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Hospital Universitário promove ação da Campanha Mundial de AVC

Atividade foi realizada pelo Grupo de Apoio Contra o AVC para pacientes e familiares


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Atividade do Grupo de Apoio do HU faz parte da Campanha Mundial do AVC 2017

Atividade do Grupo de Apoio do HU faz parte da Campanha Mundial do AVC 2017

Thâmara Gonzaga – jornalista 

Pacientes e familiares atendidos no ambulatório de Acidente Vascular Cerebral (AVC) do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA) da Ufal participaram, nesta quarta-feira (25), no auditório do HU, de uma série de atividades promovida pelo 2º Grupo de Apoio Unidos Contra o AVC. A ação faz parte da Campanha Mundial de AVC 2017.

De forma didática e esclarecedora, os pacientes e seus acompanhantes receberam informações de profissionais das áreas de neurologia, nutrição, educação física, psicologia, fisioterapia e terapia ocupacional de modo a melhorar a qualidade de vida e evitar novos derrames.

“Vida desregrada, taxas fora de controle, tabagismo, alto consumo de bebidas alcoólicas e estresse são fatores que podem desencadear um AVC, inclusive, em pessoas jovens. Para o sucesso do tratamento, é importante a parceria entre médico, paciente e família”, destacou a médica neurologista e professora da Faculdade de Medicina (Famed) da Ufal, Analuiza Luna Sarmento.

Já a coordenadora do evento, médica neurologista e professora da Famed, Letícia Januzi Rocha, abordou a importância do reconhecimento dos sinais. “Lembro de um paciente que chegou no ambulatório com alteração na fala. Ele já tinha passado por outra emergência e disseram a ele que estava confuso. Ao chegar no HU, ficou logo internado”, alertou a médica.

O Grupo de Apoio Unidos Contra o AVC, que conta com a parceria da Associação Ação AVC e da Rede Brasil de AVC, tem como objetivo fornecer informações tendo em vista a prevenção, a reabilitação e a reintegração dos pacientes. As ações deste ano foram voltadas para a importância de prevenir o Acidente Vascular Cerebral, popularmente mais conhecido como derrame, com foco na mudança de hábitos de vida, alimentação e atividade física.

Icat realiza 1º Seminário de Conservação da Caatinga

Evento está com inscrições abertas e transcorrerá nos dias 14 e 15 de novembro


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O professor Humberto Barbosa, coordenador do Lapis destaca que o seminário contará com a participação de palestrantes nacionais e internacionais

O professor Humberto Barbosa, coordenador do Lapis destaca que o seminário contará com a participação de palestrantes nacionais e internacionais

Diana Monteiro - jornalista

O Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas promove nos dias 14 e 15 de novembro o 1º Seminário de Conservação da Caatinga frente às secas, à desertificação e às mudanças climáticas. O evento tem como objetivo promover o intercâmbio acadêmico-científico de alunos da graduação e pós-graduação com pesquisadores oriundos das Geociências e Ciências Ambientais. Também oportunizará a ampliação do debate interdisciplinar e interinstitucional, na perspectiva de fortalecer a cooperação para ações de monitoramento ambiental, visando subsidiar a identificação de áreas prioritárias para a conservação da caatinga, baseada num conjunto abrangente de critérios de vulnerabilidade climática e ecológica.

O professor Humberto Barbosa, coordenador do Lapis destaca que o seminário contará com a participação de palestrantes nacionais e internacionais para debater os seguintes temas definidos: Vulnerabilidade climática; Vulnerabilidade ecológica; Vulnerabilidade à desertificação; e Vulnerabilidade agrícola. “O debate centrado nessas quatro temáticas buscará fortalecer a cooperação entre entidades nacionais e internacionais, visando implantar e consolidar um programa de referência em pesquisas, metodologias, monitoramento, capacitação e subsídio a políticas públicas nas áreas de desmatamento, secas e desertificação da Caatinga”, reforçou.

O seminário tem como público-alvo a comunidade científica e acadêmica; estudantes; profissionais ligados à Inovação;Imprensa; grandes e médios produtores rurais; Cooperativas; Institutos de Pesquisa agropecuária; organizações não governamentais (ONG’s); e Poderes Executivo e Legislativo. “Os resultados de cada um dos quatro temas principais do seminário irão contribuir com propostas para a consolidação de um modelo de pesquisa interdisciplinar/transdisciplinar para mitigação dos impactos das mudanças climáticas, da seca e combater o avanço do desmatamento e da desertificação na Caatinga.”, frisou o professor Humberto, coordenador do Lapis.

Mais informações sobre o o seminário e inscrições aqui ou no Facebook.

Programa

Segundo Humberto Barbosa, as mudanças ambientais e climáticas projetadas para futuro próximo acarretam diversos prejuízos sociais e econômicos para a população. Esse fato se torna grave se consideradas as desigualdades sociais que caracterizam a região semiárida brasileira. “Nesse sentido, é importante que o Brasil apresente, no cenário internacional, um amplo programa nacional que busque uma melhor compreensão dessas alterações ambientais e promova estratégias de prevenção e mitigação dos efeitos desse processo”, diz.

Destaca que em nível local os municípios localizados na área de abrangência da Caatinga podem potencializar as ações de proteção ao bioma, de aproveitamento sustentável do seu potencial e de recuperação de áreas degradadas. Para tanto, por meio de um esforço de articulação, o Laboratório Lapis disponibiliza informações de satélite sobre a situação do uso e ocupação do solo de cada município, com foco na cobertura vegetal e no mapeamento das áreas suscetíveis ao processo de desertificação. “A Caatinga, pela sua importância biológica, genética, social e econômica, necessita de uma iniciativa semelhante, visando propiciar a elaboração de políticas de conservação a esse bioma exclusivamente brasileiro, afirma o pesquisador

Por meio de cooperação com a EUMETSAT o laboratório Lapis da Ufal tem um programa em desenvolvimento. A EUMETSAT é uma organização intergovernamental criada por meio de uma convenção internacional formada atualmente por um total de 30 Estados membros europeus: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária Croácia, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália , Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Suécia, Suíça e Turquia.

As atividades da EUMETSAT contribui para formar um sistema mundial de satélite meteorológico de observação a navegação espacial coordenado com outras nações. O Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites da instituição alagoana atua junto junto ao Instituto de Ciências Atmosféricas da UFAL e adota uma perspectiva multidisciplinar e transdisciplinar na formação de recursos humanos na área de meteorologia, sensoriamento remoto e meio ambiente, por meio de bolsistas de graduação, pós-graduação (mestrado e doutorado) e pós-doutorado sintonizados com as demandas sociais, dando grande ênfase na emergente questão de monitoramento ambiental do bioma Caatinga.

