Camerata Acadêmica participa de festival de música em Fernando de Noronha

Os professores Lílian Pereira e Kleber Dessoles e alunos da Escola Técnica de Artes da Ufal se apresentam dia 16
Por Simoneide Araújo - jornalista colaboradora
14/06/2018 09h50 - Atualizado em 14/06/2018 às 17h13
A Camerata Acadêmica da Escola Técnica de Artes da Ufal viaja nesta sexta para Fernando de Noronha

A Camerata Acadêmica da Escola Técnica de Artes da Ufal viaja nesta sexta para Fernando de Noronha

Um desafio e uma grande oportunidade para alunos e professores que compõem a Camerata Acadêmica da Escola Técnica de Artes da Universidade Federal de Alagoas. No próximo sábado, dia 16, às 19h, o grupo estará em Fernando de Noronha para participar do 1º Festival de Música no Forte, O cenário não poderia ser melhor: a Fortaleza Nossa Senhora dos Remédios, que está sendo restaurada e abriga o evento.

O convite para fazer o concerto no Forte foi feito pelo professor Alessandro Borgomanero, diretor artístico do Festival. O grupo irá com 11 integrantes, incluindo a professora Lílian Pereira, violino e direção artística do concerto, e o professor Kleber Dessoles, solista convidado. A Camerata vai viajar com tudo pago pela Biapó Construtora, responsável pela obra de recuperação da Fortaleza. “Quando eu recebi o convite eu nem acreditei. Quem nos convidou foi o professor Borgomanero, que já esteve em Maceió, em 2015, a meu convite, para participar do 1º Encontro de Cordas da ETA, logo depois da criação da Camerata Acadêmica”, contou.

O festival começou no último 19 de maio, com um duo de violino e violão de Alessandro Borgomanero e Eduardo Meirinhos. Segundo Lílian, Borgomanero disse que a ideia da Biapó é que a população de Noronha acompanhe mensalmente a obra que está sendo realizada. “Nada melhor do que promover apresentações para as pessoas curtirem e, ao mesmo tempo, poderem visitar o local durante as obras”, ressaltou. As apresentações vão acontecer até dezembro, sendo uma por mês.

Solista convidado

Kleber Dessoles será solista convidado por Lílian Pereira para o concerto no Festival de Música no Forte. Ele é professor de saxofone, clarineta e teoria musical da ETA e possui formação técnica e bacharelado em Música, com habilitação em saxofone, pós-graduado lato sensu em Música com ênfase em Práticas Interpretativas dos séculos 20 e 21 e mestre em Música na linha de pesquisa Processos e Dimensões da Produção Artística, todos pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (EMUFRN).

Dessoles possui experiência na área de Artes - Música, com ênfase na Performance e atua, principalmente, sobre os temas: saxofone, performance, música de concerto para saxofone, música de câmara e ensino de instrumento.

A Camerata

A Camerata Acadêmica da ETA vem mantendo uma agenda de apresentações. Em 2017 participou do Sesc partituras, um projeto nacional. “Ganhamos edital e fomos nos apresentar em Arapiraca, no Teatro Hermeto Pascoal. Nós estamos conseguindo manter uma agenda permanente de apresentações na capital e no interior”, disse Lílian.

Criada em abril de 2015, a partir de um projeto de extensão que buscou trabalhar peças dos mais diversos períodos da música, que foram escritas para a formação camerística, a direção é da professora Lílian Pereira e seu núcleo de base são os instrumentos de cordas com arco. “Nossa proposta, sobretudo, é também buscar a interação com instrumentos de outros naipes, dando aos alunos a rica experiência de uma construção musical composta das mais diversas vozes instrumentais”, completou.

De acordo com Lílian, o repertório trabalhado com o grupo é bem vasto e vai desde o período barroco até a produção contemporânea. “Fazemos uma busca quase artesanal de produção das sonoridades características de cada período que nasce das proposições estéticas e históricas de cada compositor e buscando, sobretudo, a valorização da música erudita instrumental brasileira”, destacou.

De acordo com Lílian, a Camerata traça um caminho importante na formação musical de seus integrantes e pretende enriquecer ainda mais o cenário musical alagoano. “Nossa busca é poder contribuir com a formação de mais ouvintes, novos alunos e amantes da música, buscando parcerias fora do ambiente acadêmico, a fim de difundir a música instrumental brasileira e de outros países”, afirmou.

Encontro de cordas

Desde novembro de 2015, a Escola Técnica de Artes da Ufal promove encontros de cordas com professores convidados, sob a coordenação do Núcleo de Cordas com Arco do curso técnico de Música. “Nossa Camerata Acadêmica tem sido núcleo de atuação artística tanto dos alunos envolvidos quanto dos solistas convidados. No 1º Encontro de Cordas, realizado em novembro de 2015, contamos com a primorosa participação do violinista ítalo-brasileiro, Alessandro Borgomanero, da UFG [Universidade Federal de Goiás], que atuou como professor e solista”, revelou Lílian.

No 2º Encontro de Cordas, realizado em outubro de 2016, a ETA recebeu dois músicos solistas da Universidade Federal da Paraíba, Ulisses Silva e Victor Mesquita. “Nos dois primeiros eventos, tivemos a primorosa parceria do Sesc Alagoas. E no 3º encontro, que aconteceu em dezembro do ano passado, em Marechal Deodoro e Maceió, tivemos a participação  do professor e solista Ulisses Silva, da UFPB”, completou a coordenadora da Camerata.

A Camerata também se apresentou no concerto em comemoração aos 20 anos da unidade Sesc Centro, em Maceió, no Teatro Jofre Soares. “Também marcamos presença no projeto Sesc Partituras, onde fizemos concerto na cidade de Arapiraca, no Teatro Hermeto Pascoal, com a participação solista do saxofonista Kleber Dessoles, e na Bienal do Livro de Alagoas, com concerto no Teatro Gustavo Leite”, finalizou.