Ufal abre 30 vagas para disciplina de Saúde das Populações Negra e Indígena

A Universidade Federal de Alagoas (Ufal), por meio da Faculdade de Medicina (Famed), volta a ofertar a disciplina eletiva de Saúde das Populações Negra e Indígena para o semestre letivo de 2023.2. Com um total de 30 vagas, a distribuição será da seguinte maneira: 25 vagas para os alunos da Famed e as outras cinco para as demais unidades acadêmicas do Campus A.C. Simões, em Maceió.

As inscrições devem ser feitas no período de vagas remanescentes que, neste semestre letivo de 2023.2, acontece entre os dias 9 e 11 de novembro. Já o início das aulas, que serão ministradas sempre às quartas-feiras, das 13h30 às 15h10, será no dia 29 deste mês. A aula inaugural será ministrada por Mãe Neide Oyá d’Oxum, Patrimônio Vivo de Alagoas.

Além de Mãe Neide, a disciplina contará ainda com as colaborações de outros professores e profissionais da área da saúde de Maceió e de Arapiraca como os docentes Diogo Nilo, Angélica Peixoto, Edna Bezerra e Waldemar Neves (Famed), além de Lígia Ferreira, do curso de Letras; Elvira Barreto do curso de Serviço Social; Saulo Fernandes do curso de Psicologia, Clébio Correia da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) e outros.

Pioneirismo na oferta da disciplina

A eletiva de Saúde das Populações Negra e Indígena foi implantada em 2007 na Ufal e era coordenada pelo professor Jorge Luís Riscado. Na época, inclusive, a Universidade foi pioneira no país ao lançá-la para cursos de graduação e articula conceitos socioantropológicos com a epidemiologia com as doenças mais prevalentes na população negra: anemia falciforme, glaucoma, hipertensão arterial e diabetes, por exemplo.

Já neste período, a disciplina vai discutir algumas linhas temáticas como: Medicina tradicional indígena e afro-brasileira e Disparidades de saúde que afetam a população negra e indígena em comparação com outros grupos étnicos. E, além de honrar a memória do professor Jorge Riscado, a intenção é fortalecer o compromisso da Ufal com a diversidade e a inclusão, trazendo para os estudantes contribuições relevantes a cerca da saúde da população negra.

“É importante para uma formação interprofissional em saúde e para se conhecer o histórico do racismo estrutural e institucional, bem como, a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra e Indígena”, explicou Waldemar Neves, docente da Famed e responsável pela disciplina eletiva.

Ufal e Sociedade destaca retorno da disciplina

O professor, inclusive, participou do programa Ufal e Sociedade na última segunda-feira (6) falando sobre o retorno da disciplina à grade curricular da Faculdade de Medicina.

Na ocasião, dentre outros pontos, Waldemar destacou a importância da matéria dentro da proposta do Projeto Pedagógico do Curso (PPC), que se propõe a formar profissionais com um perfil generalista, humanista, crítico e reflexivo, na perspectiva da integralidade da assistência à saúde das comunidades mais vulneráveis e excluídas da sociedade.

Ouça o programa completo neste link.