Força-tarefa recebe financiamento da Fapeal para pesquisar óleo na costa do NE

Governo do estado destina R$ 200 mil para pesquisas sobre o desastre ambiental

Por Izadora Garcia - relações públicas
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Ufal, Fapel e IMA juntos na força-tarefa para monitorar derramamento de óleo no Nordeste

Ufal, Fapel e IMA juntos na força-tarefa para monitorar derramamento de óleo no Nordeste

Na tarde de ontem (12), os pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) que compõem a força-tarefa de monitoramento do óleo na costa nordestina receberam o termo de outorga do financiamento concedido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal). O órgão disponibilizará R$ 200 mil para auxiliar nos estudos preliminares sobre o tema.

Na ocasião, estiveram presentes a reitora da Ufal, Valéria Correia; o diretor-presidente da Fapeal, Fábio Guedes; o diretor-presidente do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Gustavo Lopes; o representante da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh); e a pró-reitora de Pesquisa e Extensão em exercício, Eliana Almeida, além dos pesquisadores da força-tarefa.

De acordo com Fábio Guedes, o governador Alagoas, Renan Filho, está empenhado em buscar resposta e soluções para o problema, uma vez que ele é um desastre ambiental sem precedentes e que afeta, diretamente, atividades importantes para o estado, como o turismo e a pesca.

“Sabendo da necessidade de adquirir materiais e equipamento para essas pesquisas, conversamos com o governador e resolvemos, de forma emergencial, abrir um termo de outorga com um valor de recursos que ele abriu mão de colocar em outra área para aportar na Fapeal e conseguir dar uma alavancada no trabalho de vocês”, explicou Fábio Guedes. Valéria Correia, agradeceu a parceria da Fapeal e parabenizou pela atenção dispensada pelo governo estadual ao grave problema.

“Primeiro, agradeço à Fapeal pela parceria com a nossa Universidade. Além disso, também queria dar os parabéns pela resposta rápida que o governo do estado de Alagoas está dando para o problema e pela iniciativa da Fundação junto ao Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e à Academia Brasileira de Ciências para pressionar o MCTic”, congratulou a reitora.

O termo de outorga foi assinado pela docente do Instituto de Química e Biotecnologia (IQB), Marília Goulart, que lidera a força-tarefa junto com o pesquisador Emerson Soares. A pesquisadora, que tem 45 anos de carreira acadêmica, destacou a importância do momento para o desenvolvimento da ciência em Alagoas. “Não somos gratos pelo derramamento do óleo, mas o momento pode ser um ponto de virada para a ciência no estado de Alagoas. Nosso grupo é bom, tem muitos jovens que eu admiro envolvidos no projeto, e agora é a hora de mostrar a importância da nossa Universidade”, avaliou.

Alagoas é destaque na redução de danos causados pelo óleo

Os representantes da Semarh e do IMA destacaram o papel que Alagoas vem exercendo na contenção dos danos causados pelo derramamento de óleo. De acordo com Gustavo Lopes, o estado de Alagoas já investiu cerca de R$4 milhões na ação emergencial de retirada dos resíduos. Os custos são altos porque o governo está arcando com equipamentos de proteção individual (EPIs) e com o descarte em aterros especiais.

De acordo com Emerson Soares, Alagoas é o estado que está mais bem preparado, tanto com relação a respostas, quanto à atuação no caso. Isso reforça a importância que a Universidade e o governo estadual têm dado à situação.

2.200 toneladas de resíduo contaminado já foram recolhidas do litoral alagoano e os pesquisadores já estão empenhados para responder as principais questões sobre o caso: origem, causas, composição do óleo, que destino dar ao material contaminado, os impactos na economia do estado e contenção dos danos.

Nas próximas semanas, os pesquisadores devem se reunir para decidir o destino do montante financiado.

“Também gostaria de parabenizar nossa equipe pelo poder de articulação e empenho na determinação das causas e dos direcionamentos para essa tragédia ambiental. Nossos pesquisadores têm buscado respostas desde o início do problema e, mesmo nesse contexto de cortes, a Universidade procurou auxiliar, destinando alguns dos nossos parcos recursos para a causa”, finalizou a reitora.