SBPC Afro e Indígena discute corpos, literatura e relações étnico-raciais

Mulheres ocupam espaço de produção do conhecimento e celebram o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha
Por Eloysa Souza e Rafaela Oliveira, estudantes de Relações Públicas
26/07/2018 15h50 - Atualizado em 26/07/2018 às 15h50
Professora Graça Graúna, na conferência Práticas Identitárias e Ressignificação dos Povos Indígenas (Fotos: Ana Dantas, estudante de Relações Públicas)

Professora Graça Graúna, na conferência Práticas Identitárias e Ressignificação dos Povos Indígenas (Fotos: Ana Dantas, estudante de Relações Públicas)

No dia em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, 25 de julho, a programação da SBPC Afro e Indígena foi marcada pela presença de mulheres. Tratando temas diversos, as conferencistas trouxeram o saber da mulher para a 70ª Reunião Anual da SBPC.

Nadir Nóbrega é professora aposentada da Universidade Federal de Alagoas e PHD em Artes Cênicas-Dança pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). A sua conferência, intitulada O corpo negro sujeito de si na universidade, tratou a relação do sujeito negro com a universidade, como o acesso ao ensino superior e ações afirmativas: “A Universidade é um espaço de caminhos abertos e cruzados”, comentou. A atividade, que aconteceu na Sala 5 do Instituto de Educação Física e Esporte (Iefe), contou com a presença de vários ex-alunos, que compartilharam depoimentos emocionados sobre a trajetória da docente.

Já a mesa-redonda Práticas identitárias e ressignificação dos povos indígenas, contou com a participação da professora Graça Graúna, da Universidade de Pernambuco (UPE). Temas como a ancestralidade e o papel da Literatura na afirmação de identidades de descendentes de indígenas foram discutidos, além da professora ressaltar a importância do espaço: “Para mim é sagrado estar aqui hoje na SBPC”, disse.

Sobre a data

O Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha foi criado em 1992, na República Dominicana, no 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas. No Brasil, a data é comemorada desde 2014, com a sanção da lei nº 12.987, assinada pela ex-presidente Dilma Rousseff.