Oficina de danças circulares ensina sobre tradições e qualidade de vida

Conhecimentos pessoal e coletivo também são alguns dos exercícios da dinâmica
Por Bárbara Isis – estudante de Jornalismo
27/07/2018 22h34 - Atualizado em 22/11/2021 às 09h05
Oficina de danças circulares na SBPC Alagoas

Oficina de danças circulares na SBPC Alagoas

A oficina de danças foi ministrada pela professora do curso de Dança da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Noemi Loureiro. A atividade compôs a programação cultural da 70ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). 

O início da oficina contou com uma breve introdução sobre como surgiu, quais os benefícios trazidos por essa prática e como o esse estilo de dança auxilia na melhoria da saúde e qualidade de vida. A turma estava cheia e com muitas expectativas para aprender a modalidade que faz as pessoas dançarem de mãos dadas.

A professora relatou que essa prática foi desenvolvida pelo bailarino polonês Bernhard Wosien, como forma de trazer a estima,o sentimento de felicidade e de como viver em coletivo após o colapso da segunda guerra mundial. 

A atividade contou com diversas músicas de tradições diferentes, desde movimentos das danças gregas e escocesas, até os mais variados estilos no mundo. “Eu gosto muito de pensar nas danças circulares como algo que vai possibilitar a melhor saúde e qualidade de vida das pessoas, e ela tem uma coisa favorável que é ‘você pode ser do jeito que você é’, a gente não tem um pensamento de julgamento, um pensamento de uma vontade estética, tem um pensamento de um desejo de fazer parte, de estar inserido. E assim, ela trabalha com o aspecto das tradições dos povos, numa repetição de suas danças, mas cada um pensando com o seu corpo e suas limitações”, comentou Noemi. 

Ela fala, ainda, como é importante inserir a atividade no maior evento científico da América Latina “A dança circular entra como essa possibilidade de despertar nas pessoas o encontro consigo, de fazer perceber que você tem potencialidades, mas que você também tem limitações, que você pode explorar outras questões, outros aspectos do seu ser e desse trabalho coletivo, de você estar conectado com o outro”, comentou. 

A professora da rede pública estadual, Maria Sant’Ana, que participou da oficina, compartilhou a experiência vivida. “Eu vim pra cá com o intuito de poder levar alguma informação para as minhas aulas. Acho importante levar a dança como uma dinâmica para dentro da sala de aula. Como a dança circular tem essa característica da calma, da tranquilidade, acho importante esse tipo de vivência relacionada tanto ao professor quanto ao aluno, para que a gente tenha uma aula mais tranquila, leve e dinâmica”, enfatizou.