Impactos

Humberto Barbosa diz que diferenciar setorialmente os impactos observador e conseguir mapear a complexa rede de relações causa-efeito - diretas e indiretas, em escalas espaciais e horizontes temporais diferentes – que levam a esses impactos, não é tarefa trivial e imediata. “Por exemplo, num contexto urbano existem fatores físicos, institucionais e socioeconômicos intrínsecos ao sistema, tais como nível de pobreza, inadequação do domicílio, falta de infraestruturas, ocupação ilegal do solo, entre outros, que trazem por si só uma situação de risco, independentemente do fator climático”, enfatiza

O pesquisador acrescenta que as mudanças ambientais vão com muita probabilidade agravar as vulnerabilidades existentes, deixando as comunidades e sistemas ainda mais expostos a riscos de perdas e danos. “O programa em atividade contribui regionalmente para o rápido crescimento do conhecimento acumulado sobre mudanças climáticas, seca e conservação no muito importante e singular bioma brasileiro da Caatinga. A abordagem tem um potencial enorme para melhorar o planejamento da conservação baseado no conhecimento cientifico e fortalecer a formulação de políticas.”, afirma Humberto.

Inscrições abertas para Jornada Pedagógica para Músicos de Banda

Evento acontece de 16 a 19 de novembro na cidade de Marechal Deodoro


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Simoneide Araújo – jornalista colaboradora

A primeira capital do Estado vai sediar um grande evento cultural e científico, de 16 a 19 de novembro. Marechal Deodoro vai reunir estudantes e profissionais na oitava edição da Jornada Pedagógica para Músicos de Bandas (JPMB), que este ano está inserida na programação comemorativa dos 200 anos de emancipação política do Estado. O evento é uma realização da Universidade Federal de Alagoas, junto com o Sesc e o Espaço de Compreensão e Invenção Musical (Ecim). As inscrições já estão abertas e são feitas online até 3 de novembro.

Os interessados devem preencher o formulário de inscrição com dados pessoais, indicando as atividades que desejam participar e também responder a um questionário do grupo de pesquisa Metodologia Instrumental, do qual faz parte o professor Marcos Moreira, coordenador-geral da JPMB. A taxa de inscrição é R$ 15 mais um quilo de alimento não perecível. Os donativos serão entregues a instituições que atendem pessoas carentes de Marechal Deodoro.

No ato da inscrição, as pessoas podem escolher participar das oficinas realizadas pela manhã e à tarde ou apenas um dos turnos. “No horário da manhã, serão realizadas atividades específicas de instrumentos e educação musical. À tarde, serão os grupos especiais: oficina de frevo, ensaio de três bandas distintas e harmonia”, explicou Moreira.

Além das oficinas, os inscritos podem assistir gratuitamente a todas as atividades que vão acontecer durante a Jornada. “Nosso evento também proporciona um momento de integração, no qual dá oportunidade à população local e visitantes assistirem aos concertos na Igreja Santa Madalena e às apresentações na Praça do Convento”, anunciou o coordenador.

Abmus

Pela primeira vez, o 2º Congresso da Abmus - Associação Brasileira de Musicologia virá para Marechal Deodoro e acontecerá simultaneamente à JPMB. Os dois eventos vão promover um grande encontro com palestras, concertos, recitais, retretas de bandas, oficinas e mesas-redondas destinados a músicos de banda, professores, artistas e comunidade em geral.

De acordo com Moreira, a JPMB busca fazer essas parcerias entre academia e práticas musicais de modo a estreitar a interação com as instituições filarmônicas e a Educação. “Nossa Jornada, pretende promover um diálogo sobre políticas públicas e educacionais na região a partir do contexto instrumental na Lei 11.769/2008. Esta lei, segundo a ABEM [Associação Brasileira de Educação Musical], favorece espaço para uma discussão sobre o que se pode fazer para melhorar a educação brasileira e possibilita que se planeje essa inserção da música no sistema educacional no Brasil. Isso está ligado ao exercício da cidadania cultural, um direito de todo brasileiro e a escola é, ainda, o único espaço garantido constitucionalmente de acesso a toda a população”, destacou.

Parceria

Nessa oitava edição, a JPMB conta com a parceria institucional da Prefeitura de Marechal Deodoro, do Governo de Alagoas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal), e do Consulado Honorário de Portugal em Maceió. Também são parceiras instituições brasileiras e portuguesas: a Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte; o Conservatório de Tatuí-São Paulo; a Escola de Música da Universidade Federal da Bahia; as universidades federais de Minas Gerais (UFMG), da Paraíba (UFPB) e de Pernambuco (UFPE); o Instituto Piaget; a Universidade Nova Lisboa e o Conservatório de Música da Jobra.

O evento conta ainda com a parceria das empresas Hotel Ponta Verde, Weril, Grilo Musical, Barkley Brazil e JP Serviços Musicais. “A JP Serviços Musicais está responsável por toda logística para realização dos concertos solenes. A Barkley e a Grilo estarão com estandes montados durante o evento, com equipamentos profissionais para músicos”, completou Moreira.

 

Inscrições para a 70ª Reunião Anual da SBPC já estão abertas

O evento será realizado de 22 a 28 de julho de 2018, na Ufal, e terá como tema “Ciência, Responsabilidade Social e Soberania”


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Evento foi divulgado durante a Bienal de Alagoas. Foto: Ascom Fapeal

Evento foi divulgado durante a Bienal de Alagoas. Foto: Ascom Fapeal

Ascom SBPC e Fapeal

No ano em que comemora 70 anos, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) realizará sua 70ª Reunião Anual, de 22 a 28 de julho de 2018, na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), com o tema Ciência, Responsabilidade Social e Soberania. E as inscrições já estão abertas.

De acordo com o diretor-presidente da Fapeal, professor Fábio Guedes, o início do processo de inscrição dos participantes com tanta antecedência demonstra a expectativa de um grande público, de várias partes do país e até do exterior.

"A 70ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC que será realizada em Alagoas em 2018, promete ser uma das maiores de sua existência. Além do ineditismo de sua vinda para Maceió, o ano será marcado pela eleição presidencial e a SBPC sempre foi palco de discussões acerca dos destinos do país e da necessidade de construção de um projeto de Nação", comenta o diretor-presidente da Fapeal, professor Fábio Guedes.

O Evento

Programação Científica será composta por conferências, mesas-redondas, encontros, sessões especiais, minicursos e a sessão de pôsteres, que inclui a Jornada Nacional de Iniciação Científica. Também são realizadas outras atividades, como a SBPC InovaçãoSBPC Afro e IndígenaSBPC EducaçãoSBPC CulturalSBPC JovemExpoT&C, e o Dia da Família na Ciência.

Na semana que antecede o evento será realizada a SBPC Educação, no Campus Arapiraca. Serão realizadas conferências, mesas-redondas e oficinas, voltadas aos educadores do ensino básico e técnico da região.

Os interessados em submeter resumos terão até 28 e fevereiro de 2018 para fazer a inscrição e o pagamento da taxa, mas o evento também contará com um limite de 1,2 mil trabalhos que, se for atingido, poderá antecipar o encerramento do prazo.

