Ufal espera liberação de R$ 8,9 milhões para despesas discricionárias

Pagamentos de serviços, contratos e Restaurante Universitário já estavam empenhados, mas ainda não há previsão de liberação do valor pelo Governo Federal
Por Ascom Ufal
13/12/2022 10h54 - Atualizado em 15/12/2022 às 20h20

A resistência em manter a Ufal aberta está relacionada ao trabalho atento da equipe técnica. Depois dos cortes orçamentários feitos em junho deste ano, a Universidade passou por novos bloqueios no último semestre de 2022, e no dia 28 de novembro teve um bloqueio do limite de empenho que atingiu R$ 9,5 milhões.

O reitor Josealdo Tonholo explica que, logo na sequência o Ministério da Economia cortou o orçamento da Universidade aumentando o teto para R$ 10,2 milhões. A verba que chegou no dia 8 de dezembro deu para honrar o pagamento das bolsas estudantis referentes ao mês de novembro, um montante de R$ 1,35 milhões.

Mas a Pró-reitoria de Gestão Institucional (Proginst) espera ainda a liberação de R$ 8,9 milhões que estão empenhados para pagar contratos, serviços, compras e o Restaurante Universitário, que precisou fechar as portas por falta de comida. A informação recebida é que mesmo as contas já contratualizadas, empenhadas e liquidadas, correm o risco de não serem pagas. “Há muita insegurança, muita desinformação no âmbito do Governo Federal com relação ao que vai ser feito pra sanear essa situação esdrúxula que hoje acontece”, ressaltou Tonholo.

Nesse momento a Ufal tem um orçamento discricionário, o que faz a Universidade funcionar com o pagamento de bolsas, serviços, despesas de diárias e passagens, inferior ao de 2011, mas o reitor reforça que a equipe está atenta a toda movimentação financeira para destinar as verbas que chegarem, mesmo ainda sem previsão.

“Nós estamos na expectativa que com o novo governo, a partir de 1º de janeiro, a situação das universidades seja entendida em toda a sua complexidade e a gente possa ter não só a reparação do rombo orçamentário que esse governo propiciou para a educação superior como uma expectativa de replanejamento do papel da nossa Universidade.

O estado de Alagoas precisa da Ufal, a Ufal vai resistir enquanto puder, aberta aos seus estudantes, com seus técnicos, decentes e terceirizados de mãos dadas pela educação de qualidade e gratuita”.

Esclarecimentos à comunidade

Na segunda-feira (12) o reitor Josealdo Tonholo se reuniu com representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e de alguns Centros Acadêmicos para apresentar detalhadamente a situação orçamentária. O pró-reitor Estudantil, Alexandre Lima, revelou a preocupação com o possível atraso de pagamentos no início do próximo semestre letivo, previsto para 23 de janeiro. Os estudantes promoveram um ato de protesto no hall da Reitoria, após a reunião. Saiba mais aqui.