Audiência pública sobre o Future-se lota auditório da Reitoria

Por Izadora García - relações públicas
09/10/2019 03h56 - Atualizado em 10/10/2019 às 14h15
Fotos: Renner Boldrino

Fotos: Renner Boldrino

Aconteceu, na tarde de terça-feira (7), a audiência pública sobre o Future-se. O intuito do evento, realizado no auditório da Reitoria, foi discutir a possibilidade de adesão da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) ao programa. O auditório, com capacidade de 300 pessoas, atingiu sua lotação máxima com entidades representativas, estudantes, técnicos, docentes interessados em debater os rumos da Universidade.

A reitora da Ufal, Valéria Correia, presidiu a audiência. Também compuseram a mesa os pró-reitores de Gestão Institucional, Flávio Domingos; de Extensão, Joelma Albuquerque; e Estudantil, Silvana Medeiros. “Posso afirmar que esse é um momento muito importante para a nossa Universidade. Nós iniciamos esse debate trazendo a deputada Margarida Salomão, em agosto deste ano e continuamos a discutir o tema neste intervalo. Deliberaremos sobre a adesão ou não da Universidade em reunião extraordinária do Consuni, no próximo dia 10 e, para isso, é necessário que a comunidade tenha subsídios para entender a proposta”, explicou a reitora.

Após a fala de abertura, o professor Paulo Rubem Santiago, da Universidade Federal de Pernambuco, ministrou a palestra Future-se: a Universidade Pública e o futuro ameaçados. De acordo com o docente, o programa representa uma ameaça para o direito constitucional à educação e apresenta conceitos equivocados para justificar sua necessidade. “É uma fraude, é uma desonestidade intelectual o que está sendo proposto nesse programa. Poderíamos considerar até como um plágio: inovação? Fazemos. Parceria público-privada? Fazemos também. Tudo que está ali já é feito. O que se busca é uma tentativa de privatizar nosso patrimônio”, disse o docente.

Na mesma linha, a maior parte das falas foi contrária à adesão ao programa. A estudante Micaella Araújo reforçou a necessidade de levar a discussão para fora das universidades. “Eu vejo muita gente falando do Future-se dentro das universidades, mas eu queria dizer que esse debate precisa sair daqui e começar a ser feito com a população porque precisamos de força social, precisamos que a população entenda que a universidade pública é extremamente necessária”.

"Universidades em pleno processo de consolidação da sua expansão precisam de mais financiamento, e não desse processo de asfixia financeira, ao qual estamos sendo submetidos", finalizou a reitora.

Na quarta-feira (9), a programação #UfalResiste continua: haverá sessão extraordinária na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) sobre o Future-se, a partir das 8h30, com transmissão ao vivo pela TV Assembleia.