Pesquisa apresenta relatos de mulheres sobre assédio na Segurança Pública

Pesquisa com a participação da Faculdade de Direito foi entregue ao MP na terça-feira (14) e relata casos de assédio moral e sexual
Por Lenilda Luna - jornalista
20/12/2021 10h32 - Atualizado em 21/12/2021 às 15h03

O relatório da pesquisa referente ao projeto Mulheres em Segurança: ASSÉDIO NÃO!  foi entregue na terça-feira (14) aos promotores de Justiça da 62ª Promotoria privativa do Controle Externo da Atividade Policial e Tutela da Segurança Pública. A pesquisa foi coordenada pela professora Elaine Pimentel, da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). 

O projeto envolve todas as instituições de segurança pública que atuam em Maceió: Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Civil, Perícia Oficial e Polícia Penal e buscou identificar a existência de assédio moral e assédio sexual praticados contra mulheres profissionais da segurança pública em seus ambientes de trabalho, com coleta e tratamento de dados e informações. “Além de levantar dados, a pesquisa busca compreender os impactos dessas práticas nas vidas das profissionais de segurança pública e no exercício das respectivas profissões”, relatam os pesquisadores. 

A equipe da 62ª Promotoria do Ministério Público do Estado de Alagoas responsável por esse projeto é formada por Karla Padilha, titular da Promotoria; Aline Rodrigues, cabo da Polícia Militar de Alagoas, integrante do Núcleo de Apoio ao Controle Externo da Atividade Policial da Corregedoria Geral; Thiago dos Santos Silva, soldado PM; Matheus Oliveira, estagiário de Direito do Ministério Público de Alagoas. 

Pela Faculdade de Direito da Ufal, participaram Elaine Pimentel, professora e coordenadora do grupo de pesquisa Carmim - Feminismo Jurídico;  e os estudantes: Angélica Cavalcanti Costa, Laysa Witória da Silva Oliveira e Martin Ramalho de Freitas Leão Rego. ““Infelizmente, mais de 90% das participantes da pesquisa relatam que já sofreram assédio moral e sexual na formação ou no exercício das atividades”, destaca Elaine Pimentel. 

O relatório da pesquisa está em anexo.