NUSP realiza pesquisa sobre a Hanseníase em Alagoas


14/01/2009 11h44 - Atualizado em 12/08/2014 às 23h53
Turma que participou da oficina

Turma que participou da oficina

A Faculdade de Medicina da Ufal realiza um Projeto Piloto de Extensão, que visa a sensibilização e mobilização dos estudantes de Medicina e Enfermagem e as equipes da Atenção Básica, para a detecção precoce de casos de hanseníase no 7º  Distrito Sanitário de Maceió (Unidades de Saúde da Família - Rosane Collor, Village Campestre I e II, Sérgio Quintella na Santa Lúcia e Denisson Menezes, além das Unidades Básicas de Saúde – Djalma Loureiro e Tereza Barbosa , ambas no Eustáquio Gomes).

As atividades estão sendo realizadas em forma de oficinas sobre o tema. No encerramento da 1ª etapa, nesta sexta-feira, 16 de janeiro, os integrantes do projeto se reuniram com estudantes de Enfermagem e Medicina, na sala 203 do bloco C, do Núcleo de Saúde Pública - Famed.

Estão agendadas para esse mês as seguintes atividades: 19 de janeiro, oficina de sensibilização para os profissionais de nível médio das Unidades do VII Distrito Sanitário; dia 20, oficina de sensibilização para os profissionais de nível superior das Unidades do VII Distrito Sanitário; dias 26 e 27, micro-campanha de busca ativa de casos nas unidades de saúde; e nos dias 28 e 29, consolidação e análise dos dados e elaboração do relatório final.

Segundo Rejane Rocha, integrante do NUSP, a hanseníase é uma doença infecciosa crônica que leva à incapacidade física, atingindo principalmente a faixa etária economicamente ativa. No estado de Alagoas, a hanseníase é um relevante problema de Saúde Pública, com uma alta detecção e diagnósticos tardios, haja visto que 6% a 8% dos casos já apresentam incapacidades físicas no momento do diagnóstico.

“A realização desse trabalho de extensão, envolvendo professores, alunos, profissionais de Saúde e comunidade, será de grande importância para a detecção precoce dessa patologia, fim de que os pacientes não continuem sendo incapacitados em função do diagnóstico tardio”, afirma Rejane.

O projeto conta com a participação dos professores Antônio Piranema, Fernanda Monteiro, Rejane Rocha, sob a coordenação da professora Clodis Tavares, além de 9 alunos do curso de Medicina e 10 do curso de Enfermagem, que já possuem um certo conhecimento sobre a doença. A Famed, Esenfar e Nusp estão como parceiros neste projeto. “A pretensão é conseguir financiamento e aumentar o grupo, para que possamos expandir o projeto para o interior do estado”, disse a professora Rejane Rocha.

Segundo a estudante do 7º período de Enfermagem, Carla Islowa, o projeto é um meio de ampliar os conhecimentos sobre uma doença tão comum, pois o Brasil é um país com um parâmetro alto de endemicidade, mas que  por vezes passa despercebida.

Roberta Batista – estagiária de jornalismo