Em plena correria para a organização do 4º Congresso de Pesquisadores Negros do Nordeste (Copene), com a participação de quase duas mil pessoas, o professor Danilo Marques, do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), reservou um tempo para conversar com a Rádio Ufal sobre a preparação do Dia da Consciência Negra.

Neste ano, o Neabi da Ufal foi convocado pelo Ministério da Cultura (MinC) para organizar e coordenar a tradicional solenidade na Serra da Barriga. O Governo Federal aportou cerca de R$1,2 milhão por meio de um Termo de Execução Descentralizada (TED). Com esses recursos, serão organizadas as atividades culturais, políticas e toda a logística do evento, que vai contar com a presença de três ministros de Estado: Aniele Franco, da Igualdade Racial, Silvio Almeida, dos Direitos Humanos e Cidadania, e Margareth Menezes, da Cultura.

O Dia da Consciência Negra é celebrado no Brasil em 20 de novembro e tem como objetivo promover a reflexão sobre a importância da cultura afro-brasileira, a luta contra a discriminação racial e a promoção da igualdade de direitos. Essa data foi escolhida em homenagem a Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, que foi morto em 20 de novembro de 1695. Zumbi é um símbolo da resistência negra no Brasil, um guerreiro pela liberdade de seu povo.

A Serra da Barriga, localizada em Alagoas, é significativa para a celebração do Dia da Consciência Negra devido à sua importância histórica como o local onde se situava o Quilombo dos Palmares, que foi uma comunidade de negros e negras que resistiram à escravização e se estabeleceram na região, convivendo neste local por muitas décadas. O quilombo se tornou um importante símbolo de resistência à escravidão e de luta pela liberdade. Assim, a Serra da Barriga é considerada um local histórico importante e simbólico.