A inscrição online sem o envio de resumo poderá ser feita até 12 de julho do ano que vem.

A taxa de inscrição tem variações de R$ 80 a R$ 400,  conforme a categoria do participante, sendo opcional o livro impresso da programação e a bolsa do evento (R$ 20) e a matrícula em um minicurso (R$ 15).

A participação no evento é livre e gratuita. A inscrição somente é necessária para quem quiser submeter trabalho, frequentar um minicurso ou ainda obter o certificado de participação geral e o material do evento.

Acesse mais informações e a ficha de inscrição neste link.

A Reunião Anual

A SBPC foi criada em 1948 e é uma entidade voltada à defesa do avanço científico e tecnológico e do desenvolvimento educacional e cultural do Brasil. Atualmente possui mais de 130 sociedades científicas associadas, em todas as áreas do conhecimento, e cerca de cinco mil sócios ativos.

A cada ano, a Reunião Anual da SBPC é realizada em um estado brasileiro, sempre em universidade pública. O evento reúne milhares de pessoas entre cientistas, professores e estudantes de todos os níveis, profissionais liberais e visitantes. Além de autoridades e gestores que são formuladores de políticas públicas para ciência e tecnologia no País.

As reuniões anuais da SBPC têm, concomitantemente, os objetivos de debater políticas públicas nas áreas de Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação e de difundir os avanços da Ciência nas diversas áreas do conhecimento para toda a população.

Instituto de Física realiza evento em comemoração aos 25 anos da Pós-graduação

Workshop está em sua 10ª edição e segue até a próxima sexta (27)


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Evento é comemorativo pelos 25 anos do Programa de Pós-graduação em Física da Ufal

Evento é comemorativo pelos 25 anos do Programa de Pós-graduação em Física da Ufal

Thamires Ribeiro – estagiária de Jornalismo

Em comemoração aos 25 anos do Programa de Pós-graduação em Física na Ufal, o Instituto de Física (IF) está realizando nesta semana o 10° Workshop da Pós-graduação em Física. Com uma programação diversificada e professores de diferentes estados do Brasil, o evento segue até a próxima sexta-feira (27), no prédio do curso, no Campus A. C. Simões.

Dentre os convidados para compor a mesa de abertura da cerimônia estavam presentes a reitora Valéria Correia, o Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, Alejandro César Frery, e o presidente da Fapeal, Fábio Guedes. Na ocasião, os componentes externaram elogios ao Programa de Pós-graduação em Física, que mantém um grande nível, reforçando o conceito 5, mesmo com os crescentes cortes nacionais que atingem a ciência.

“O contexto é difícil, nós tivemos uma redução de mais de 44% de investimento na ciência, pesquisa e tecnologia. É uma regressão no investimento no país e aponta em uma diminuição ainda maior sobre esse orçamento. Um país que nega seu investimento na pesquisa, está negando a sua soberania. Sem ciência não há mudanças e nem desenvolvimento econômico e social”, declarou Valéria Correia.

A programação do 10° Workshop segue até sexta-feira com minicursos, plenárias, comunicações orais e apresentações. Além dos professores do Instituto de Física, as plenárias contarão com a participação de professores de outros estados. Nesta quarta-feira (25) as plenárias foram apresentadas pelos professores Cid Bartolomeu, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Constantino Tsallis, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), Carlos Jacinto e Francisco Fidelis da Ufal.

Nesta quinta-feira (26), os professores ministrantes serão Silvio Sorella, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Sérgio Teixeira, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Antônio M. Figueiredo, da Universidade de São Paulo (USP) e Luiz Ricardo Goulart, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). E no último dia de evento, sexta-feira (27), as plenárias serão apresentadas pelos professores Cristiano Fantini, da Universidade Federal de Minas Gerais e Glauber T. Silva da Ufal.

Mais informações e a programação completa podem ser conferidas na página do Instituto de Física.

Instituto de Matemática realiza 15º MatFest

Com programação gratuita, evento acontecerá de 23 a 27 de outubro


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Rafaela Oliveira - estudante de Relações Públicas

Do dia 23 a 27 de outubro a Universidade Federal de Alagoas será palco do maior evento local no que diz respeito a propagação da Matemática no território alagoano. Realizado anualmente desde 2004 pelo Instituto de Matemática da Ufal, o MatFest é um evento dedicado a divulgação da área e sua importância na sociedade.

A edição deste ano conta com o apoio da Fapeal e da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado, e reunirá especialistas nacionais e internacionais em discussões relevantes a área. Entre os convidados estão Edmilson Mota, coordenador do Curso e Colégio Etapa e coordenador geral da Olimpíada Internacional de Matemática 2017; Carlos Gustavo Moreira, coordenador acadêmico da Olimpíada Brasileira de Matemática e Andrés Navas, presidente da Sociedade Chilena de Matemática.

As atividades programadas incluem a 4ª MatExpo, Feira de Ciências sobre Matemática, que contará com a participação de 50 escolas e a Semana Olímpica com os premiados da OBMEP em Alagoas. Além disso, o evento ocorre em parceria com o Encontro de Matemática do Agreste Alagoano, que acontece no mesmo período.

A 15ª edição do MatFest está incluída nas comemorações do Biênio da Matemática Brasil e faz parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Todas as atividades são gratuitas mas requerem inscrição prévia. Mais informações podem ser encontradas no site do evento.

Biênio da Matemática Brasil

O Brasil sediará em 2017 e 2018 dois grandes eventos de relevância internacional: A Olimpíada Internacional da Matemática (IMO 2017) e o Congresso Internacional de Matemáticos (ICM 2018). O Biênio da Matemática Brasil, proclamado por meio da Lei Ordinária 13.358 de 07 de novembro de 2016, tem como objetivo potencializar essa oportunidade e fomentar o desenvolvimento da educação no país.

Durante dois anos, várias ações e eventos nacionais e internacionais colocarão a Matemática, a CIência e a Tecnologia em foco. A agenda possui público amplo, desde estudantes, professores, pesquisadores e cientistas até o público em geral.

 

Livro Criminologia e Política Criminal é tema de mesa-redonda na Bienal do Livro de Alagoas

Debate fez parte da programação do segundo dia do evento


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Livro Criminologia e Política Criminal é tema de mesa-redonda na Bienal do Livro de Alagoas (Foto - Mara Santos)

Livro Criminologia e Política Criminal é tema de mesa-redonda na Bienal do Livro de Alagoas (Foto - Mara Santos)

Mara Santos – estudante de Jornalismo

A mesa redonda Criminologia e Política Criminal, realizada na sala Umbu, na tarde do último sábado (30), trouxe para a 8ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas (Bienal), um debate sobre um assunto muito pertinente atualmente, que é a questão da corrupção e criminalidade. O tema também dá nome a um livro, publicado pela Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal), organizado pela professora e mestre em Sociologia Elaine Pimentel.

