Em comemoração ao dia Internacional da Consciência Negra, comemorado em 20 de Novembro, o Centro de Cultura e de Estudos Étnicos Anajô organiza a segunda edição do Vamos Subir a Serra com atividades que estão programadas até domingo (18). O evento conta com o desfile de moda #EstiloÁfrica que é uma ação social resultante da parceria entre a Ufal, por meio do projeto de extensão Laboratório de Relações Públicas Comunitárias e o Núcleo de Produção ModafroIn, do Instituto Feminista Jarede Viana.

A programação é composta também por exibição de filmes, contação de histórias, exposições fotográficas e apresentações musicais que estão acontecendo no Espaço Cultural Zumbi dos Palmares na Praça Multieventos.

O Instituto Feminista Jarede Viana, uma ONG que atende mulheres vítimas de violência, por meio do Núcleo de Produção ModafroIn  promoveram, nesta quinta-feira (15), o desfile #EstiloÁfrica que teve a contribuição de estudantes de Relações Públicas e de Produção de Moda, desde a finalização das peças, maquiagem e mídias sociais.

O material tem como referência o estilo AfroPunk, criado em meados dos anos 90 e que veio como forma de quebra de barreiras entre o preconceito e o punk rock, inspirando liberdade de expressão. A exposição de peças e acessórios apresenta a beleza, os encantos e a força da cultura e da gente negra e é o resultado de uma ação extensionista proposta pelos integrantes do projeto Laboratório de Relações Públicas Comunitárias e por alunos do curso de Produção de Moda.

Passarela afro

O desfile #EstiloAfrica compôs a série de atividades realizadas no evento Vamos Subir a Serra, na Praça Multieventos, bairro de Pajuçara. O estudante do curso de Produção de Moda e, também, de Relações Públicas da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Wilson Belarmino, foi convidado para desenvolver uma coleção de peças Afropunks para o evento com outros alunos dos dois cursos. Foram criados 24 looks, dos quais 21 foram à passarela neste dia.

“Cerca de cem pessoas assistiram ao desfile que foi aberto com apresentações de grupos artístico-culturais negros e desenvolvido ao som da cantora Mel Nascimento. Na passarela, pessoas de todas as cores e gêneros sexuais performaram as diferenças da gente brasileira, numa relação intrínseca com a diversidade das estampas e matizes das roupas apresentadas”, destacou a professora Rosa Correia, coordenadora do Laboratório de Relações Públicas Comunitárias. O evento foi encerrado com o show de Naná Martins.