Aulões do Conexões de Saberes facilitam o acesso ao ensino superior

Atividades reforçam os conteúdos cobrados no Enem
Por Izadora Garcia - relações públicas
09/08/2019 07h20 - Atualizado em 31/07/2019 às 11h36
O primeiro aulão do ano lotou o auditório da Reitoria. Foto: Thiago Prado

O primeiro aulão do ano lotou o auditório da Reitoria. Foto: Thiago Prado

Passar no vestibular e ingressar em um curso superior é o sonho da maior parte dos jovens que cursam o ensino médio no Brasil. O programa Conexões de Saberes – Pré-Enem Comunitário, desenvolvido pela Pró-reitoria de Extensão (Proex) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), tem feito a diferença na vida de estudantes em situação de vulnerabilidade social que buscam esse objetivo.

Além das aulas regulares para os 300 estudantes selecionados, o programa está realizando, desde o dia 7 de julho, aulões quinzenais para reforçar conteúdos cobrados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O objetivo é auxiliar estudantes de baixa renda a ingressar no ensino superior e as atividades acontecem sempre aos domingos, das 8h às 17h, no auditório da Reitoria, localizado no Campus A.C. Simões.

Os aulões são temáticos e envolvem os quatro eixos cobrados no processo seletivo: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias; e Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Ns sextas-feiras que antecedem os encontros, os participantes recebem, por meio da página do Conexões de Saberes no Facebook, o tema da redação que deve ser entregue na entrada do aulão.

Segundo Janda Alencar, coordenadora do programa, os aulões funcionam como um reforço para os estudantes que participam das aulas, mas também são abertos a toda comunidade, sendo uma oportunidade para quem não foi selecionado.

“Os estudantes vêm aqui no domingo e passam o dia inteiro resolvendo questões, prestando atenção nas explicações, de 8h da manhã até às 17h. Essa iniciativa é aberta para toda a comunidade: para quem quer prestar vestibular, mas não tem condição de pagar um cursinho, para quem tentou a seleção do Conexões e não conseguiu ser aprovado. Para gente de todas as idades que quer entrar na Universidade e precisa de um reforço nos estudos. Abrimos as portas da Universidade para qualquer pessoa participar”, esclarece.

Os professores são estudantes da própria Ufal que atuam como bolsistas ou voluntários. Muitos deles são egressos do programa. De acordo com Lucas Barbosa, estudante de Letras que faz parte da equipe de Linguagem, Códigos e Suas Tecnologias, a atividade é um excelente laboratório prático. "O Conexões de Saberes é fundamental para que possamos desenvolver habilidades da nossa futura profissão. Além disso, ajudamos a comunidade, uma vez que ele abre portas para estudantes de baixa renda que não podem pagar por um cursinho vestibular. Para mim, é uma honra participar desse projeto”, afirmou.

Para Lucas Aureliano, estudante atendido pelo programa, a iniciativa ajuda na busca do seu sonho de ser fonoaudiólogo. Segundo ele, a defasagem do ensino na escola pública que ele frequentou tem sido parcialmente reparada pelas aulas que frequenta. “Eu sou um dos trezentos alunos regulares do Conexões de Saberes e também participo dos aulões quinzenais. O interessante do programa é que, muitas vezes, nós não tivemos acesso aos conteúdos que caem no Enem nas escolas públicas em que estudamos e ele acaba nos dando a oportunidade de sermos aprovados no final do ano”, conta.

A pró-reitora de Extensão, Joelma Albuquerque, explicou que o Conexões de Saberes é uma prioridade da pasta, uma vez que se alinha às políticas de ações afirmativas propostas pela Universidade. Segundo a gestora, 30 bolsistas atuam pedagogicamente no programa, que foi ampliado este ano e chegou à unidade de ensino de Palmeira dos Índios, com duas turmas voltadas aos estudantes de ensino médio da região.

“O programa apoia estudantes das escolas públicas, visando seu ingresso na Ufal. A Proex prioriza esta ação, pois, em um Estado em que dois terços da população vivem em condições precárias de vida, é fundamental colocar no horizonte da juventude o acesso ao ensino superior de qualidade, público e gratuito”, finalizou.