital Universitário só não consegue atender à demanda dos pacientes com leucemia em estado agudo, que precisam ser internados para receber o tratamento, inclusive com a administração de plaquetas sanguíneas. Essa limitação na assistência ocorre em função do número insuficiente de leitos que a instituição dispõe para internamento de pacientes em todas as especialidades médicas. Hoje, o HU conta com 181 leitos à disposição dessas clínicas, a exemplo da neurocirurgia, cirurgia, pediatria, nefrologia e obstetrícia.

A direção geral do hospital tem empreendido esforços para ampliar o número de leitos na instituição e há quatro anos tenta implantar, em parceria com os gestores da saúde no Estado, projetos que possibilitariam essa ampliação no atendimento. Entretanto, somente agora, ao final de 2010, o hospital recebeu autorização do procurador Rodrigo Alencar, da Procuradoria do Trabalho, para contratação de 29 profissionais que darão suporte a 12 novos leitos (sendo seis para a clínica médica e seis para cirúrgica), destinados aos pacientes da oncologia. A contratação desses profissionais da área médica e da enfermagem, já selecionados, será efetivada este mês.

A Direção Geral do Hospital Universitário esclarece que não recebe qualquer verba federal, estadual ou municipal específica para atender pacientes portadores de leucemia ou de outras patologias da alta complexidade. A instituição recebe, exclusivamente, os recursos referentes aos procedimentos que ela realizou; ou seja, o hospital produz e é pago por essa produção. Esse modelo de financiamento das unidades de saúde conveniadas ao SUS é chamado de contratualização. No caso do HU, a contratualização é feita anualmente entre o hospital e a Secretaria Municipal de Saúde de Maceió, que detém o controle do repasse de verbas para as unidades.