Ufal e Sociedade entrevista Ligia Ferreira


22/07/2019 08h10 - Atualizado em 23/09/2019 às 11h35
Professora Lígia Ferreira em entrevista ao programa Ufal e Sociedade. Foto: Renner Boldrino

Professora Lígia Ferreira em entrevista ao programa Ufal e Sociedade. Foto: Renner Boldrino

Em mais uma edição do programa semanal Ufal e Sociedade, na rádioweb, a entrevistada é a professora Lígia Ferreira, diretora do Núcleo de estudos Afro-brasileiros, o Neab. Confira a entrevista:

Lenilda Luna: Estamos iniciando mais um programa, Ufal e Sociedade. A nossa convidada de hoje é a professora Lígia Ferreira, diretora do Núcleo de estudos Afro-brasileiros, o Neab, que já tem 37 anos. Professora, é uma trajetória de mais de três décadas. O que é o Neab? Qual a importância dele dentro da comunidade acadêmica da UFAL?

Lígia Ferreira: Obrigado, Lenilda por esse momento tão importante falar um pouco sobre o que é o Neab, que é tão grande para a Universidade Federal de Alagoas. É o núcleo que começou dando importância ao estudo étnico-racial aqui dentro da Ufal. Um núcleo que passaram diversos pesquisadores e pesquisadoras da questão étnico-racial, muito importante para comunidade alagoana. Neab tem essa especificidade, é o núcleo que desenvolve atividades dentro da universidade e fora da universidade. Eu sempre vejo o Neab como uma grande ponte, entre o que a gente faz aqui em termos de ensino, pesquisa, extensão e gestão e os anseios da comunidade. Principalmente da comunidade negra, que veem no Neab/Ufal sempre um espaço de promoção de políticas públicas para a população negra do nosso estado, para as Comunidades Quilombolas e também mesmo que não esteja na proposta do Neab, uma política para os povos indígenas, que é algo que a gente vem pensando muito em reformulação do Neab. Hoje, no Brasil inteiro os Neabs já se transformaram em Neabi, que é Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas, para poder incorporar essa temática tendo em vista que as nossas políticas de ações afirmativas principalmente na graduação e hoje já na pós aqui na Ufal, já engloba esta população que tem uma expressividade e uma importância muito grande para nosso estado de Alagoas.

Lenilda Luna: E aqui na Ufal já tem um precedente. Quando sediou pela primeira vez a reunião anual da SBPC, inaugurou essa SBPC afro-indígena, foi a primeira vez que reuniu essas duas etnias.

Lígia Ferreira: É muito bom lembrar da SBPC afro-indígena e ver o quanto nós somos ousados e ousadas em fazermos um evento que contou com a participação de 5 mil pessoas. Foram 5 mil pessoas nas atividades que organizamos, e de fato, nós podemos produzir o momento científico-cultural e artístico em que os povos indígenas e a população negra, população quilombola que fez o próprio evento, os pesquisadores dessa temática. Foi um ato muito ousado e de importância, refletindo sobre isso no Brasil inteiro. Não há mais uma discussão separada da população negra e os povos indígenas, tendo em vista que a gente os considera como povos originários e povos tradicionais. Está mais do que na hora dessa reelaboração, isso a gente tem pensado e já tem um regimento sendo organizado para passar pelo Consuni nos próximos meses.

Lenilda Luna: A Ufal em nível nacional, foi a terceira Universidade a implantar as cotas e tem uma política de ações afirmativas consolidada. A senhora poderia falar um pouco sobre essa trajetória e essa implementação de políticas?

Lígia Ferreira: Sim, eu me lembro sempre desse momento como estudante que era na época, 2003; via o esforço do professor Moisés Santana, junto com professora Ângela Bahia de Brito, professora Clara Suassuna, professor Zezito Araújo, professora Aparecida de Oliveira e outros pesquisadores negros e brancos na luta anti racista para implementação das políticas de ações afirmativas da Ufal, Paaf. Com muita bravura, eles conseguiram naquele momento, que foi justamente a década de implementação de políticas, justamente no ano da promulgação da lei 10.639, que tornava obrigatório o ensino da cultura e da história afro-brasileira e africana nos currículos das escolas públicas e privadas de educação Básica a importância da universidade e também refletir sobre essas questões.

