Abertas inscrições para evento de aquicultura e ecotoxicologia aquática

Simpósio transcorrerá nos dias 29 e 30 de outubro no Campus A. C. Simões e oferta 150 vagas
Por Diana Monteiro - jornalista
18/09/2018 10h15 - Atualizado em 18/09/2018 às 16h45
Arte de divulgação

Arte de divulgação

Conhecido como o Estado das Águas, Alagoas apresenta grande potencial para aquicultura e pesca graças à disponibilidade hídrica e variabilidade de espécies aquícolas. No entanto, a cada ano os recursos pesqueiros estão depreciando e como alternativa para a recuperação dos estoques é o surgimento da aquicultura. Diante dessa realidade, a Universidade Federal de Alagoas sedia o 2º Simpósio de Ecotoxicologia Aquática e Aquicultura Sustentável, nos dias 29 e 30 de outubro. 

O evento será realizado no Laboratório de Computação Científica e Visualização (LCCV), Campus A. C. Simões, e as inscrições já estão abertas, limitadas a 150 vagas. Os participantes terão direito a certificado. Saiba detalhes no site do Laboratório de Aquicultura (Laqua).

Em 2017 a Ufal promoveu a primeira edição do simpósio que reuniu pesquisadores locais, nacionais e internacionais, oportunidade em que foram debatidos temas atuais sobre as inovações tecnológicas utilizadas na aquicultura, envolvendo: biossegurança, cultivo de camarão de água doce e multitrófico, nutrição e aproveitamento do pescado. 

“O simpósio deste ano é a continuidade do debate e se propõe divulgar, discutir e disseminar sobre a temática de cultivo sustentável de organismos aquáticos e ecotoxicologia aquática, de forma a tornar o evento importante no calendário de Alagoas. Também congregar profissionais em linhas de produção mais sustentáveis e com rastreabilidade e segurança alimentar”, afirmou o professor Emerson Soares, do Centro de Ciências Agrárias (Ceca) e integrante da comissão organizadora.

Conhecimento disseminado

O pesquisador destaca que o Estado apresenta três grandes multiplicadores e disseminadores de informações aquícola, que são: o curso de Zootecnia, localizado no Ceca, o de Engenharia de Pesca, na Unidade de Ensino de Penedo, pertencente ao Campus Arapiraca da Ufal e o curso de Técnico Agrícola, do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), Campus Satuba. E enfatiza: 

“O cultivo de organismos aquáticos precisa ser realizado de forma racional, para que perdure os estoques hídricos, que é o ponto chave para o cultivo tanto de peixes quanto de camarão. Pensando nisso, cada vez mais as pesquisas têm buscando soluções para cultivo sustentável de diferentes espécies, um deles seriam os cultivos multitróficos onde maximiza a produção podendo consorciar espécies vegetais com aquícolas (aquaponia) ou sistema bioflocos, em ambos os sistemas apresentam as vantagens de produzir mais de uma espécie no mesmo ciclo de produção, reutilização da água do cultivo e a sua produção pode ser feita em menores áreas comparadas ao sistema de produção convencional”.

Emerson acrescenta que na busca da maximização dos lucros no cultivo de espécies aquícolas, muitas vezes não é dado o vazio sanitário adequado aos viveiros e a taxa de estocagem é além da capacidade de suporte do sistema. Isso faz com que os animais fiquem susceptíveis ao surgimento de patógenos ocasionando prejuízo ao produtor. 

Programação 

Conforme a programação, integram o simpósio as palestras Tecnologia de Biofocos: um modelo de produção sustentável; Larvicultura de atum e dorada em sistema de água verde e renovação parcial; e Ecotoxicologia e o uso de biomarcadores biliares, bioquímicos e comportamentais em peixes sentinela de estuários equatoriais. O evento também oferta um minicurso sobre cultivo de camarões marinho em sistema de bioflocos. 

A 2ª edição do simpósio conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal) e, além de Emerson Soares, fazem parte da comissão organizadora os pesquisadores Misleni Ricarte, Elton Santos e Renato Nunes. 

Mais informações pelo telefone (82) 99971 6554 e no site do Laqua.