Ufal institui comissão de gerenciamento do novo coronavírus

Instituição também faz recomendações à comunidade acadêmica
Por Simoneide Araújo - jornalista
13/03/2020 13h15 - Atualizado em 15/03/2020 às 15h47
Reitor Josealdo Tonholo faz reunião de emergência e cria comissão de gerenciamento do novo Coronavírus (Fotos Renner Boldrino)

Reitor Josealdo Tonholo faz reunião de emergência e cria comissão de gerenciamento do novo Coronavírus (Fotos Renner Boldrino)

A Universidade Federal de Alagoas segue as orientações de contenção à disseminação do novo coronavírus feitas pelo Ministério da Saúde e cria a Comissão de Gerenciamento do Covid-19. Em reunião realizada na quinta-feira (12), o reitor Josealdo Tonholo instituiu o grupo que vai definir plano de contingência para a Ufal.

A Comissão, formada por 11 membros, é presidida pelo Superintendente do Hospital Universitário, Célio Rodrigues, e também tem a missão de monitorar os comunicados a serem divulgados pela instituição, além de sugerir medidas à administração superior. “O momento não é para pânico, mas temos de tomar medidas de prevenção. Estamos seguindo as recomendações do Ministério da Saúde”, disse o reitor.

A Ufal, diante dos casos já registrados no mundo e dos dois já confirmados em Alagoas, faz orientações à comunidade acadêmica sobre medidas de prevenção contra a contaminação pelo covid-19. No comunicado encaminhado a todas as unidades acadêmicas e servidores, a gestão central e a comissão divulgam medidas de prevenção.

Embora nenhum caso suspeito tenha sido identificado nos campi e unidades da Ufal, a gestão afirma que as medidas de prevenção são fundamentais para retardar a velocidade do contágio e o controle da doença. “Há motivo para redobrarmos os cuidados conosco e com as pessoas que nos cercam, evitando inclusive o compartilhamento de notícias falsas. A gestão central reafirma que está atenta, agindo para o bem de toda a comunidade acadêmica”, afirmou Tonholo.

O reitor informa ainda que, enquanto não houver novas orientações do Ministério da Saúde, as atividades previstas no calendário acadêmico continuam mantidas. “Os dados epidemiológicos serão monitorados diariamente, em conjunto com a Vigilância Epidemiológica do Estado de Alagoas, e outras medidas poderão ser adotadas conforme a evolução dos casos”, declarou.

Enquanto isso, a orientação é que sejam mantidas as medidas básicas de prevenção já amplamente divulgadas: 

- lavar e higienizar as mãos, principalmente antes de consumir algum alimento e após tossir ou espirrar. Nesses últimos casos (tosse e espirro), a pessoa deve utilizar lenço descartável para higiene e jogar fora após o uso. Não tendo lenço descartável, deve-se cobrir nariz e boca com o braço, na altura do cotovelo; 

- lavar as mãos a cada duas horas e, principalmente, após passar por locais ou equipamentos de uso público (meios de transporte, laboratórios, academias de ginástica, computadores e mouses, entre outros); 

- evitar tocar nas mucosas dos olhos, do nariz e da boca; 

- nos cumprimentos, evitar contatos próximos, como beijos, abraços e apertos de mão; 

- não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos, garrafas e aparelhos eletrônicos; 

- manter os ambientes bem ventilados; e sempre que possível, usar álcool em gel a 70% para higienizar as mãos.

Embora nenhum caso suspeito tenha sido identificado nos campi da Ufal, a gestão central e a comissão definem que: sejam evitadas as viagens a países que decretaram estado de emergência ou nos quais a epidemia está no pico de transmissão; as pessoas da comunidade acadêmica que tenham chegado de viagem de lugares com casos confirmados devem comunicar seu retorno ao departamento e, mesmo que não estejam com os sintomas de contaminação, devem ficar em “quarentena” domiciliar por 14 dias; Em caso de apresentem algum sintoma, esse período deve seguir as orientações de profissional médico e ocorrido contato com pessoa com diagnóstico confirmado, mesmo que esteja assintomática, deve-se permanecer em casa por 14 dias.

Ainda como orientação, as pessoas com sintomas de doenças respiratórias devem procurar diretamente as unidades básicas de saúde dos municípios, que estão devidamente preparadas para receber e avaliar cada caso. 

 Veja abaixo a Portaria 376 assinada pelo reitor Josealdo Tonholo