Grupo Comunidades Virtuais do Cedu consegue registrar marca no INPI

Ufal já detém o registro de 26 marcas no Inpi com o objetivo de fortalecer a identidade dos grupos
Por Manuella Soares - jornalista
03/02/2023 10h17 - Atualizado em 03/02/2023 às 10h23

O Grupo de Pesquisas Comunidades Virtuais tem apenas três anos de existência na Ufal, mas além de ter grandes contribuições acadêmicas, já conseguiu registrar sua marca no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). O registro foi comemorado pelos pesquisadores, que ressaltaram a importância de o grupo ser reconhecido.

“A marca é muito significativa porque ela dá visibilidade ao grupo e àquilo que se faz em termos de formação, de pesquisa, extensão e desenvolvimento. Uma marca é muito mais do que um símbolo, é a identidade, é como se forma a identidade daqueles que participam, desde os voluntários, pesquisadores de iniciação científica, mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos”, ressaltou o coordenador Fernando Pimentel.

O Comunidades Virtuais Ufal está localizado no Centro de Educação (Cedu) e foi inserido numa rede formada há 20 anos que conta com grupos vinculados à Universidade do Estado da Bahia (Uneb), à Universidade Federal da Bahia (Ufba) e ao Instituto Federal Baiano (IF Baiano). O grupo da Ufal busca criar uma cultura de integração das tecnologias digitais, seja para a produção de jogos digitais, seja para o ensino e a popularização das ciências com a mediação dos jogos, Realidade Aumentada e Virtual, Robótica e narrativas seriadas.

Na criação da imagem do grupo, alguns elementos da bandeira de Alagoas fazem parte da composição da identidade visual, assim como fontes inspiradas em pixels que remetem ao virtual. “As cores azul e vermelho são referências aos brasões do nosso Estado e da Ufal. Além disso, os elementos possuem pequenos rastros – quadrados – que lembram a digitalização ou o digital tão presente nos estudos do grupo de pesquisa”, citou Daniel Barros, criador da marca.

Pimentel conta que o processo para conseguir o registro durou cerca de um ano e o resultado transmite representatividade: “A marca dá identidade, une, mostra o objetivo do grupo. Para nós, fazer o registro da marca foi também uma maneira de dizer que nós estamos comprometidos com a ciência”.

O registro garante o direito de uso exclusivo da marca no território nacional por dez anos e pode ser renovado por iguais períodos, bastando apenas que o grupo se mantenha em atividade.

Marcas e apoio da Ufal

Para conseguir o registro no INPI, o grupo coordenado pelo professor Fernando Pimentel contou com o apoio do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da Ufal, vinculado à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propep).

Segundo a coordenadora Silvia Uchôa, as solicitações devem ser enviadas a partir do preenchimento de formulário eletrônico disponível no site da Ufal. O processo passa por uma busca para verificar possíveis colidências, ou seja, se a marca não é considerada imitação de outra na mesma classe e, assim, inviabilizar seu registro.

Também é importante que sejam observados os aspectos da Lei de Propriedade Industrial sobre do que é considerado marca. “Dentro dos aspectos abordados na política de inovação da Ufal a marca pode ser relativa a qualquer grupo envolvendo pessoas ligadas à Ufal. Cabe ressaltar que a legislação prevê que não é passível de registro como marca: ‘designação ou sigla de entidade ou órgão público, quando não requerido o registro pela própria entidade ou órgão público’”, reforçou.

A Ufal já tem 26 marcas registradas entre grupos de pesquisa, laboratórios e unidades acadêmicas. “O registro de uma marca pode trazer uma maior identidade, fazendo com que a instituição como um todo se beneficie desse conhecimento”, finalizou Silvia Uchôa.