Do infantil ao adulto: o uso de jogos como ferramenta de aprendizagem

Minicursos discutiram novas formas de produção de conhecimento durante a SBPC Educação
Por Cairo Martins - estagiário de Jornalismo
22/07/2018 18h41 - Atualizado em 22/11/2021 às 09h05
Saulo Nicácio e Danielle Araújo professores do ICBS

Saulo Nicácio e Danielle Araújo professores do ICBS

Por vezes, tornar lúdico o dia a dia da sala de aula pode ser um grande desafio para os professores, principalmente durante a nova era tecnológica. Pensando nisso, educadores de Alagoas trouxeram para a SBPC Educação, o debate sobre como os jogos, físicos e eletrônicos, podem ser uma ferramenta útil na produção de conhecimento.

Segundo a professora, Cheila Francett Vasconcelos, da Secretaria Municipal de Educação (Semed), a construção do conhecimento humano vem sendo alvo de inúmeras investigações no campo cognitivo. E, na concepção da Educação Matemática, pesquisas são elaboradas na tentativa de resolver os problemas determinantes no processo de ensino e de aprendizagem.

A educadora aplicou o minicurso A (Re) Construção do conceito de dividir na formação dos professores: O uso do jogo como recurso metodológico. Ela contou como é difícil chamar a atenção dos alunos para os assuntos abordados trazendo uma ressignificação no processo de aprendizagem, além da necessidade de renovação das abordagens diante das modernidades.

“O professor é um eterno estudante, ele precisa correr atrás de novos conhecimentos, pois ele, não é mais o detentor da informação, mas sim do conhecimento, é esse o pensamento que os educadores precisam começar a ter”, frisou Cheila.

Com o tema Jogos e modelos didáticos no ensino de Ciências, o professor Saulo Nicácio, disse que os jogos educacionais servem como uma importante e viável alternativa de recurso didático, pois favorece a construção do conhecimento. “Eu trabalho jogos com as minhas turmas e os resultados mostram como eles ficam motivados durante as aulas estimulando a construção do conhecimento”, destaca o docente do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS) da Ufal.

Segundo Saulo, quando ele lança a proposta de usar jogos no Ensino de Jovens e Adultos (EJA), os alunos demonstram estranhamento com a prática, mas quando a aceitam o resultado é surpreendente. “Eu tive atividades no EJA fantásticas, que eu achava que não iam dar rendimento, mas foi totalmente o contrário. Mesmo alguns julgando uma atividade infantil, o resultado se dá porque lúdico está para todas as idades e todas as esferas, inclusive para o EJA”, compartilhou o ministrante do minicurso.

A partir das perspectivas de autores conhecidos, a professora Danielle Araújo destaca que os jogos são criados somente para crianças, mas que essa atitude precisa ser revista. “Vemos o jogo didático nos dias hoje como somente para crianças, mas precisamos quebrar esses paradigmas, sair dessa caixinha e acreditar que podemos fazer com que os resultados apareçam usando esses artifícios”, ressaltou a pesquisadora do ICBS.

As atividades aconteceram, simultaneamente, no bloco do Instituto de Educação Física e do Esporte (Iefe) e no Centro de Educação (Cedu).