Todos os demais autores da obra expuseram suas perspectivas sobre a questão da criminalidade e das políticas públicas relacionadas a mesma. O procurador da República, Bruno Lamenha, disse que é preciso pensar na corrupção como um problema político e não moral.

“A corrupção surge como o grande problema histórico do país. E, se observarmos, desde a época do Império sempre que há uma crise política a corrupção surge como uma forma de explicar a crise”, declarou o procurador.

Além de Elaine Pimentel e Bruno Lamenha, outros seis autores, com diversas profissões como advogados, policiais, professores e cientistas sociais, participaram da mesa. O debate teve início às 14h e se estendeu até as 17h. Muita gente compareceu à sala Umbu, para ouvir os argumentos, participar e entender um pouco sobre a origem e os rumos da corrupção no Brasil.

Manifestarte faz programação voltada às crianças

Evento será no Espaço Cultural, dia 28 de outubro


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Arte de divulgação

Arte de divulgação

Simoneide Araújo - jornalista colaboradora

Um projeto organizado por alunos de Teatro da Universidade Federal de Alagoas, o Manifestarte, chega na terceira edição com uma novidade para as crianças. No próximo dia 28, será apresentado Dando asas à imaginação e todos os holofotes estarão direcionados para os pequenos. Começa às 13h, no Espaço Cultural da Ufal, na Praça Visconde de Sinimbu.

Os organizadores do projeto convidam a comunidade para participar: “Venham todos, tragam seus filhos, sobrinhos, afilhados e participem com a gente nesta interação, afinal, os pequenos também têm muito que nos ensinar! Acompanhem o evento e fiquem por dentro da programação”. 

Vitória Souto, integrante do grupo, publicou em sua rede social: “Manifestarte surgiu para que as mais lindas manifestações artísticas alagoanas fossem mostradas ao público em um sábado onde se pode reunir a família e amigos para esse programa cultural maravilhoso, com muita música, teatro, dança e obras de arte! Teremos mais novidades em breve. Sintam-se todos convidados a participar desse evento totalmente gratuito e muito gostoso!”

O projeto acontece uma vez a cada mês e, segundo Vitória, o Manifestarte busca instigar a interação da comunidade com a Universidade. Nossa proposta é revelar e fomentar os talentos alagoanos. Sempre trabalhamos temas sociais onde instigamos a reflexão do público perante algum assunto, revelou.

SERVIÇO

O quê: Manifestarte - Dando asas à imaginação
Quando: 28 de outubro, às 13h
Onde: Espaço Cultural da Ufal, na Praça Visconde de Sinimbu
Entrada gratuita

 

MatFest 2017 tem programação variada para todos os públicos

O evento acontece até a próxima sexta-feira (27) no Instituto de Matemática


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O uso da matemática no Egito antigo, por alunos da Escola Estadual Prof. José da Silveira Carmerino

O uso da matemática no Egito antigo, por alunos da Escola Estadual Prof. José da Silveira Carmerino

Thamires Ribeiro – estagiária de Jornalismo

Com a programação acerca do tema A matemática está em tudo, o Instituto de Matemática da Universidade Federal de Alagoas (IM/Ufal), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) e o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), realiza, até a próxima sexta-feira (27), o 15º MatFest, composto por palestras, exposições, oficinas, mesas-redondas e minicursos.

“Nós iremos abordar várias facetas da matemática, como na indústria, questões ligadas ao seu ensino, seu papel na sociedade e uma série de temas interligados. A matemática é geradora de riquezas, ela realmente está em tudo e é isso que a gente tenta mostrar para as pessoas que estão participando do evento”, destacou Krerley Irraciel, coordenador do MatFest.

Dentre os especialistas de peso convidados para palestrar durante a semana está o presidente da Sociedade Chilena de Matemática, Andrés Navas; o decano de Matemática da PUC/Santiago, Mario Ponce; o coordenador da Olimpíada Brasileira de Matemática, Carlos Gustavo Moreira; o coordenador geral da Olimpíada Internacional de Matemática 2017, Edmilson Motta; e o ex-membro do comitê executivo da Sociedade de Matemática Iraniana, Madjid Mirzavaziri.

Além do 15º MatFest fazer parte do Biênio de Matemática no Brasil, esta edição contará ainda com atividades realizadas em parceria com o 4º Encontro de Matemática do Agreste Alagoano (Emaal), que está acontecendo em Arapiraca. Alguns palestrantes do evento também seguirão para o Campus do Sertão, em Santana do Ipanema, para uma ação especial, realizada nesta quarta-feira (25).  

MatExpo

A exposição de Matemática (MatExpo) participa pela 4ª vez da programação da MatFest. O evento surgiu com o intuito de divulgar as atividades diferenciadas aplicadas por professores de diversas cidades de Alagoas, visando estimular o ensino da matéria de forma interdisciplinar. Professores de cerca de 50 escolas do Estado inscreveram trabalhos dos estudantes, e a comissão do MatExpo realizou a seleção dos que serão apresentados no evento.

Durante a semana, as apresentações dos trabalhos elaborados por alunos de escolas de ensinos público e privado serão divididas em três etapas diferentes. O primeiro dia de apresentações contou com grupos do nível 3, composto por estudantes do ensino médio. Alunos do 8º e 9º anos do ensino fundamental fazem parte do nível 2 e se apresentaram no segundo dia de evento, e nesta quarta-feira (25) os alunos do 6º e 7º ano do ensino fundamental, que compõe o nível 3, fecham as apresentações da MatExpo.

De acordo com o coordenador, Isnaldo Isaac, é necessário divulgar as ações inovadoras desenvolvidas tanto por professores da disciplina, quanto por alunos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) em salas de aula. “É uma oportunidade que o Instituto de Matemática tem de incentivar a divulgação da matemática e de atrair a sociedade para conhecer as práticas que desenvolvemos”, declarou.

“O MatExpo é muito importante para aqueles professores que desenvolvem atividades diferenciadas poderem se manter estimulados e estimular os alunos. Quem faz as exposições são os estudantes e, com certeza, eles ficam animados apresentando os trabalhos na Universidade, sendo prestigiados por diferentes grupos”, concluiu o coordenador.

Para compor a programação da MatExpo, alunos de escolas de vários municípios alagoanos montaram suas exposições na Ufal, mostrando as diversas formas que a matemática está presente no nosso cotidiano. Segundo o estudante e bolsista do Pibid, Ariel Santos, essa exposição acrescenta muito aos alunos, pois eles podem ver que todos nós estamos cercados pela matemática.

O grupo da Escola Estadual Professor José da Silveira Carmerino explicou, de forma dinâmica e com alunos vestidos a caráter, o uso da matemática e sua intervenção no Egito antigo, abordando frações, falsas posições, calendário solar e a numerologia egípcia. Já para explicar a utilização da matemática na música, estudantes do Colégio Sagrada Família, de Arapiraca, expuseram instrumentos musicais confeccionados por eles mesmos com materiais recicláveis.

