Olimpíada de Matemática do Cone Sul destaca Ufal internacionalmente

Competição realizada em Alagoas envolveu equipe de nove alunos de escolas públicas e particulares
Por Diana Monteiro - jornalista
21/09/2018 11h00 - Atualizado em 21/09/2018 às 11h05
Professores da Ufal participaram da organização do evento

Professores da Ufal participaram da organização do evento

A cidade de Maceió e o município de Barra de São Miguel sediaram a edição 2018 da Olimpíada do Cone Sul, uma competição internacional com a participação de representantes da Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Paraguai e Uruguai. O evento envolveu uma equipe de professores do Instituto de Matemática (IM) da Universidade Federal de Alagoas, teve como presidente do comitê organizador o professor Krerley Oliveira e contou com a participação de nove alunos das redes de ensino pública e privada.

Os participantes formaram duas equipes das seguintes escolas: Equipe Maceió, representada por um aluno do Colégio Anchieta e três alunos da Escola Municipal Pompeu Sarmento. Já a equipe denominada de Alagoas contou com um representante do Colégio Santa Úrsula, do SEB COC e do Instituto Federal de Alagoas (Ifal Campus Coruripe). Dois alunos da Escola Liege Gama, também de Coruripe, fizeram parte da equipe. 

Os professores Geraldo Ferreira, da Escola Municipal Pompeu Sarmento, de Maceió e Cristiane França, da Escola Estadual Misael Gonçalves Ferreira, da Barra de São Miguel foram os líderes das equipes na competição.

Os vice-líderes do concurso em Alagoas foram os estudantes Leo Marinho, do curso de Matemática(bacharelado) e Kevin Lacerda (estudante do Colégio Fantástico), respectivamente, medalhistas de ouro e prata na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep).

Criado em 1988 o concurso teve a primeira edição em Montevidéu (Uruguai) e este ano foi realizado pela 5ª vez no Brasil. O principal objetivo é proporcionar aos jovens uma oportunidade de demonstrar suas habilidades em matemática, além de servir como um marco para a troca de experiências, conhecimentos e contatos entre os países participantes para desenvolver programas de desenvolvimento cultural, científico e tecnológico.

Cada país é representado por quatro estudantes selecionados nas olimpíadas nacionais, um professor tutor e um chefe de delegação, chamados também de líderes das equipes.

“Além de colocar o Estado e a Ufal no cenário internacional de competições, principalmente como reveladora de talentos, a competição serve de estímulo para jovens seguirem uma carreira científica. Não sendo este o destino do aluno, no mínimo, se tornam excelentes profissionais no futuro”, enfatiza o professor Rafael Lucena, do IM, e um dos jurados do concurso ao destacar a importância de ter Alagoas como sede desta olimpíada.

Rafael pontua que além dos alunos convidados, o clima da competição estimula os jovens alagoanos a seguirem um treinamento regular para olimpíadas de matemática. “Os jovens aprendem como matemática é divertido e são estimulados a buscar uma carreira científica. Tudo isso foi de extrema importância para o Instituto de Matemática e para o Estado”, reforça.

Dinâmica da competição

As provas da competição transcorreram durante dois dias, 25 e 26 de agosto, onde em cada um era necessário resolver três problemas. Enquanto os alunos faziam a prova, na Barra de São Miguel, o júri elaborava as pautas de correção em Maceió.

“Após a realização das provas elas foram entregues para os líderes de cada equipe e cópias digitalizadas enviadas para o júri. Então, os líderes e o júri fizeram a correção de maneira independente. No terceiro dia o júri e os líderes se encontraram para coordenar os resultados”, explicou.

Ao destacar que vários docentes do IM estiveram envolvidos direta e indiretamente na olímpiada, além de Krerley Oliveira, Rafael Lucena citou a participação de Davi Lima, (que chefiou os guias de delegação) e José Carlos, também jurado da competição.

No resultado geral, o Brasil ficou em 2º lugar. Confira aqui.