Força-tarefa se reúne com reitora para apresentar discussões preliminares

Após a reunião, pesquisadores concederam entrevistas
Por Izadora Garcia - relações públicas
05/11/2019 14h57 - Atualizado em 05/11/2019 às 17h59
Reunião foi realizada com pesquisadores na Associação Comercial. Fotos: Thiago Prado

Reunião foi realizada com pesquisadores na Associação Comercial. Fotos: Thiago Prado

Na tarde da última segunda-feira (4), a força-tarefa montada pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) para monitorar o vazamento de óleo na costa nordestina realizou uma reunião preliminar com a reitora, Valéria Correia, no gabinete reitoral itinerante montado na Associação Comercial para apresentar as discussões preliminares sobre o caso. Na ocasião, os pesquisadores também deram uma coletiva de imprensa para os principais veículos de comunicação do Estado. 

Estiveram presentes os professores Emerson Soares, coordenador da força-tarefa; Lindemberg Araújo, do Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente (Igdema); Petrônio Coelho, Cláudio Sampaio e Alfredo Mojica, da Engenharia de Pesca de Penedo; Sandra Carvalho e João Inácio do Centro de Tecnologia (Ctec); Fabiana Couto e Alex Santana, da Secretaria Municipal de Recursos Hídricos (Semarh); Marília Goulart do Instituto de Química e Biotecnologia (IQB); Leonardo Viana, da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propep); e Fábio Guedes, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal). 

Marília Goulart, que participou de uma reunião com a Academia Brasileira de Ciências, em Recife, na última semana, falou sobre os eixos temáticos que já estão sendo pesquisados em outros estados e que podem nortear os estudos liderados pela força-tarefa da Ufal. Segundo a docente, as principais questões que devem ser analisadas são: origem do óleo; repercussão nos ecossistemas; efeitos do contato na saúde humana; destinação do óleo e biorremediação; impactos socioeconômicos do desastre e divulgação científica. 

De acordo com a pesquisadora, os estudos precisarão abranger um longo período de tempo, uma vez que é provável que alguns impactos só sejam percebidos em alguns anos. “Na ciência, precisamos de rigor e responsabilidade. A sociedade anseia por respostas imediatas, mas as soluções não são simples para problemas de alta complexidade e inéditos como estes”, frisou Marília Goulart. 

Emerson Soares informou que resultados preliminares de alguns estudos serão publicados pela força-tarefa até a próxima quinta-feira (7). De acordo com o pesquisador, análises recebidas durante a reunião, o teor de metais pesados em peixes da região de Piaçabuçu está muito alto. Ainda não se sabe se há relação com o vazamento de óleo, mas a situação é um sinal de alerta. 

Outro ponto discutido foi o financiamento das pesquisas. O pró-reitor em exercício da Propep, Leonardo Viana, informou que além de recursos próprios, a Universidade está em busca de editais específicos para estudos emergenciais relacionados ao derramamento de óleo. Fábio Guedes reafirmou a parceria com a Fapeal para financiamento com essa finalidade. 

Ao final da reunião, os pesquisadores participaram de uma coletiva de imprensa com veículos locais, na qual responderam perguntas sobre a questão.