Encontro de Neonatologia do HU discute assistência a recém-nascidos

Tema foi discutido pelo neonatologista do Montreal Children’s Hospital, no Canadá, Guilherme Sant’Anna
Por Raoni Santos - jornalista
01/06/2023 16h17 - Atualizado em 01/06/2023 às 16h19

O Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HU/Ufal) foi espaço para discussão, na última quinta e sexta-feira, 25 e 26 de maio, para uma série de questões voltadas à neonatologia durante o 1º Encontro Internacional de Neonatologia, promovido pela UTI neonatal. No evento, profissionais com diferentes especializações ministraram palestras e workshops sobre cuidados, usos de recursos e procedimentos. Para conduzir boa parte da troca de conhecimentos, foi convidado o neonatologista do Montreal Children’s Hospital da McGill University Health Center, no Canadá, Guilherme Sant’Anna.

Para realizar um cuidado intensivo ao recém-nascido com qualidade é preciso que haja um grupo multidisciplinar, o que envolve, dentre outros, fisioterapeutas, enfermeiras, técnicos de enfermagem e médicos. A soma de esforços em conjunto gera melhores resultados aos pacientes. O intercâmbio de conhecimentos, de acordo com Guilherme Sant’Anna, se reflete na atenção ao usuário e o diálogo com um profissional proporciona uma experiência muito diferente da mera leitura de livros e artigos. “A discussão de temas da neonatologia é uma forma de atualização sobre ensino, terapias e condutas novas, fundamentais para o avanço no cuidado. Passamos o que é feito em Montreal, e os profissionais viram o que pode ser aproveitado e adaptado aqui em Alagoas”, pontua o neonatologista.

Ao reunir várias categorias assistenciais reunidas em prol da neonatologia, o encontro enfatizou a importância do cuidado multiprofissional no trabalho em equipe, que torna possível o cuidado junto a bebês prematuros. Segundo a neonatologista do HU, Bruna de Sá Duarte Auto, as unidades neonatais são capazes de prestar uma assistência de qualidade através da simplicidade, com menos antibióticos, ventilação, surfactantes e, por consequência, menos intervenções. “Com exceção de uma coisa dentre outras, claro: o amor. Na neonatologia, ele é essencial. Quanto mais, melhor. Praticamente em livre demanda, como leite materno. Assim buscamos uma redução da mortalidade infantil, não para gerar sobreviventes, mas sim para assegurar qualidade de vida a esses bebês, para que atinjam a plenitude da sua vida profissional, acadêmica e familiar”, conclui.

O evento teve apoio da Sociedade Alagoana de Pediatria e pode ser conferido no canal da Unidade da E-Saúde do Hupaa aqui e aqui