As políticas de ações afirmativas da Ufal eles começam com recorte étnico racial e de classe, que é a cota social, que é para escolas públicas e ainda hoje continua sendo e de gênero. Havia um percentual de 60% de vagas para mulheres em todos os cursos, 40% para homens tendo em vista que na época o número de mulheres era muito pequeno e muitos cursos, isso não significa dizer que hoje tenha mudado enormemente, mas houve uma diminuição dessa desigualdade de mulheres e homens dentro da Ufal.

É lógico que outras políticas também precisam existir como políticas também de ações afirmativas para população trans, que é um momento muito importante. A gente tinha pensado sobre isso na época, na implementação de cotas na pós, mas a lei solicitava cotas para pessoas negras, para indígenas e pessoas com deficiência. Acho que é o momento futuro da gente refletir sobre essas questões.

Então, falando da política de cotas para graduação quando começou em 2003, foi aprovada a resolução 33 no Consuni e a implementação se deu em 2005, na época ainda era PSS, o processo seletivo. A Universidade Federal de Alagoas deu um salto, hoje nós temos 70 Comunidades Quilombolas no estado de Alagoas, as etnias indígenas e 68% da população que se autodeclara negra. De lá pra cá, de 2003/2005 especificamente até agora, nós tínhamos esse acesso e ainda não tínhamos um percentual confirmado pelo processo de heteroidentificação, ou seja, do terceiro olhar sobre este público. Com as bancas de heteroidentificação, que inclusive na UnB, já surgem as cotas com as bancas de heteroidentificação. A Ufal começa neste ano a fazer as bancas. É quando começamos a perceber a importância desse acesso e a importância dessa fiscalização da própria instituição para que a reserva de vagas para pessoas negras de cor parda ou preta seja de fato de sujeito de direito, garantido pela própria constituição. Então, de lá para cá a Ufal construiu diversas reformulações curriculares e a própria resolução de cotas na pós, apresenta que a política de ação afirmativa, o Paaf, não é só uma política de acesso, mas uma política de permanência com ações como restaurante universitário, bibliotecas, bolsas.