O estudante do 3ª ano do ensino médio da escola SEB, Arthur Domingos, destacou a importância de os alunos poderem abordar e expor o tema A matemática está em tudo para que outros estudantes também possam compreender: “A gente percebeu a dificuldade em entender onde e como os assuntos poderiam ser usados, e isso gera um desinteresse por parte dos alunos, que acham que a matemática é uma coisa pura e imaginária que não pode ser aplicada na vida das pessoas. A gente está aqui hoje para mudar essa ideia e mostrar para as pessoas que uma coisa tão abstrata pode facilmente ser aplicada no cotidiano, e tem fundamental importância para o desenvolvimento não só da matemática como ciência, mas da civilização humana como um todo”, declarou Arthur.

A empolgação era nítida entre os alunos ao apresentarem o resultado de seus trabalhos para universitários e visitantes da MatExpo. O estudante Eduardo Weslley, da Escola Silveira Carmerino, destacou a satisfação em poder expor o projeto na Ufal. “É inexplicável participar, porque nós estamos representando nossa escola, fomos a única turma que passou e a gente sabe que é muito concorrido, porque várias escolas se inscrevem”, declarou o estudante.

Semana Olímpica

A Semana Olímpica é uma atividade desenvolvida com estudantes alagoanos premiados pela Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). De acordo com o professor Krerley Irraciel, esses alunos estão sendo treinados desde março e durante o evento participarão de uma batalha de matemática. “Eles passarão quatro dias trabalhando em 20 problemas [matemáticos] em grupo, e na sexta-feira terão uma batalha e ‘brigarão’ entre si. O grupo que resolver melhor os problemas serão premiados”, explicou Irraciel.

A MatFest é um evento aberto ao público e gratuito. Os interessados em participar poderão se inscrever e obter mais informações através do site do evento

Museu Théo Brandão traz parte de seu acervo para Bienal

Espaço também traz uma maquete de vidro que reproduz a estrutura do Museu, doada pelo artista Nivaldo Torres em janeiro de 2012


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Público também conferir elementos típicos do folclore alagoano como o Bumba Meu Boi (Foto: Renner Boldrino)

Público também conferir elementos típicos do folclore alagoano como o Bumba Meu Boi (Foto: Renner Boldrino)

Gabriela Rodrigues – jornalista colaboradora

O Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore, sediado no palacete da Avenida da Paz, no Centro do Maceió, traz para a Bienal uma amostra de seu acervo de livros e objetos, disponíveis para o público no estande do Museu. O espaço também traz uma maquete de vidro que reproduz a estrutura do Museu, doada pelo artista Nivaldo Torres em janeiro de 2012.

O público pode adquirir no estande as obras Folguedos Natalinos (3ª edição da autoria de Théo Brandão) e Contos do Coco de Alagoas (de Aloísio Vilela). Outros títulos na área de antropologia e folclore também estão disponíveis para pesquisa e consulta. No estande, o público também conferir elementos típicos do folclore alagoano como o Bumba Meu Boi e o chapéu de Guerreiro, além de contribuir com o Projeto Ciranda, idealizado pelo Núcleo de Ação Educativa e Pesquisa do Museu, com o objetivo de arrecadar brinquedos novos e seminovos em bom estado de conservação para serem doados a instituições que desenvolvem projetos com crianças carentes em Maceió.

O Arcevo

No acervo do Museu Théo Brandão, o visitante encontra obras em madeira e cerâmica, indumentária de folguedos, estandartes e bonecos de carnaval, brinquedos populares, objetos de fibra vegetal, peças de culto afro-brasileiro, o ex-votos e outras produções de artistas populares. Além das salas de exposição permanente, o Museu possui espaço para exposições temporárias, uma loja, um auditório e uma biblioteca especializada em antropologia, folclore e cultura popular.

 

Música erudita na Bienal: teatro lotado e orquestra ovacionada

Repertório foi um passeio pela música de várias épocas, partindo do Romantismo até a música nordestina


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Entre uma peça e outra, Débora Borges resgatou sua função de professora de música e transformou o Teatro Gustavo Leite numa grande sala de aula em que cada espectador se tornou seu aluno (Fotos: Thiago Prado)

Entre uma peça e outra, Débora Borges resgatou sua função de professora de música e transformou o Teatro Gustavo Leite numa grande sala de aula em que cada espectador se tornou seu aluno (Fotos: Thiago Prado)

Marcio Cavalcante – jornalista

Apresentando uma nova fase sob a condução da maestrina Débora Borges, na noite desta quinta-feira (5), a Orquestra Sinfônica da Universidade Federal de Alagoas (Osufal) lotou o Teatro Gustavo Leite, nas dependências do Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Maceió, com o projeto Quintas Sinfônicas, incluso na programação da 8ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas. A noite contou com a participação da reitora Valéria Correia e do vice-reitor José Vieira, além de uma plateia diversa. Para muitas pessoas, aquela foi a primeira oportunidade de suas vidas de ver uma orquestra tocar e de ouvir um concerto sinfônico. O repertório foi um passeio pela música de várias épocas, partindo do Romantismo até a música regional, caracterizada pela marcante harmonia nordestina.

A reitora falou sobre a satisfação em apresentar o Quinta Sinfônica da Osufal como parte da programação da 8ª Bienal e destacou o trabalho realizado por Débora Borges. “Além de conduzir a Orquestra Sinfônica da Ufal, a nossa maestrina tem a responsabilidade de preparar também a Orquestra Pedagógica da Universidade. E, como vimos nesta noite, Débora mesclou os conceitos das duas orquestras, porque tínhamos um público que pela primeira vez ouvia e assistia a uma orquestra, o que resultou numa escolha muito feliz”, congratulou.

Já a maestrina, falou da felicidade em participar da programação da Bienal. “Poder trazer a Orquestra Sinfônica da Universidade para um espaço rico como este é muito gratificante porque estamos lidando com um público muito diverso, de idades muito variadas, de lugares muito diferentes daqui de Maceió”, ressaltou. “É gratificante trabalhar a educação desta plateia, no sentido de fazê-la entender o funcionamento de uma orquestra e de como o repertório acontece, para que esta plateia não fique com a ideia de que música erudita é chata. Chato é não entender o que se ouve num concerto. Porém, nós, enquanto universidade, temos a missão de levar esse conhecimento para o público”, defendeu Débora Borges.

A mestrina destacou a nova fase de reestruturação da Osufal e de como tem sido importante o apoio da Pró-reitoria de Extensão e da Gestão da Ufal, na manutenção deste equipamento de cultura da Universidade, que é a orquestra. “Para ter uma ideia, em abril último, tínhamos 13 músicos no palco num concerto realizado no Teatro Deodoro, e hoje temos 40!”, disse entre risos de felicidade. “Então, é muito bom receber esse carinho e esse cuidado porque, se não fosse esse apoio, realmente não saberíamos os rumos que teria tomado a Osufal. E, para mim, enquanto professora do curso de graduação, poder trabalhar com esses jovens é mais que gratificante, além de atuar neste processo de reestruturação da Osufal”, gratificou-se.

