Estudantes do CTEC visitam sistema de abastecimento de água do Agreste

Visita teve o objetivo de apresentar a estrutura e o funcionamento do sistema de abastecimento de água das cidades
Por Ascom Ufal
15/09/2023 09h26 - Atualizado em 18/09/2023 às 13h48

Estudantes dos cursos de Engenharia Química e Engenharia Ambiental e Sanitária, do Centro de Tecnologia (CTEC) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), acompanhados da professora Daysy Cavalcanti e do engenheiro civil Wanderson Silva da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) e Emílio Lima (Agreste Saneamento), visitaram, no fim de agosto, o sistema de produção de água tratada do Agreste Alagoano.

A visita abrangeu os dois sistemas: Adutor do Agreste (SAA) e Sistema Coletivo do Agreste (SCA), que abastecem com água potável cerca de 377 mil pessoas do interior Alagoano. A ação teve como objetivo possibilitar o contato dos alunos com as estruturas dos processos de tratamento da água, permitindo-os conhecer todas as etapas referentes ao manejo da água desde a captação, floculação, decantação, filtração, polimerização e abastecimento, permitindo-os assim entender as etapas até os pontos de entrega para a Casal (reservatórios).

A professora Daysy Cavalcanti informa que durante a visita foi possível analisar como funciona uma estação de tratamento de água (ETA) com circuito fechado, como é o caso da ETA Arapiraca e da ETA Morro do Gaia no município de São Brás, que trabalham praticamente sem desperdício de água e de forma sustentável com a reutilização do lodo para fabricação de tijolos e a recirculação da água a ser descartada ao final do processo.

“Ao longo do trajeto, os alunos passaram por diferentes municípios para conhecer todas as etapas que fazem parte do ‘caminho da água’ desde a captação no Rio são Francisco em Traipu, até a estação de tratamento em Arapiraca. Como também a captação na cidade de São Brás, onde a captação e seu tratamento ocorrem no Morro do Gaia. Toda imersão vivida pelos estudantes foi ministrada pelo corpo técnico da Agreste Saneamento, sob supervisão do engenheiro Emílio Lima, com o auxílio da Casal, representada pelo engenheiro Wanderson Lima. Na visita foi observado como a engenharia pode ofertar qualidade de vida para toda a sociedade”, explica.

Para o graduando Paulo Matheus Bomfim, que participou da visita, a experiência foi extremamente enriquecedora. “Presenciar todo trajeto da água desde a captação no Rio São Francisco, seu processo de tratamento em circuito fechado e direcionamento para população do agreste alagoano foi singular. Dessa maneira, vivenciar na prática o que estudamos ao longo da graduação além de estímulo acadêmico, nos mostrou em modo real como a engenharia é necessária em todas as camadas sociais e suas demandas”, disse.

O graduando Davy Fernando destacou o percurso do que ele chamou de megajornada. “A lembrança dessa mega visita técnica levarei para a vida. De início, passamos pela ETA de Arapiraca, andamos mais de 40km para ver a captação da água que leva até essa estação de tratamento de água. Logo após isso, andamos por mais alguns lugares no caminho, como a estação Booster, onde a água tem um incremento de pressão, podendo ser elevada a mais de 200 metros de coluna d‘água. Vimos algumas bombas que vão propulsar a água para mais alguns quilômetros de rede e, também a distribuição da água para alguns carros pipa”, disse.

Atualmente, a Agreste Saneamento atua junto com a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) através de uma parceria público-privada, para captar, aduzir e tratar água, assegurando melhorias nos sistemas de abastecimento em 10 municípios da região Agreste do Estado, beneficiando mais de 377 mil habitantes.