As bolsas são muito importantes para a permanência. Uma política de transporte, isso é super importante dentre outras que se articulam para fazer com que esse sujeito, oriundo de escola pública, de uma classe social socioeconômica menos favorecida possa competir dentro da Universidade de forma igualitária. As bancas de heteroidentificação reforçam essa garantia da política de ação afirmativa com o recorte étnico-racial para a população negra e para a população indígena, porque o Sisu traz a demanda PPI, que é pretos pardos e indígenas. A banca acontece com as pessoas que são autodeclaradas negras e as observações que são feitas por membros que constitui essa banca, atendendo a legislação que seja uma banca constituída pela diversidade de gênero, pela diversidade étnica e pela diversidade de naturalidade. Seja uma banca que verifique as características fenotípicas, porque são essas características que no cotidiano fazem com que as pessoas sofram racismo. Eu sempre digo que a sociedade sabe muito bem identificar quem é negro e quem não é. As bancas fazem isso de forma balizada, passando por uma oficina que tem toda uma formação, são pessoas inseridas nessa discussão étnico racial, tanto dentro da Universidade, quanto fora da universidade e nós contamos com o apoio de diferentes colaboradores; pessoas que são sensíveis a causa, pessoas brancas, pessoas negras, pessoas que estão cotidianamente lidando com essas questões e a gente vem tendo resultados muito importantes. Falando em banca de heteroidentificação, quando pensamos na implementação no Sisu 2019.1 de abril até agora, nós já formamos bancas para três chamadas 2019.1, mas agora vamos fazer a segunda formação para 2019.2, ou seja, estamos em processo da quinta instalação de bancas dessa comissão de heteroidentificação da Ufal, nós temos um número de aproximadamente 2600 candidatos e candidatas que já passaram por essas bancas. O número de indeferimento é muito pequeno, chega em torno de 30%, inclusive, que me deixa muito feliz que depois do processo que fazemos de formação, porque as bancas elas têm três objetivos que é, primeiro a formação étnico-racial, nós conversamos primeiro com os candidatos de forma pedagógica, evitando o constrangimento. A ideia é mesmo fazer um trabalho pedagógico de formação étnico-racial, o que venho observando é que as pessoas depois dessa fala e do vídeo das pessoas que são apresentadas, as pessoas desistem de se submeter à avaliação, porque não se reconhecem como pessoas negras, mas se reconhecem como sujeitos que têm direito a vagas na universidade pela ampla concorrência. Então, eu venho observando isso tem me deixado muito feliz. Segundo objetivo do nosso processo é a sensibilização, o racismo mata em nosso país, o racismo adoece e o racismo retira oportunidades, então um processo como esse é um processo de sensibilização de pessoas negras e não-negras para o fato de que o racismo tem que acabar no nosso país. Espero um dia que a gente possa, de fato, não ter, enquanto pessoa negra, que ficar reivindicando políticas de reconhecimento da sociedade para a importância das pessoas estarem nos espaços.

O terceiro e último objetivo é a conscientização de que a luta antirracista é uma luta de todos nós. As bancas têm trazido efeitos muito positivos, não só para os candidatos e candidatos, mas para as pessoas que também compõem essas bancas e para a própria instituição. Nós temos recebido muito apoio de toda a comunidade universitária, toda comunidade alagoana, inclusive do próprio judiciário, que nos recomendou fazer isso. Nós estamos fazendo por recomendação judiciário, por pressão, porque esse é o papel do movimento social negro, e por obrigação nossa enquanto instituição. A Ufal foi a terceira universidade a implementar políticas de ações afirmativas e está sendo uma das últimas universidades a implementar bancas de validação de autodeclaração, isso não é algo bom, porque nesse meio tempo nós tivemos pessoas que se declararam negras, por uma identificação histórica ou familiar de ascendência, mas não são pessoas negras no sentido fenótipo, isso faz com que muitas pessoas que de fato sofrem racismo cotidiano e obstáculos não tenham participado.

Lenilda Luna: E essa é a característica dessa identificação pelo fenótipo. Não basta uma identificação cultural ou histórica, é a questão de corrigir o racismo que a pessoa vivencia no dia a dia e que retira dela oportunidades de forma concreta. Não é uma questão de participar ou querer ocupar esse espaço, é de ser e se reconhecer como uma pessoa que desde a infância teve problemas sofreu preconceito, discriminação por ser negra ou afrodescendente, é isso que tem que ser corrigido. Por isso que aquela música diz que cotas não é esmola, é um resgate histórico.

