Atendimento às pessoas com TEA foi tema de debate na SBPC Alagoas

Discussão reuniu pesquisadores, docentes e alunos da área de saúde, além de familiares de autistas
Por Eduardo Lira - estagiário de Relações Públicas
02/08/2018 09h14
Mesa debateu atendimento aos pacientes com TEA. Foto: Jardel Rodrigues

Mesa debateu atendimento aos pacientes com TEA. Foto: Jardel Rodrigues

Representantes de diversos centros de pesquisa pelo país se reuniram durante a SBPC Alagoas, na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), para discutir o atendimento à pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o papel das universidades na facilitação e auxílio nesse processo. 

Estiveram presentes na mesa-redonda, a professora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), Maria Martha Costa Hübner, o pesquisador da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), André Augusto Borges Varella e o professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Romariz Barros. 

Maria Martha abriu o debate com a palestra sobre as atividades desenvolvidas no Centro para o Autismo e Inclusão Social (Cais-USP) em parceria com o Programa Genoma da instituição, espaço onde as crianças diagnosticadas com o transtorno e seus pais recebem atendimento semanal por estudantes da área da psicologia. 

Ela forneceu informações sobre a Análise Aplicada do Comportamento (ABA), campo de estudo da Psicologia Comportamental que avalia os repertórios de autistas de acordo com suas habilidades visuais, motoras e de linguagem. Os pais também recebem acompanhamento e são orientados a educar os filhos de acordo com as especificações apresentadas em cada caso. 

O pesquisador André Varella foi responsável por apresentar os dados que quantificam o autismo no Brasil e no mundo. Segundo ele, o levantamento mostra que o país tem um problema de saúde pública e que as entidades públicas, junto às universidades, precisam pensar em novas maneiras de incluir em suas políticas educacionais essa parcela da sociedade que cresce nas últimas décadas. 

“Esse é um problema que muitos países desenvolvidos têm tentado resolver e aqui no Brasil nós temos evoluído em alguns aspectos. As universidades têm papel fundamental no auxílio à resolução desse problema. Ela tem uma função especial. Ela se ocupa de descobrir coisas novas e estender aquilo que ela sabe para as comunidades ao redor”, destacou André.