Ufal participa de teste de integridade para aferir confiabilidade das urnas

Votos em cédulas estão sendo recolhidos na Faculdade de Direito e serão encaminhados para digitação no dia das eleições oficiais
Por Ascom Ufal
28/09/2022 17h56 - Atualizado em 29/09/2022 às 09h49
Integrantes do Centro Acadêmico da FDA estão sendo voluntários nessa ação pela democracia

Integrantes do Centro Acadêmico da FDA estão sendo voluntários nessa ação pela democracia

Começou nesta quarta-feira (28) e segue até a próxima sexta-feira (30), na Faculdade de Direito de Alagoas (FDA), a votação em separado promovida pelo Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas. O local foi escolhido para receber uma das 20 urnas de cédulas distribuídas por todo o Estado com propósito de realizar o Teste de Integridade, que é uma das diversas etapas de auditoria das urnas eletrônicas.

A expectativa é recolher 500 votos em cédulas fornecidas pelo próprio TRE-AL. Para a logística, a FDA conta com o apoio do Centro Acadêmico Guedes de Miranda, que está passando nas salas de aula, para aplicar a votação. O voto é secreto e anônimo, não precisa de identificação ou assinatura de lista e podem participar estudantes, professores e técnicos.

A recomendação é que a comunidade acadêmica vote nos candidatos que realmente votarão no dia das eleições, ou seja, em votos válidos. Caso sejam colocados números fictícios, o voto será considerado nulo, tal como ocorre com o voto real. Também é possível votar em branco, que será devidamente computado. Após o período de votação, a urna será encaminhada para o TRE.

“A gente fica muito feliz em colaborar com esse momento, especialmente para os estudantes que são cidadãos, eleitores e, no futuro, também podem trabalhar em espaços relacionados ao processo eleitoral. É um aprendizado muito grande e uma contribuição para a democracia”, destacou a diretora da FDA, Elaine Pimentel.

Como acontece a auditoria

O Teste de Integridade é feito pela Justiça Eleitoral desde 2002 e, este ano vai contemplar mais equipamentos no processo de fiscalização em todo o país. Alagoas tem 6.626 seções, sendo 6.622 seções normais, duas de voto em trânsito e duas de presos provisórios. Aqui no estado foram sorteadas ou escolhidas 20 urnas para serem submetidas ao procedimento.

O principal objetivo é verificar se o voto depositado é o mesmo que será contabilizado pelo equipamento eletrônico. Para isso, o teste simula uma votação normal e segue o mesmo rito de uma seção eleitoral comum, como emissão da zerésima e impressão do Boletim de Urna (BU).

No dia 2 de outubro, das 8h às 17h, mesma hora em que ocorre a votação oficial, os números anotados nas cédulas que sairão da FDA e das outras 19 urnas escolhidas em Alagoas serão digitados, um a um, nas urnas eletrônicas. Paralelamente, os votos em papel também são registrados em um sistema de apoio à votação, que funciona em um computador.

O resultado é apurado na urna eletrônica e confrontado com o obtido na apuração manual. Todo o processo é filmado, conta com a participação de entidades fiscalizadoras e pode ser acompanhado por qualquer pessoa interessada no local de realização do teste.

“Para a Faculdade de Direito de Alagoas é muito importante a colaboração com a Justiça Eleitoral nesse momento democrático em que a comunidade acadêmica pode contribuir para a fiscalização e a auditoria das urnas eletrônicas, comprovando que se trata de uma modalidade de votação segura, transparente e auditável”, reforçou Elaine Pimentel.