Um documento histórico e minucioso, escrito no decorrer dos acontecimentos, e que detalha a atuação da gestão da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) durante os primeiros meses da pandemia de covid-19. O leitor vai poder conferir grande parte das ações realizadas pelos servidores da instituição no livro Ufal na luta pela vida, escrito pelo docente Elder Maia, do Instituto de Ciências Sociais (ICS), ex-diretor da Edufal e ex-secretário de Educação de Maceió, e o jornalista Hiago Rocha.

A obra vai ser lançada na quarta-feira, 23, durante o Encontro Unificado de Ciências Sociais, e, como relata Maia, “o livro descreve um grande conjunto de ações que a Ufal, sobretudo por meio da gestão superior, realizou para enfrentar a grande ameaça que a covid-19 representou no início de 2020, quando também se iniciou a gestão do professor Josealdo Tonholo e da professora Eliane Cavalcanti”.

O professor Elder Maia conta que a análise e as descrições das frentes de ação, apresentadas na obra, concentram-se entre os meses de março e julho de 2020. “Foi o período mais crítico de eclosão da pandemia e momento de muitas incertezas, pois ainda não havia a vacina e o grande esforço científico estava em evitar a disseminação do vírus”, destacou.

De acordo com o autor, a escrita foi dedicada a abordar os esforços para combater a disseminação do vírus: “É um painel amplo, um relato bastante minucioso, amparado em dados, indicadores e relatórios circunstanciado, de como a Ufal enfrentou esse grande desafio sanitário, médico, científico, psíquico e social”.

O professor detalha que há relatos “acerca das ações de comunicação, de pesquisa e amparo aos servidores, ampliação dos leitos do Hospital Universitário, distribuição de insumos de proteção, testagem laboratorial, articulação institucional com os governos municipais e estadual, financiamento à pesquisa por meio de novos editais, publicação de livros acerca dos primeiros resultados de pesquisa acerca da covid, entre outros tópicos”.

O livro foi escrito pensando em servir de consulta para toda comunidade acadêmica e ao público em geral. “É muito importante que a comunidade conheça o magnífico trabalho que a instituição realizou durante esse período, o que revela a importância fundamental de uma instituição comprometida com a proteção à vida, à dignidade e ao bem-estar coletivo”, destacou Maia.

Mais sobre a obra

O livro Ufal na luta pela vida foi um desafio lançado aos autores pelo reitor Josealdo Tonholo, no sentido de registrar o momento pelo qual passava a instituição. “É um documento histórico. Já nasce como uma referência, pois documenta, ainda no calor dos acontecimentos, como a mais importante instituição educacional e científica de Alagoas mobilizou todos os seus recursos humanos, científicos, tecnológicos, artísticos e políticos para preservar e salvar vidas, além de responder ao desafio de orientar, informar e construir respostas científicas para a sociedade”, ressaltou Maia.

Ao leitor, o autor adianta que o livro, inicialmente, traz um diagnóstico atualizado sobre os principais indicadores e dados sobre o ensino superior público no Brasil, enfocando o diagnóstico situacional atualizado sobre a Ufal.

Na sequência, é realizada uma descrição e análise de mais de dez frentes de atuação que, juntas, buscaram mitigar os efeitos da covid-19 dentro e fora da Ufal. “Cada uma dessas frentes forma um capítulo, que traz dados, projetos e seus efeitos entre os meses de março e julho de 2020”.

Como exemplo, o autor cita o trabalho desempenhado pelos servidores da Assessoria de Comunicação da Ufal nas ações voltadas à informação. “O livro mostra o papel relevante que as redes sociais oficiais da Ufal, além do site institucional, cumpriram durante o momento mais crítico da pandemia, informando de maneira séria e confiável toda a comunidade acadêmica e a população de modo geral. Nessa frente, destaca-se o crescimento do número de seguidores do Instagram da instituição, as campanhas informativas e outras ações”, afirmou o professor Elder Maia.

Há capítulos que contemplam as demais frentes, como as ações de testagem e a criação de novos leitos no hospital universitário. “O livro traduz como foi que a Ufal enfrentou um dos maiores desafios e problemas sociais da sociedade contemporânea. Passado o período mais crítico, a universidade pública, gratuita, de qualidade e voltada para o desenvolvimento regional, demonstrou a sua mais absoluta relevância e centralidade institucional”, disse Maia.