48 anos na Ufal: Evandro Marroquim fala de sua história com a Foufal

Professor completa 48 anos de carreira no serviço público
Por Izadora Garcia - relações públicas
15/04/2021 17h02 - Atualizado em 23/04/2021 às 13h31

Recuperar sorrisos e devolver saúde e autoestima para os pacientes são as principais funções da odontologia. E o professor Evandro Marroquim, um dos decanos da Foufal, tem deixado um grande legado para seus alunos ao ensinar como fazer isso por meio da sua especialidade, a prótese dentária. São 48 anos de carreira dedicados ao serviço público na Universidade e à formação de jovens dentistas.

A história do docente na Universidade Federal de Alagoas teve início com sua graduação, concluída em dezembro de 1972, aos 21 anos de idade. Antes de começar a lecionar, foi estagiário e bolsista da disciplina de Materiais Dentários, seu primeiro contato com a prática do ensino. Em 1973, houve seleção para a categoria de Auxiliar de Ensino, existente na época, com o regime inicial de 12h semanais. A vaga era destinada à Prótese Dentária, e isso, curiosamente, fez com que houvesse uma guinada na escolha de sua especialidade.

Em 1980, surgiu o Plano de Reclassificação dos que criou alterações significativas nas carreiras, do ponto de vista trabalhista. Com isso, o docente passou para a categoria de Professor Assistente I, após 7 anos de Auxiliar de Ensino, situação idêntica à de Professor Colaborador recém-ingresso.

“A Ufal significa absolutamente tudo para mim. Minha vida de trabalho sempre se resumiu à Universidade e consultório particular até 2011, quando meu regime foi transformado em dedicação exclusiva. Daí em diante, de forma inversa ao que normalmente ocorre, tomei a decisão de contribuir para o desenvolvimento da Universidade, saindo para obter qualificação profissional”, relembra o professor.

Entre os anos de 2013 e 2015, o professor cursou mestrado, e de 2016 a 2019, doutorado em Prótese Dentária na São Leopoldo Mandic, em Campinas (SP), conciliando a qualificação com às atividades de docência. “Foram longos 6 anos viajando para Campinas todos os meses”, explicou. Apesar da rotina cansativa de estudos e trabalho, Evandro sempre se dedicou exemplarmente à formação de seus alunos. “Um professor extremamente dedicado e atencioso”, afirmou Amanda Feitosa, mestranda em Ciências Médicas pela Ufal.

Inspirando estudantes

Em suas aulas, é possível perceber os anos de experiência acumulados. Unanimidade entre estudantes do curso e egressos, Evandro Marroquim já foi responsável pela formação de vários profissionais. “Alguns professores marcam as nossas vidas e o professor Evandro é um deles. Muito prestativo, com um ensino de qualidade e excelência, sempre esteve aberto a escutar e ajudar, apresentando um bom humor a cada novo dia. Sou grata por tudo que aprendi enquanto fui aluna dele e por toda experiência adquirida no período que fui monitora de sua disciplina”, relembrou Paulyana Lelis, cirurgiã-dentista.

A forma generosa de ensinar inspirou alguns ex-alunos a seguirem seus passos, escolhendo a mesma área de atuação do docente. “O professor Evandro sempre foi solicito e paciente com todos da turma, muito disposto a ensinar e dono de um gigantesco conhecimento. Sem dúvidas, contribuiu para que eu escolhesse prótese como especialidade na profissão”, afirmou Brenda Marjorie, egressa do curso de Odontologia e pós-graduanda em Prótese Dentária.

Ao tratar da relevância da Universidade Federal de Alagoas, Evandro ressalta que a Ufal se destaca tanto na esfera de realizações pessoais quanto no desenvolvimento econômico e cultural do estado. Segundo o docente, ela existe como um espaço de oportunidades e, por isso, seu processo de interiorização foi um marco no crescimento de Alagoas e na vida de seus moradores. “A interiorização chegou para atender uma parcela significativa de estudantes que não teriam como sair de suas cidades natais para vir à capital cursar faculdade”, explicou.

Sobre a rotina, Evandro fala que gosta de dedicar seu tempo livre à família, principalmente depois da chegada dos netos. O professor sente saudades das atividades presenciais e do contato mais próximo com alunos e pacientes, interrompido por conta da pandemia de Covid-19. “Hoje, vivenciando uma pandemia que surgiu modificando nossos hábitos, contribuo de forma remota, com aulas teóricas não presenciais. Aguardando que todos se vacinem para retornar, se possível, para os laboratórios e ambulatórios, para continuar fazendo o que mais gosto: ensinar”, finalizou. Parabéns, professor por toda sua trajetória.