Minicursos ressaltam dificuldades enfrentadas por docentes

Atividades discutiram bullying, aprendizagem, saúde mental e outros temas
Por Pedro Ivon – estagiário de Jornalismo
21/07/2018 08h00 - Atualizado em 20/07/2018 às 17h40
Professor Hugo Monteiro e turma presente no curso sobre saúde mental docente

Professor Hugo Monteiro e turma presente no curso sobre saúde mental docente

Na manhã desta sexta-feira (20), no bloco de Educação Física da Ufal, foram realizados três minicursos que integram a programação da SBPC Educação. “Bullying e Cyberbullying: Desafios Escolares”, “Práticas de aprendizagem integradoras e inclusivas: do legal ao atitudinal” e “Saúde Mental do professor”, embora tenham focos distintos, todos eles tiveram um personagem em comum: o professor.

Os problemas enfrentados por alunos, as formas de inclusão que os professores precisam desenvolver e os riscos para a saúde mental que estes correm em sua profissão. Estes foram, respectivamente, os principais pontos abordados em cada minicurso, que tiveram uma presença majoritária de mulheres. Todas as atividades tiveram um formato diferente umas das outras, ora seguindo o modo tradicional, com o professor discursando sobre o tema para o público, ora sendo mais dinâmico, com uma maior interatividade com o público.

Em todos os casos, de uma forma geral, fica visível as dificuldades enfrentadas pelos docentes em sala de aula, seja desenvolvendo métodos para incluir alunos com necessidades especiais, seja para tentar evitar ou orientar alunos que sofrem algum tipo de bullying. O minicurso sobre a saúde mental dos professores evidenciou como esses problemas, muitas vezes trazidos de fora, impactam a mente do profissional, que acaba ficando sobrecarregado com responsabilidades que não são suas, mas sim da família. “Nenhum movimento de inclusão acontece no meio externo se não acontece no interno”, afirmou a professora Maria Dolores, da Ufal, que estava ministrando o minicurso sobre práticas de aprendizagem.

Da mesma forma, o professor Hugo Monteiro, terapeuta e professor da UFRPE, disse que muito dificilmente uma pessoa que tem um bom relacionamento com a família sofrerá alguma forma de perseguição na escola. As professoras Mônica Patrícia e Deise Juliana também tocaram no ponto da questão sindical, que não resolve questões de saúde mentais dos docentes. “A questão de saúde mental do professor é uma coisa para o sindicato trabalhar”, falou Mônica.