Pesquisadores avaliam atuação dos governos diante da pandemia de covid-19

Luciana Santana, socióloga da Ufal, participa do trabalho sobre cinco países da América Latina em Revista Iberoamericana
Por Lenilda Luna - jornalista
26/04/2021 16h05 - Atualizado em 27/04/2021 às 16h13

A revista Iberoamericana, publicada trimestralmente com artigos científicos da América Latina, Espanha e Portugal, traz na edição publicada no final de março, artigos de pesquisadores avaliando as respostas do governo à pandemia da covid-19 em cinco países latino-americanos: Argentina, Brasil, Peru, México e Uruguai. 

Os artigos destacam que a pandemia colocou em prova a liderança dos presidentes desses cinco países. Sobre o Brasil, a avaliação foi feita pelas pesquisadoras Magna Inácio, da Universidade Federal de Minas Gerais; Marta  Mendes,  da Universidade  Federal  de  Juiz de Fora; e Luciana Santana, doutora em Ciência Política e professora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). 

Os textos avaliam quais foram as decisões tomadas para as políticas emergenciais diante da crise sanitária, apontando os fatores que contribuíram para situações de crise na liderança presidencial. “Em particular, os estudos permitem uma avaliação mais abrangente das respostas dos presidentes, que vão desde a inação presidencial, retórica populista e tomadas de decisão politicamente caras”, apresentam os pesquisadores. 

A professora Luciana Santana ressalta a importância de ter sido convidada como pesquisadora da Ufal a contribuir para essa publicação. “A Revista Iberoamericana é destinada aos pesquisadores da América Latina e mais dois países da Europa. É uma revista de relevância na comunidade científica da área e por isso amplia a visibilidade para as produções da nossa Universidade”, pondera Luciana. 

No artigo, as pesquisadoras brasileiras destacam que a inação deliberada do Poder Executivo Federal e a falta de coordenação federal colocaram o país entre os piores Federal é um ator essencial na produção das políticas nacionais no Brasil. Mas o presidente, Jair Bolsonaro, se recusou a liderar a governança da crise e, além disso, criou obstáculos às medidas de outras potências e governos subnacionais. O resultado tem sido medidas descoordenadas, erráticas e ineficientes durante o primeiro ano do ciclo pandêmico no país”, destacam no artigo. 

O artigo pode ser consultado aqui