O Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação (PPGCI) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) promoveu, nos dias 13 e 14 de junho, o 1º Congresso Internacional de Tecnologia e Organização da Informação (TOI). O evento é uma iniciativa do grupo de pesquisa Observatório do Mercado de Trabalho em Informação e Documentação (OMTID).

Nessa primeira edição em Maceió, o congresso teve como tema central As condições de produção de informação em ciência, tecnologia e inovação no mundo contemporâneo. A programação abordou aspectos políticos, econômicos e culturais que compõem os processos de produção, mediação e gestão da informação, além das dimensões tecnológicas e sociais de armazenamento, acesso, uso e impactos.

No auditório da Biblioteca, o professor Didier Álvarez, da Universidade de Antioquia (EIB) da Colômbia, conduziu a palestra Parque Bibliotecas y Inclusión Social. Ele falou sobre o futuro das bibliotecas e das transformações digitais referentes ao processo de conservação, organização, difusão e transformação que esses locais estão passando. ‘‘É um órgão social que deve estar a serviço da comunidade, para ajudar a produzir conhecimento com eficácia’’, afirmou o pesquisador as destacar a importância da biblioteca.

Atividades do evento também foram realizadas no auditório da Reitoria, a exemplo da mesa-redonda integrando o TOI Nordeste, Aula Magna do PPGCI, com a temática O papel da tecnociência na sociedade contemporânea: contextos e cenários, que contou com a presença da reitora Valéria Correia, dos professores Fabio Guedes (Fapeal) e Cecilia Leite (IBICT), além de apresentação cultural e exposições de fotografias.

O professor Francisco Palleta, da Universidade de São Paulo (USP), e os professores Ronaldo Araújo, Edvanio Duarte e a professora Nelma Camelo, todos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), também estiveram presentes no evento.

Palleta defendeu que ‘‘o profissional de biblioteconomia tem um papel importantíssimo neste novo cenário e o mercado de trabalho se torna muito complexo a partir do momento em que você estuda as tecnologias e enxerga novas possibilidades’’. Com isso ele admite que ‘‘a era digital desafia os profissionais de informação no uso das tecnologias e na organização dos dados para tomada de decisões, seja no setor privado ou no público’’.

Ângela Morgana, estudante de biblioteconomia, revela o quanto esse evento agregou em seu currículo acadêmico. ‘‘O congresso foi maravilhoso, trouxe professores de fora e possibilitou ampliar o nosso conceito sobre o que a biblioteca pode desenvolver na sociedade, sendo um papel social e transformador’’.