Os pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas e das instituições parceiras da Expedição Científica do Baixo São Francisco estão bem próximos de conquistar um grande projeto que vai ampliar pesquisas no Velho Chico. É que a base flutuante Aguapé está quase 100% assegurada. Quem se comprometeu em buscar recursos para garantir a vinda da embarcação foi a secretária Márcia Barbosa, da área de Políticas e Programas Estratégicos do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

A secretária já anunciou que é parceira do projeto e vai defender que a base seja levada para o São Francisco. Já existem três unidades da base na Reserva Mamirauá, no Amazonas, similares à que poderá vir para Alagoas.

O anúncio foi feito, nesta terça-feira (16), em Brasília, durante reunião com o reitor da Ufal, Josealdo Tonholo, e o coordenador-geral da Expedição Científica do Baixo São Francisco, Emerson Soares. Se tudo der certo, a base Aguapé será instalada nas águas do São Francisco, na cidade de Piranhas-AL.

O reitor participou da reunião e está na torcida para que a base flutuante seja uma realidade, uma vez que vai garantir mais pesquisas nas áreas social, ambiental, educacional e de ciência e tecnologia. Esta semana ele está em Brasília para apresentar projetos da Ufal e também abrir portas para outros assuntos de interesse da Universidade. “Foi um dia muito produtivo, com visitas a ministérios e também estivemos com parlamentares da bancada alagoana em busca de apoio para garantir mais recursos para nossa Ufal. Trouxe alguns representantes da nossa comunidade para que eles também possam defender seus projetos”, anunciou Tonholo.

Durante a reunião com a secretária Márcia Barbosa e equipe do MCTI, o professor e pesquisador Emerson Soares apresentou o projeto da base flutuante Aguapé e destacou os benefícios que a embarcação poderá trazer não só para as pesquisas, mas também para as comunidades ribeirinhas. “Essa foi uma reunião importantíssima, porque acredito que vamos conseguir concretizar a aquisição da base flutuante, uma estrutura que terá uma área total de 225,21 metros quadrados, em dois pavimentos”, pontuou.

E completa: “Estamos com uma grande expectativa para que essa base venha, sim, para Alagoas. A estrutura contará com laboratório, área de treinamento e pesquisa, dormitórios para pesquisadores, além de área para exposição de aquários com espécies nativas”, comemorou, ao acrescentar que o local também servirá para ações de educação ambiental e turismo científico.