Lígia Ferreira: Cotas não é esmola, não é benefício, não é privilégio. Cotas é reparação histórica, no processo de formação digo muito isso para as bancas de heteroidentificação, que é um momento de felicidade, um momento em que pela primeira vez na nossa vida a gente se sente feliz em se auto-afirmar negro. É o momento de fazer com que aquelas pessoas que foram sequestradas lá do continente africano e trazidas para o Brasil para serem tratadas como animais, como o bicho, porque delas foram retiradas tudo. Foram retirados os nomes, foram retirados os valores, a família, o seu lugar de origem para trabalhar aqui e desse trabalho nenhum lucro obteve. Então, neste momento das bancas é um momento de congratulação de uma reparação histórica que a sociedade brasileira precisa fazer, porque eu sempre com pessoa negra eu sempre digo que o Holocausto que foi uma tragédia, uma barbárie, um ato desumano matou 8 milhões de pessoas e a escravidão trouxe para os países a exploração de pessoas a partir do trabalho retirarem tudo que os cabia, 10 milhões de pessoas. Então, nós precisamos de desculpas, como pedimos cotidianamente. Eu como mulher negra mesmo não sendo alemã e não estando na época, eu peço desculpas pela tragédia do Holocausto, porque todos nós seres humanos temos que defender a vida; e a escravidão também foi um ato desumano, uma barbárie então nós precisamos pedir desculpas; e as cotas universitárias elas são o mínimo que a sociedade brasileira tem que dar, tem que conceder para essas pessoas que até hoje vivenciam o efeito do processo de escravidão. As cotas dentro da Universidade são importantíssimas, como são também importantes nos concursos públicos, mas uma das coisas que venho pensando muito sobre sua importação de política de ações afirmativas institucionais. O Ineg, Instituto do Negro de Alagoas, que um parceiro que vem fazendo fiscalização e controle do que nós fazemos dentro da Ufal, tem feito um trabalho maravilhoso e também está fazendo um trabalho de formação da Polícia Militar Alagoana. Eu acho que é por aí, mas a gente precisa discutir com as instituições, formas de abordagens a essa população que historicamente é visto como um estereótipo de bandidos. Penso que a formação étnico-racial é importante em todas as instâncias, nas escolas, nas praças e nas instituições para que a gente possa quebrar aquilo que o Sílvio Almeida, no livro Racismo Estrutural, vai dizer que está nas nossas ações que é o racismo estrutural e o racismo institucional. A partir do momento que a gente pensa o mundo fora do racismo, a gente consegue trazer equidade, que é tão necessária para as etnias e para as classes.

Lenilda Luna: Lígia, depois de mais de uma década de cotas implementadas e de outras políticas de ações afirmativas e políticas de assistência estudantil. Quando você olha a Ufal hoje, ela mudou de face? Ela tem um rosto mais popular?

Lígia Ferreira: É tão interessante sua pergunta, Lenilda, porque eu fui uma estudante que quando entrou na Ufal não se reconhecia como negra, eu não me autodeclarava negra, mesmo sendo uma mulher preta. Eu não tinha essa formação étnico-racial, porque os nossos currículos nos fazem negar isso. O que eu penso é que nesse tempo de políticas afirmativas aqui na Ufal, muita coisa mudou de quando eu comecei a estudar aqui no curso de Filosofia. Eu tinha uma professora negra, que foi a professora Maria Aparecida de Oliveira, que me ensinou muito e que me mostrou a importância da luta antirracista e da autoafirmação negra; mas era uma voz isolada, e ao longo desse tempo, vendo outros colegas, novos colegas professor Zezito Araújo, professora Ana Cristina Conceição do Campus Sertão, professora Ângela Maria de Brito, que eu não conhecia e aprendi a conhecer e a respeito e admiro enormemente, colegas que entraram comigo, como o professor Antônio Holanda. São pessoas que vem produzindo materiais importantes para nós, o professor Marcos Ricardo do Campus Sertão. A gente vem construindo histórias importantes, e eu vejo também estudantes negros com a autoestima bastante elevada, vendo representatividade. É o suficiente? Ainda não é. Os nossos quadros ainda são compostos por servidores não negros em grande parte, mesmo com as cotas, isso precisa ser repensado. As cotas precisam ser respeitadas nos concursos, os nossos currículos precisam mudar, a inserção da disciplina étnico-racial trouxe para nós uma importância muito grande, mas ainda é preciso transversalizar essas questões, eu ainda não tenho colegas indígenas trabalhando como professores, ainda são muito poucos. Penso que a gente já fez muito, mas é preciso fazer mais. É lógico que a universidade, como diz Indira Quaresma, nasce da inconstitucionalidade que o Democratas impetrou contra o UMB, é lógico que a Universidade se coloriu. É preciso observarmos que cursos de prestígio social isso ainda não aconteceu, então, acho que as bancas dentro desse coração estão mudando isso e daqui há algum tempo nossa universidade se colorirá, como Alagoas é assim, colorido.

