Ufal integra rede nacional que compartilha material acessível para pessoas com deficiência visual

Rede Rebeca é uma experiência de cooperação entre instituições públicas de ensino superior
Por Janyelle Vieira - estagiária de Jornalismo
06/07/2020 15h59 - Atualizado em 06/07/2020 às 17h02

A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) agora faz parte da Rede Brasileira de Estudos e Acervos Adaptados para Pessoas com Deficiência Visual (Rebeca). A rede visa a experiência de cooperação entre instituições públicas de ensino superior para desenvolver a oferta de material informacional acessível para pessoas com deficiência visual e estimular o intercâmbio efetivo de informações.

A iniciativa surgiu com um grupo de bibliotecárias em conjunto com equipe de Tecnologia da Informação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade de Brasília (UNB), Universidade Federal do Ceará (UFC) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Outras 4 instituições se agregaram a rede.

Na Ufal, a implantação da rede é uma iniciativa do Núcleo de Acessibilidade (NAC) da Pró-reitoria Estudantil (Proest) em parceria com o Sistema de Bibliotecas (SiBi/Ufal). Os setores serão responsáveis pela construção do repositório com acervos em formato acessível.

Para promover a cidadania, facilitar o acesso à educação e ampliar a oferta de exemplares para as pessoas com deficiência visual, a rede Rebeca quer disponibilizar documentos adaptados em bibliotecas digitais e reunir, em um único ambiente, um acervo expressivo de materiais acadêmicos com requisitos de acessibilidade segundo a Política Nacional da Pessoa com Deficiência.

No Rebeca, será possível a pesquisa nos acervos e repositórios de materiais acessíveis das instituições de ensino superior que aderirem à rede. Os catálogos destes repositórios estão sendo criados pelas instituições.

A assistente social Danielly Spósito acredita que a participação da Ufal na rede irá garantir e qualificar o atendimento das pessoas com deficiência na universidade. “Nossa participação vai ajudar ao NAC a qualificar o trabalho. Vamos ter um acervo de material adaptado 4x maior, porque vamos poder acessar aos materiais das outras universidades. Essa participação contribui com a universidade como um todo, assim como com os discentes de outras universidades que também terão acesso ao material” comenta.

De acordo com a bibliotecária Katianne de Lima, da Biblioteca Central da Ufal, a iniciativa também oportuniza a otimização do serviço de adaptação dos materiais acadêmicos já que evitará o retrabalho em relação aos materiais que porventura já tenham sido adaptados pelas instituições parceiras. “Tudo isso contribui ainda mais para socialização de práticas de acessibilidade na perspectiva de eliminar barreiras de inclusão das pessoas com deficiência no ambiente acadêmico” pontua.