Musicalidade atraente: a mistura de música sinfônica com a sonoridade da cultura local

O concerto teve uma abertura acertadamente convidativa, sob a condução do maestro Rivaldo Souza, que apresentou uma série de arranjos de sua autoria. AbriçãoMarcha de Rua e Entrada de Guerra cujas melodias têm por base o cancioneiro popular nordestino, passando pelas cantigas populares e melodias folclóricas, evocaram a identidade nordestina da plateia.

Em arranjos de uma sonoridade tão delicada e clara como uma peça de renda fiada por uma bordadeira de bilros no sertão alagoano, os arranjos do maestro Rivaldo Souza recorreram à tradição nordestina dos folguedos, a exemplo do pastoril, figurado por um pequeno corpo de baile, que com ares pueris de uma infância brejeira representou com cores e danças as melodias que povoam o imaginário de qualquer alagoano. No arranjo, os violinos duelaram as melodias com os metais da orquestra sob a cadência dos contrabaixos e da percussão, fazendo lembrar o canto responsivo dos trabalhadores da cana-de açúcar que ainda hoje travam batalhas contra canaviais densos e perversos Nordeste adentro.

O repertório da noite: uma viagem por tempos e lugares, sensações e visitas ao imaginário

Ao optar por uma apresentação em formato de concerto didático, isto é, uma apresentação em que se mostra detalhadamente como funciona uma orquestra, os setores em que se divide, as características físicas e sonoras de cada instrumento, e sobretudo o contexto em que foram compostas as peças musicais escolhidas para a apresentação, Débora Borges, promoveu um passeio pela história da música, fazendo o público perceber que cada época teve um significado importante e de uma peça musical composta há centenas de anos pode emocionar pessoas o século 21 da mesma forma que comoviam aqueles que tiveram o privilégio de conviver com seus compositores nos idos de 1800.

Assumindo a batuta na segunda parte do concerto, a maestrina Débora Borges, apresentou a abertura do concerto The Hebrides, Opus 26, composto pelo alemão Felix Mendelssohn, em 1830. E em seguida os três primeiros movimentos da suíte Peer Gynt, Opus 46, composta em 1867 pelo norueguês Edvard Grieg. Ambas as peças são representantes inegáveis do Romantismo na história da música, uma época em que os compositores colocavam em suas obras todo o sentimento humano reprimido ao longo de séculos em que não apenas a música, mas toda a arte foi produzida exclusivamente para finalidades sacras, como no período Barroco, por exemplo.

Concerto didático: explicando a composição de uma orquestra, um convite à diversão

Entre uma peça e outra, Débora Borges resgatou sua função de professora de música e transformou o Teatro Gustavo Leite numa grande sala de aula em que cada espectador se tornou seu aluno. Então, passou a explicar sobre notas musicais, instrumentos e seus porquês, sonoridades e compositores de cada época, além das curiosidades que envolvem as composições do repertório escolhido.

E para vivenciar no próprio corpo a experiência sensorial da música ao conduzir uma orquestra, a maestrina convidou voluntários entre a plateia para assumir a regência. Na falta de um, Débora Borges, recrutou a própria reitora Valéria Correia, que prontamente ocupou o palco e, como boa aluna, seguiu os passos da sua nova mestra.

Ao final do concerto, a reitora, que é doutora em Serviço Social, comentou o experimento de, em segundos, se tornar maestrina. “Foi uma experiência maravilhosa!”, sorriu. “Essa didática da maestrina Débora me fez sentir uma aprendiz de regente, ainda sem a coordenação motora necessária, mas foi uma experiência ímpar na minha vida. É como voltar a ser criança e ter de aprender os movimentos mais elementares”, concluiu entre risos.

Substituindo a reitora, surge altiva da plateia Ana Olívia, voluntariamente e do alto dos seus seis longos anos de idade. A pequena, que já é aluna do Laboratório de Violino do curso de Música da Ufal, arrancou sorrisos e aplausos da plateia ao conduzir a Osufal (muito bem, obrigado!) sobre uma cadeira emprestada por um dos músicos.

A noite de concerto provou que música erudita é também diversão, e terminou assim: em clima de descontração e alegria, alargando sorrisos entre reitores e arrancando suspiros em quem mal tem altura para segurar uma batuta, mas já carrega no coração pequenino o sonho de encher o mundo com o bem restaurador e curativo da santa e divina Música.

 

Oficina Regional debate formação profissional e pesquisa em Serviço Social

Evento é realizado em todo o país e reúne estudantes, professores e profissionais da área


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Abertura do evento foi realizada no auditório da Reitoria. Fotos: Sombra Maceió

Abertura do evento foi realizada no auditório da Reitoria. Fotos: Sombra Maceió

Letícia Sant’Ana- estagiária de Jornalismo

Nos dias 9 e 10 de outubro a Ufal sedia a Oficina Regional da Abepss Nordeste, evento que acontece em todas as regiões do país e é organizado pela Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (Abepss), responsável por dar as diretrizes da formação profissional e da pesquisa na área a nível nacional.

O objetivo é discutir a formação profissional tanto na graduação como na pós-graduação, debatendo não só com estudantes e professores, mas assistentes sociais, supervisores de campo e demais interessados. “O evento tem o nome de oficina porque além de discutir, nós trabalhamos currículo, ética, estágio, graduação e pós. A Oficina é aberta para quem quiser participar e construir com a gente a formação profissional no Brasil e em Alagoas”, explica a professora Andrea Pacheco, representante regional da Abepss.

A mesa de abertura contou com a participação de representações nacional e regional da Abepss, além da Executiva dos Estudantes de Serviço Social, o Conselho Regional de Serviço Social (Cress) e, representando a reitoria, a professora Rosa Lúcia Predes, da FSSO.

Por ser um curso composto em sua maioria por mulheres, a organização criou o espaço criança, para pessoas que têm filhos possam participar das atividades sem maiores dificuldades. A Oficina Regional encerra os debates de hoje com a apresentação cultural “Se não posso dançar não é minha revolução”, às 19h. O evento segue com programação até amanhã (10), a partir das 9h, no auditório da reitoria. Para mais informações, acessar o link.

Oficinas variadas integram programação do Circuito Penedo de Cinema

Atividades são voltadas para diferentes públicos


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Evento começa no dia 6 de novembro e as oficinas iniciam no dia 7

Evento começa no dia 6 de novembro e as oficinas iniciam no dia 7

Deriky Pereira - Ascom Circuito

Está chegando o Circuito Penedo de Cinema. De 6 a 11 de novembro, a cidade ribeirinha vai respirar temas diversos relacionados à sétima arte. E dentro da programação do evento, três oficinas com temáticas variadas serão realizadas durante três dias, com início na terça-feira (7) seguindo até a sexta-feira (9), sempre das 9h às 12h, como parte do 7º Encontro de Cinema Alagoano.

