Programação em libras garante inclusão na 70ª Reunião Anual da SBPC

Iniciativa foi fruto de parceria entre o eixo SBPC Afro e Indígena e o curso de Letras - Libras da Ufal

Por Rafaela Oliveira - estudante de Relações Públicas
- Atualizado em
Tradutores intérpretes na SBPC Alagoas. Foto: Lucas Silva

Tradutores intérpretes na SBPC Alagoas. Foto: Lucas Silva

A programação da 70ª Reunião Anual da SBPC contou com atividades que atraíram os mais diversos públicos. Pensando em acessibilidade, a SBPC Afro e Indígena ofereceu uma programação interpretada na Língua de Sinais Brasileira (Libras). Foram oito técnicos-administrativos, tradutores intérpretes de línguas de sinais (TILS), lotados na Faculdade de Letras (Fale) que realizaram o trabalho no eixo Afro e Indígena, além de cinco monitores. 

A professora da Fale Emanoelly Caldas explicou a parceria. “A colaboração foi feita a pedido da professora Lígia Ferreira, e nós conseguimos possibilitar a interpretação de sete atividades”, disse. 

Na conferência Literatura Indígena no Ensino Superior, ministrada pela professora Graça Graúna, que contou com a interpretação em Libras, os participantes surdos pautaram a questão da acessibilidade, explicando que a língua também afeta o impacto da poesia sobre essa parte da população. “Os surdos participaram ativamente. Foi um momento de construção e troca de conhecimento entre duas minorias”, comentou Emanoelly. 

A iniciativa agradou os participantes. “Já percebi de outras pessoas, inclusive de fora da Ufal, vários elogios ao eixo Afro e Indígena. Acredito que iniciativas como essa só tem a enriquecer a Universidade e a sociedade alagoana, e que a partir de agora a SBPC terá um olhar diferenciado para essas comunidades”, concluiu.