Ufal recebe quase R$ 5 mi extras para apoio no combate à pandemia

Proginst trabalha para destinar verba a ações em andamento e monta estratégia para captação de novos financiamentos
Por Manuella Soares - jornalista
27/04/2020 17h09 - Atualizado em 28/04/2020 às 08h59
Renato Miranda, pró-reitor de Gestão Institucional

Renato Miranda, pró-reitor de Gestão Institucional

Por trás de um calendário acadêmico suspenso existe uma comunidade universitária em plena atividade, pensando inciativas e agindo no enfrentamento à pandemia provocada pelo novo coronavírus. A Pró-reitoria de Gestão Institucional da Ufal (Proginst) atua como um elo para organizar as estratégias da gestão central no apoio a todas as ações. E para assegurar a continuidade dos projetos, a Ufal conseguiu fazer a captação de recursos exclusivos para combate à Covid-19 da ordem de R$ 4,7 milhões. Os recursos foram aprovados no início de abril e já estão sendo empenhados para as ações designadas.

A verba foi aprovada pelo Ministério da Educação por meio de créditos orçamentários extraordinários, garantidos pela Medida Provisória nº 942/2020, aprovada em situação de emergência para o combate ao coronavírus. De acordo com o pró-reitor Renato Miranda, a Proginst precisou agir rápido para conseguir captar o recurso e enviou projeto ao MEC num processo que durou menos de 48 horas.

E é com essa verba que a gestão vai suprir as iniciativas em andamento na Universidade. “Estão sendo articuladas conforme as necessidades, adquirindo alguns materiais para o Hospital Universitário, apoiando iniciativas que já estão em andamento nos laboratórios da Ufal, como a produção de álcool em gel, hipoclorito, de EPIs [Equipamentos de Proteção Individual], aquisição de materiais, ou seja, as iniciativas começam a existir e vão ter o reforço desse recurso que chegou para isso”, destacou Miranda.

Desde o início da pandemia em Alagoas, quando a Ufal suspendeu o calendário acadêmico, várias ações e parcerias já começaram a ser executadas por técnicos, pesquisadores e estudantes envolvidos. São voluntários que usam suas competências técnicas para atenuar os impactos da pandemia. O pró-reitor aponta, ainda, outras medidas que ganham apoio da gestão central:

“A gente tem iniciativas como a produção de insumos farmacêuticos, a possibilidade de enfrentamentos da pandemia com mais ações extensionistas de informação, produção de material para divulgação, estudo de metabolismo de pacientes contaminados, a produção de plataformas de softwares para viabilizar o melhor mapeamento das ações e da comunidade contra o coronavírus e a própria plataforma de acompanhamento de isolamento social. Essa verba vem sendo empreendida, já foi disponibilizada e está designada para essas ações”.

Ações futuras

Diante do cenário de emergência, que requer posicionamentos rápidos e decisões assertivas, a Pró-reitoria de Gestão Institucional já se antecipou com a criação de um banco de projetos. A ideia é ter propostas formuladas para tentar captar mais recursos em oportunidades futuras, e também preparar a Ufal para se posicionar de forma efetiva e rápida em situações de crises.

Com esse entendimento, a chamada interna nº 01/2020 foi publicada e recebeu 26 propostas das unidades acadêmicas da Ufal e dos campi fora de sede. De acordo com o edital, cada unidade podia submeter um projeto central e os campi do interior puderam inscrever uma proposta por eixo, no total de oito. Destas, foram aprovadas 25 propostas.

“O objetivo seria, justamente, de maneira rápida, a gente seguir na captação de recursos já munido desses projetos, de maneira articulada, com toda a Universidade submetendo”, revelou Miranda.

Ele enfatiza a resposta da comunidade universitária no interesse em se envolver com a missão de enfrentamento à pandemia de covid-19 e garantiu empenho na busca de novos recursos financeiros.

“A Proginst só tem a agradecer à comunidade acadêmica que demonstrou proatividade e senso de dever ao fazer as submissões para essa chamada interna num prazo tão exíguo e mostrou comprometimento com a natureza do problema que nós estamos enfrentando socialmente. A partir de agora vamos tentar captar mais recursos para financiar esses novos projetos dos pesquisadores. Agora, o nosso papel é ir à Brasília apresentar o nosso banco de projetos, observar oportunidades de financiamento e esperar que o MEC e outros órgãos de governo possam contemplar essa nova etapa dos trabalhos”, disse.