A primeira delas é a Oficina de vídeo ambiental, que será ministrada por Alberto Casagrande, no prédio do Centro de Extensão Universitária (CEU) e voltada para os estudantes da educação básica. Outra oficina, no mesmo local, será ministrada por Larissa Lisboa e vai abordar o Panorama do audiovisual alagoano – esta, por sua vez, é aberta ao público em geral.

Já no prédio da Casa da Aposentadoria, Marcelo Cosme ministra a oficina sobre O uso da cor como ferramenta de narrativa, voltada para os estudantes do curso Médio Pronatec que participarão do Circuito Penedo de Cinema. “A oficina é o momento da capacitação, portanto, nesse sentido, buscamos ofertar atividades que atendam a diferentes interesses e, também, níveis de público”, ressaltou Sérgio Onofre, coordenador geral do evento.

Ele também comentou sobre as temáticas de cada uma. “A oficina de produção de vídeo ambiental será introdutória para todo mundo que sonha em fazer cinema, que quer experimentar cinema. Já a do panorama do cinema alagoano é mais uma reflexão sobre o estado da arte do cinema em Alagoas. E a oficina da cor no cinema é voltada para a pós-produção, uma especialização no sentido do tratamento da cor. É para quem já conhece cinema, edição de imagem e quer se especializar”, explicou.

O Circuito Penedo de Cinema é realizado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas (Secult), e pelo Instituto de Estudos Culturais, Políticos e Sociais do Homem Contemporâneo (IECPS), com patrocínio do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) e da Prefeitura de Penedo.

Orquestra de Violões da Ufal: brasilidade define o tom do concerto na 8ª Bienal

Orquestra, comandada pelo maestro Reginaldo Orico, apresentou um repertório contemporâneo e variado, passeando por musicalidades brasileiras, americanas e espanholas, em clima de descontração e naturalidade


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A Orquestra de Violões da Ufal é um dos organismos musicais do curso de Música da Universidade (Fotos: Thiago Prado)

A Orquestra de Violões da Ufal é um dos organismos musicais do curso de Música da Universidade (Fotos: Thiago Prado)

Marcio Cavalcante – jornalista colaborador

Seis violões bastaram para mostrar um Brasil tão rico de sonoridades, certamente ímpares, e oferecer uma experiência musical tão aconchegante para aqueles que foram assistir à Orquestra de Violões da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), nesta sexta-feira (6). A plateia lotada era de ouvintes empolgados a cada arpejo. A orquestra, comandada pelo maestro Reginaldo Orico, apresentou um repertório contemporâneo e variado, passeando por musicalidades brasileiras, americanas e espanholas, em clima de descontração e naturalidade. O público não poderia reagir de outra forma: aplaudiu de pé.

A Orquestra de Violões da Ufal é um dos organismos musicais do curso de Música da Universidade que tem a proposta de estudar e difundir repertório composto e arranjado para este instrumento que atravessa séculos da cultura árabe e posteriormente das tradições portuguesa e espanhola.

Porém, o violão cruzou o Atlântico nas caravelas portuguesas e chegou ao Brasil ainda no período colonial e, ao longo dos séculos, ajudou a formar a identidade musical do nosso povo, através de ritmos que se firmaram a partir dos anos 1900, inaugurando a época dos sentimentos nacionalistas na Música Contemporânea popular e também de concerto.

Sonoridades brasileiras do início do século 20

Iniciando com o que há de mais clássico no repertório tupiniquim, o maestro Orico e seus cinco músicos espalharam a musicalidade agreste que passou a ser produzida no Brasil, a partir dos anos 1930, com a volta de Villa-Lobos à terra natal, após anos de estudos na França. Destas musicalidades, modernistas e repletas de sonoridades e simbologias da cultura popular, a plateia ouviu peças como Bachianinhas, de Paulinho Nogueira, e O trenzinho do caipira, a mais célebre das composições de Villa-Lobos, consagrado como expoente da música de concerto brasileira.

A execução dos instrumentos foi de um encantamento tal que ficou difícil para a plateia não se emocionar. Sincronia e cumplicidade eram tais como num balé sutil entre os músicos da Orquestra de Violões: eles pareciam materializar a música em cenas. O acompanhamento cadenciado dos instrumentos responsáveis pela base harmônica fazia imaginar o maquinário de uma locomotiva a deslizar sobre trilhos.

Simultaneamente, a melodia desenhada por outros dois violonistas figurava cenas que passavam através das janelas do trenzinho de Villa-Lobos: eram paisagens bucólicas, pintadas por uma musicalidade única no mundo e reconhecidamente tão brasileira. Aquela peça fez o tempo parar na sala de concerto, onde ao longe e aos poucos, desaparecia um trenzinho, apitando e sumindo, se perdendo nos horizontes da imaginação.

Lembrando a era de ouro do rádio

O Brasil de muitas faces continuou a ser exibido, como num filme antigo em tons de sépia, através do repertório que remeteu à era de ouro do rádio, que nos anos 1930 e 1940 foi responsável por difundir por todo o território nacional a musicalidade do gênero Canção.

Desta época, o concerto resgatou Lamentos, de Pixinguinha, Brasileirinho, de Waldir Azevedo, e Odeon, de Ernesto Nazareth, num violão chorado e plangente cujos arranjos bem elaborados prendiam a atenção não apenas pelos ouvidos, mas, sobretudo, pelos olhos, dado o virtuosismo do maestro Orico e seus músicos solistas, cujos dedilhados driblavam os compassos em melodias céleres, em solos agudos que variavam do allegro ao presto, sobrepostos aos registros harmônicos mais graves dos demais instrumentistas.

Na era de ouro do rádio, a música americana começou a ganhar espaço pelo mundo com grande contribuição, também, das produções cinematográficas. Deste período, a Orquestra de Violões da Ufal relembrou composições de jazz que marcaram época: A pantera cor-de-rosa (Mancini) e Take Five (Desmond), onde os músicos recorreram a improvisações que resultaram em muitos aplausos.

Música flamenca

Considerando que o violão é este instrumento versátil, que viajou no tempo desde que a cultura árabe tomou conta da Península Ibérica e influenciou a formação da cultura portuguesa e sobretudo a musicalidade espanhola, foi natural que o concerto encerrasse seu programa com uma coleção de músicas flamencas.

Dentre uma série de temas do cancioneiro espanhol, destacaram-se Passión (Gypsi Kings) e Entre dos aguas (Paco de Lucia), cujas batidas marcantes, com dedilhados sensuais e arpejos dramáticos, todos misturados aos fraseados melancólicos dos solos, apresentaram uma performance de musicalidade intensamente cigana, quando os músicos recorreram a palmas sutis, batidas suaves nos corpos dos violões, fazendo lembrar a sonoridade das castanholas ciganas, montando a percussão necessária e característica da música daquele povo.

Entre intensos aplausos a plateia, de pé, coroou a Orquestra de Violões da Ufal: “OLÉ!!”

