Ufal debate com Ministério os programas de cotas para negros e indígenas

A reunião aconteceu entra a Ufal e a Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, em Maceió, e debateu as cotas raciais para negros (pretos e pardos) e indígenas
Por Márcia Alencar - jornalista
28/06/2021 17h30 - Atualizado em 28/06/2021 às 17h33

O reitor Josealdo Tonholo esteve reunido na sexta-feira,25 de junho, durante toda a tarde, com o secretário Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Paulo Roberto, secretaria integrante do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Em pauta, as cotas na graduação e pós-graduação da Ufal: histórico e impactos e também a elaboração de proposta de cooperação tripartite-quilombolas e albinos.

A agenda do secretário em Alagoas, que permaneceu por aqui de sexta a domingo, 25 a 27, contou também com visita à Serra da Barriga, em União dos Palmares. O convite partiu da Ufal visando a elaboração de um programa de pesquisa-ação acerca de quilombolas e albinos, a partir da iniciativa da Universidade Federal de Alagoas, com participação do Hospital Universitário e Secretaria Estadual da Mulher e Direitos Humanos.

Também participaram da reunião na Sala dos Conselhos, na Reitoria, a  secretária da Mulher e dos Direitos Humanos do Estado de Alagoas, Maria José da Silva; os pró-reitores Alexandre Lima (Proest), Wellington Pereira (Progep); Clayton Santos (Proex) e Amauri Barros (Prograd), além de professores da Faculdade de Medicina (Famed) e dos Neabi dos campi Maceió, Sertão, Ceca e Arapiraca. 

Os quatro Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Índigenas da Ufal estiveram bem representados na reunião, com as presenças dos diretores e professores Danilo Luiz Marques, do Campus Maceió; Vagner Bijagó e Flávio Moraes, do Campus do Sertão; Marli Araújo, do Campus Arapiraca e Cícero Calazans, do Ceca/Maceió.

Para o professor Danilo Marques, a reunião foi muito importante e um marco histórico para as ações afirmativas na Ufal. “O Neabi existe há 40 anos, trabalha em defesa das ações afirmativas na Ufal desde a década de 1990. Antes da Lei de Cotas de 2012, a Ufal  através do PAAF (Programa de Ações Afirmativas), já havia aderido as cotas raciais para a graduação desde 2004. Após uma década da lei de cotas nos processos seletivos, podemos contabilizar mais de 20 mil estudantes beneficiados com as políticas afirmativas na universidade”, ressalta.

“O Estado de Alagoas e a Ufal estão à disposição, no que for necessário, na maximização dos impactos e diminuição das desigualdades para viés das políticas de ações afirmativas”, falou o reitor Tonholo, destacando a necessidade de discussão dos temas e da elaboração de novas propostas e manutenção.  

O secretário Paulo Roberto destacou a necessidade e importância do debate e a “análise do que a política de cotas fez no Brasil, resultados e perspectivas. Precisamos promover a igualdade e revisitar essa lei e os projetos, na tentativa de melhorar os resultados e ate conhecê-los mais a fundo”.  

Fotos de Renner Boldrino/Ascom Ufal