Seminário no HU destaca importância de debater sobre a hanseníase

Janeiro Roxo foi celebrado no hospital na última sexta (17)
Por Taciana Gacelin - Ascom Hupaa
20/01/2020 10h24 - Atualizado em 22/11/2021 às 09h05
Foto: Taciana Gacelin

Foto: Taciana Gacelin

 

Com o objetivo de qualificar e debater com os profissionais da rede de saúde de Alagoas, o Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (Hupaa), instituição gerenciada pela rede Ebserh, organizou o 1° Seminário Alagoano de Hanseníase do Hupaa. A ação, na última sexta-feira (17), foi fruto da demanda do Mohan - entidade que tem como objetivo eliminar a hanseníase no país – e contou com a participação de trabalhadores de saúde de diferentes municípios. No mundo, o Brasil é o segundo país com mais casos da doença, atrás somente da Índia.

A coordenadora do Programa de Hanseníase do HU, a dermatologista Mariana Valeriano, ressalta que a hanseníase não está sendo controlada no país, oferecendo riscos para a sociedade. “Cada vez mais, crianças e idosos estão sendo afetados pela doença. É preciso discutir, disseminar conhecimento e integrar as pessoas”, pontua. Coordenadora de atenção primária de Maceió, Ednalda de Araújo frisa que o diagnóstico precoce e a prevenção das incapacidades físicas não devem ser ações negligenciadas pelos profissionais de saúde. “O HU sempre teve preocupação com a hanseníase.  Essa doença é um grande problema de saúde pública”, finaliza.

A reitora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Valéria Correia, participou do evento e ressaltou a importância do Sistema Único de Saúde (SUS), observando que o trabalho do SUS, sobretudo da atenção básica, “é para acabar com essas doenças”. “Uma rede básica de saúde forte acarreta menos problemas para a média e alta complexidade”, salienta. Valéria Correia aproveitou o momento para mostrar a importância do HU para a sociedade, evidenciando serviços que foram entregues, nesses últimos anos, para Alagoas, como o Espaço Trans, o Centro de Estudos, o Centro Endoscópico e Terapêutico, reformas em espaços do hospital, a obra da Unidade Terapêutica Intensiva Pediátrica (UTI), dentre outras.  

A programação do evento contou com temáticas referentes ao panorama da hanseníase no país e em Alagoas, diagnóstico da doença, prevenção de incapacidades e a relação entre a Rede de Atenção voltada ao portador da hanseníase.

Hanseníase - Janeiro Roxo é o mês de campanha de conscientização sobre a hanseníase

A doença é causada por um bacilo que atinge, preferencialmente, nervos e pele. Ela tem cura, mas pode acarretar deformidades, caso não diagnosticada precocemente. Sintomas como manchas avermelhadas ou brancas, engrossamento dos nervos, caroços, perda de força muscular podem indicar sinais da doença. A transmissão ocorre pelo convívio com pessoa que esteja com a hanseníase. De seis a dozes meses, é possível tratar a enfermidade. O tratamento é gratuito e está disponível na rede pública de saúde.