Artigos mostram olhar de personalidades alagoanas sobre a Bienal

Diferentes personalidades escreveram suas impressões sobre o maior evento literário do Estado
Por Pedro Ivon - estagiário de Jornalismo
02/12/2019 10h58 - Atualizado em 04/12/2019 às 15h41
Foto: Renner Boldrino

Foto: Renner Boldrino

A 9ª Bienal Internacional do Livro em Alagoas, realizada em novembro no histórico bairro do Jaraguá e organizada pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), já chegou ao fim, mas ainda tem gerado comentários de personalidades, que teceram elogios em artigos sobre o maior evento literário do Estado. Os livros, feiras, apresentações e diversas atividades que tomaram conta do Jaraguá foram um marco não somente na história do bairro, mas também da Universidade.

Cármen Lúcia, que dirigiu o Museu Théo Brandão por anos e foi superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) de Alagoas, afirmou que essa edição da Bienal “surpreendeu não apenas pela proporção e escala do espaço, mas pela circulação de sentidos que ocuparam e tomaram conta de Jaraguá, durante dez dias”, dizendo também que “juntos, Bienal e povo, mostraram que Jaraguá está vivo”.

Fábio Guedes, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal), disse que “a 9ª Bienal chamou atenção por vários aspectos. Entre eles, destaca-se que mesmo com o avanço da modernidade, as ruas ainda encantam quando por elas as pessoas se encontram e revivem ou descobrem o passado, ao contemplar e visitar as antigas construções”. Além disso, Fábio também citou outro grande evento relacionado à Ufal, a 70ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Ambos, segundo o presidente da Fapeal, “mostraram a capacidade de Alagoas e, especialmente, da Universidade Federal, promover grandiosos momentos”.

O historiador Benedito Ramos falou do despertar do Jaraguá e mencionou a importância do evento ao empreendedorismo. “Para um espaço urbano que vive adormecido no esquecimento público, mesmo sendo morada da Casa Legislativa e Gabinete do Executivo municipais, Jaraguá precisava, realmente, desse farol que, além de proporcionar maior visibilidade ao bairro, permitiu que se avaliasse o seu potencial empreendedor”. E ainda disse que “o bairro mostrou que tem potencial para se transformar num amplo comércio, como já foi”.

Em uma declaração de amor, o publicitário e entusiasta do resgate cultural de Alagoas, Manuel Pinto, escreveu uma verdadeira carta romântica, alegando ter encontrado o seu amor na Bienal. E a tal “musa inspiradora”, como disse, é a própria Alagoas. “Mais uma vez, gratidão por tudo! Afinal de contas… Não há quem não morra de amores pelo meu lugar”, disse, encerrando o texto.

Apresentando um panorama das bienais anteriores, o jornalista Enio Lins tocou no assunto do calor do sol de novembro, e confessa que se perguntou “como ficariam as ruas de Jaraguá em pleno começo do verão tropicaliente”. Sua resposta veio quando testemunhou as ruas cheias e as grandes filas para entrar no Espaço Armazém. “Ah, Jaraguá topou de gente de todas as idades o tempo todo. Dez dias de calor cultural”.

Para conferir os artigos na íntegra basta acessar o site da Bienal, aqui.

A Bienal da resistência, por Otávio Cabral 

Bienal, bienal? por Manuel Pinto

Bienal na rua, nos becos, debaixo do sol e da lua, por Ênio Lins

Lute como uma Bienal!, por Carmem Lúcia Dantas

Ciência e Educação para Alagoas avançar, por Fábio Guedes

A Bienal do Livro que despertou Jaraguá, por Benedito Ramos