Lenilda Luna: Para concluir, Vamos divulgar alguns eventos que o Neab vai coordenar ou vai participar, vai ter um encontro nacional de Neabs sediado aqui na Ufal?

Lígia Ferreira: Também será sediado no Ifal [Campus Satuba], nós vamos fazer um evento conjunto, bastante coletivo. O 5º Eneabi, encontro de Neabs, Neabis e grupos correlatos. Um encontro nacional da rede Federal, ou seja dos institutos Federais e eu assumi a coordenação, porque na época o Ifal não tinha o Neabi aprovado e agora tem; e a vice coordenadora, professora Tâmara que é também de lá do Ifal. Nós estamos fazendo reuniões, o grupo todo de organização é o grupo em parte do Ifal, tem também a colaboração dos Ifs do país inteiro, e é um evento que vai ser menor, porque nós estamos com poucos recursos, este é um ano atípico para nós, mas muita gente engajada e interessada em participar do evento. O evento será nos dias 18 e 19 de outubro, ele será sediado no Ifal, nós vamos ver se conseguimos alojamento aqui na Ufal, junto com a colaboração da professora Edna Bezerra, coordenando os alojamentos; e nós teremos também a parceria da Uneal e da Uncisal. É o evento coletivo para tratar dessas temáticas, se diz que todas as vezes que a gente faz alguma coisa dessa forma é sempre coletivo, porque é um evento que exige a colaboração de todo mundo.

Lenilda Luna: E também, o Neab vai participar da semana de letras esse ano?

Lígia Ferreira: Pela primeira vez, o Neab vai apoiar e participar com atividades na Semana de Letras aqui da nossa Faculdade de Letras, estou muito feliz com esse convite. Eu acho que é muito importante, é simbólico para nós trazer para dentro do evento uma discussão étnico-racial com recorte para a população negra. Sempre aconteceu com os povos indígenas, tendo em vista que há o Núcleo de Estudos Indigenista, mas agora nós traremos a discussão com o recorte étnico-racial para população negra. Estou muito feliz, tem algumas atividades que o Neab vai propor: a mesa redonda, minicursos, vai ser justamente no período do Eneabi, que começa de 15 à 18 de outubro. Nós vamos fazer essa participação com colegas, que já estou confirmando a presença, como professor Tony Edson, que fará um minicurso de contação de histórias africanas e afro-brasileiras. Então, há outras pessoas que estou confirmando os nomes, mas não posso agora porque ainda não confirmaram, mas vai ter uma programação diversificada.

Lenilda Luna: Mas as pessoas podem ficar atentas que todas as informações do evento vão estar no site da Ufal e linguagem também é uma forma de poder, por isso a luta anti racial também se dá nesse campo.

Lígia Ferreira: Sem dúvida. O discurso produz coisas boas e coisas ruins. O discurso de ódio mata, como o discurso de amor constrói. Então, vamos lá participar desses eventos, tem diversas outras atividades. Uma agenda intensa, porque essa temática é urgente e Alagoas precisa refletir contra o racismo, precisa evitar o genocídio que comete. Alagoas é o estado que está em primeiro lugar em genocídio da população negra e é importante que a gente tenha essa discussão como pauta do dia.

Lenilda Luna: Professora Lígia, parabéns pela luta e pelo trabalho. Obrigada por ter participado dessa edição do Ufal e Sociedade.


Lígia Ferreira: Eu que agradeço, parabenizo pela rádio e pela iniciativa. Estou à disposição. Grande Abraço.


Lenilda Luna: Voltamos na próxima segunda-feira às 11h [na rádioweb] com reprise às 17h e a entrevista transcrita você pode ler no site da Ufal. Obrigado e até a próxima.

Ouça a entrevista aqui