Universo dos web-documentários é explorado na SBPC em oficina

Penúltimo dia de evento traz ao público gênero audiovisual pouco explorado
Por Gustavo Candido, estudante de Jornalismo
28/07/2018 17h54 - Atualizado em 28/07/2018 às 17h56
O objetivo da atividade era mostrar que essa pode ser uma boa alternativa para a discussão de questões sociais e culturais

O objetivo da atividade era mostrar que essa pode ser uma boa alternativa para a discussão de questões sociais e culturais

Com a presença do profissional da área de audiovisual Gláuber Xavier, foi realizada na manhã dessa sexta-feira (27) a oficina “web-documentários como forma de resistência”. O objetivo da atividade era mostrar que essa pode ser uma boa alternativa para a discussão de questões sociais e culturais. Desconhecidos por muitos, os web-documentários são marcados pela interatividade e tem narrativa não linear com múltiplas possibilidades. Em alguns deles é possível, por exemplo, escolher qual personagem se deseja acompanhar e qual direção se quer tomar na história. Algo parecido com o que é feito nos jogos.

Outra característica importante desse tipo de produto é o predomínio do consumo de forma individual, além da exigência de um domínio exclusivo na internet para a sua existência, tornando assim um pouco complicada a sua popularização no momento. Seu formato não permite que exista inteiramente em uma plataforma com grande visibilidade como o Youtube.

Entre as produções nacionais e internacionais apresentadas na oficina, o público pôde conhecer o alagoano “Viva a História”, idealizado por Gláuber e possível primeiro web-documentário produzido no estado. Também “Além do mapa”, sobre as comunidades do Rio de Janeiro, e que propõe através da imersão visual a desmistificação da ideia de que as favelas são apenas um antro de violência e tráfico de drogas.

Para Gláuber, a realização dessa oficina na 70° Reunião Anual da SBPC foi um momento de muito aprendizado para o público. Ele destacou a importância de se falar sobre os aspectos de produção. “Como a gente aborda uma linguagem que tá em curso, uma linguagem ainda desconhecida, que mexe com essas narrativas interativas multiformes, quando você apresenta aqui os caminhos para se chegar nesse lugar acaba sendo um momento de descoberta. Quando eu tive acesso à essas informações e à esses caminhos eu pude pensar em realizar as minhas obras.”

A estudante de Jornalismo Blenda Lorraine estava presente e a mistura entre diversas áreas chamou sua atenção. “Foi inédito para mim pois nunca imaginei que alguém pudesse mesclar Jornalismo, Cinema e Design como acontece na produção dos web-documentários,” concluiu.