Pesquisadores destacam a importância dos nanossatélites no cenário tecnológico brasileiro

Os benefícios que essa tecnologia traz são aplicados em diversas áreas do conhecimento humano
Por Esmerino de Lima - estudante de Jornalismo
26/07/2018 17h05 - Atualizado em 27/07/2018 às 14h44
Mesa debateu cenário tecnológico brasileiro

Mesa debateu cenário tecnológico brasileiro

Pensar em novas tecnologias e melhorar a qualidade de vida por meio de inovações no setor espacial, os CubeSats, foi tema de discussão na 70ª reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) . O lançamento da publicação do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), na tarde desta quarta-feira (25), no Campus A.C. Simões, em Maceió, trouxe dados e estudos que comprovam as áreas de atuação desses nanossatélites, que Contribuem para o desenvolvimento do país.

A mesa-redonda Ciência com pequenos satélites: Pensando dentro de pequenas caixas composta pelos pesquisadores Thyrso Villela Neto, do CGEE, Vanderlei Parro (USP) e Eduardo Janot Pacheco (USP) debateu o tema com mediação da professora Roseli de Deus Lopes (USP).

De acordo com os pesquisadores, essa tecnologia é barata em relação aos satélites de grande porte, mas os que são construídos a partir de unidades padrão, em forma de cubo de 10cm de arestas custam cerca de U$ 50 mil. Esses modelos criados pelo CGEE são originalmente desenvolvidos para estudos acadêmicos, que têm oferecido vantagens em termos de custo e tempo na construção de equipamentos espaciais.

“O grande diferencial dessa pesquisa é o custo, uma atividade espacial é cara, demora muito tempo e tem um grande risco. Com os CubeSats, os custos são menores, você pode aceitar mais riscos e consegue com custos baixos e equipes pequenas, ter resultados interessantes em diversas áreas, além dos treinamentos aos estudantes. No entanto, é uma nova forma de acessar o espaço”, ressalta Thyrso Vilela.

Os nanossatélites atendem a diversas demandas das seguintes áreas: telecomunicações; sensoriamento remoto da terra; defesa; meio ambiente e agricultura; planejamento urbano; recursos hídricos e minerais; controle de fronteiras; e ciência de um modo geral.

Estudos desenvolvidos pelo CGEE mostram que esse modelo de satélite já é uma tendência mundial. Em 2014, o Brasil lançou seu primeiro CubeSat, e em 2017 lançou três artefatos. Outros 50 países já enviaram os nanossatélites, superando o número dos convencionais.