 

Orquestra Pedagógica da Ufal se apresenta na Bienal do Livro de Alagoas

Quem visitou o Teatro Gustavo Leite conferiu música de qualidade na tarde da última quarta-feira


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Orquestra Pedagógica da Ufal se apresenta na Bienal do Livro de Alagoas (Foto - Deriky Pereira)

Orquestra Pedagógica da Ufal se apresenta na Bienal do Livro de Alagoas (Foto - Deriky Pereira)

Deriky Pereira - jornalista

Na tarde da última quarta-feira (4), a Orquestra Pedagógica da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) se apresentou para os visitantes da 8ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas. Quem estava no Teatro Gustavo Leite teve a oportunidade de conferir música boa e totalmente gratuita.

Surgida em 2015 como Orquestra da Escola Técnica de Artes (ETA), passou a adotar o nome de Orquestra Pedagógica pouco tempo depois. Segundo a professora Miran Abs, a iniciativa é para que os alunos dos cursos técnicos de graduação e extensão – que não participam dos grupos artísticos da Ufal – possam trabalhar num ambiente de aprendizagem coletiva.

“A função primordial é trabalhar com esse alunado que ainda não tem nível técnico para participar dos grupos artísticos da Ufal, como a Orquestra Sinfônica Universitária (OSU) e servir como um canal de acesso. Por isso é trabalhada de forma progressiva a aprendizagem técnica e com repertório variado”, explicou.

E na apresentação desta quarta, foi exatamente isso que o público acompanhou. “Música erudita, como Mozart e Bach, por exemplo, mas também tivemos obras como Luiz Gonzaga, Alceu Valença. Trabalhamos com um repertório mais popular e regional, como também do erudito.

Durante a apresentação, que durou cerca de uma hora, algumas pessoas da plateia foram convidadas a ajudar os músicos, o que reforça o caráter pedagógico da Orquestra. A pró-reitora de Extensão da Ufal, Joelma Albuquerque, acompanhou a apresentação e aprovou.

“Fiquei observando, as pessoas subindo ao palco, passando no meio da Orquestra e ficando na frente de um teatro de plateia com 500 a 600 pessoas e aí elas puderam ver de perto os instrumentos, estarem ali, vivenciar de perto. Isso mexe com a subjetividade da pessoa, ela vê que é possível, não é algo do outro mundo. ‘Se esses que tão tocando aprenderam, eu também posso?’, ela pode se questionar”, comentou.

A professora Miran Abs reforçou que o apoio da Coordenação de Assuntos Culturais (CAC) e da Pró-reitoria de Extensão (Proex) foi importante para chegarem até aqui. Para Joelma Albuquerque, enquanto pró-reitora, passa a ter uma concepção clara do que é a Universidade e do que ela significa socialmente.

“Essa produção, esse conhecimento, ele é negado às pessoas e aí [tem] um espetáculo como esse, numa Bienal, de forma gratuita, para que as pessoas assistam, sem limite de idade, que elas possam acessar esse conhecimento, além de sentir e aprender também. Porque o concerto não foi unilateral, ele teve participação, o que aproxima as pessoas de algo que parece alheio a elas, que é a música erudita. A música é tão necessária para nossa sobrevivência quanto qualquer outra coisa. A gente hoje precisa, para nos tornar humanos, de emoções elaboradas e humanizadas, de acessar cultura, música, teatro e todas as manifestações culturais em todos os âmbitos. Eu acho que é uma experiência excepcional”, finalizou a pró-reitora de Extensão.

Orquestra Sinfônica da Ufal fará homenagem às crianças no próximo concerto

Será dia 26, no Teatro Deodoro, com entrada franca


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Divulgação

Divulgação

Simoneide Araújo – jornalista colaboradora

De volta ao palco do Teatro Deodoro, na quinta-feira (26), a Orquestra Sinfônica da Universidade Federal de Alagoas fará uma apresentação especial em homenagem às crianças. A regente Débora Borges escolheu três obras que farão a alegria dos pequenos e dos adultos também, já que elas estão no imaginário de todos. O concerto faz parte do Quinta Sinfônica e começa às 20h. A entrada é gratuita.

O público infanto-juvenil já está garantido. A Diretoria de Teatros de Alagoas, que é parceira da Ufal no projeto Quinta Sinfônica, já agendou a participação de 300 alunos das escolas municipais João XXIII, Olavo Bilac e Arnom de Melo e do Centro Educacional de Jovens e Adultos Professor Paulo Freire. Quem também tiver interesse em assistir é bom chegar uma hora mais cedo para garantir seu convite.

Serão executadas cinco peças, começando com Overture Nabucodonosor, de Giuseppe Verdi (1813-1901) e Sinfonia n. 101 – “The Clock”de Joseph Haydn (1732-1809). As três últimas serão uma homenagem às crianças, já que outubro é dedicado a elas. Serão as trilhas dos filmes Jurassic Park, de Joshua Williams, e Pirates of the Caribean, de Hans Zimmer, e a do jogo Super Mario Bros, de Koji Kondo.

Concerto didático

Esse mês de outubro, a Orquestra Sinfônica também está retomando os concertos pedagógicos, um projeto de extensão que busca difundir a música instrumental, tornar conhecidas peças de grandes compositores, do popular ao erudito. Começou durante a 8ª Bienal Internacional do Livro e o próximo será no Lar São Domingos, em Maceió, dia 31, a partir das 15h.

Com o concerto didático, a Orquestra quer se aproximar da comunidade, das crianças, dos jovens; quer ampliar o alcance da cultura erudita e promover a formação do público para concerto. A regente Débora Borges apresenta os músicos, os instrumentos, a que “família” eles pertencem, os sons que eles emitem. Tudo é bem didático para que as pessoas possam se familiarizar com esse mundo da música instrumental.

Quinta Sinfônica

O projeto Quinta Sinfônica está em sua sétima edição e é realizado pela Ufal, em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas (Secult/AL) e a Diretoria de Teatros de Alagoas (Diteal). Ao longo dos últimos anos, são oferecidos concertos gratuitos à comunidade, sempre na última quinta-feira do mês.

É um projeto de extensão da Universidade e vem conseguindo apresentar um repertório de músicas que vão do erudito ao popular.

SERVIÇO

O quê: Quinta Sinfônica
Quando: 26 de outubro, às 20h
Onde: Teatro Deodoro
Entrada franca

O quê: Concerto didático
Quando: dia 31 de outubro, às 15h
Onde: Lar São Domingos, 
na Avenida Gustavo Paiva, 4291, Mangabeiras, Maceió.

 

Outubro Rosa Pet realiza avaliação em tumores mamários

Animais serão atendidos de graça numa ação do curso de Medicina Veterinária da Ufal


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Ascom Ufal

O Grupo de Estudo em Pequenos Animais, um projeto de extensão do curso de Medicina Veterinária da Ufal, realizará a campanha Outubro Rosa Pet, no próximo sábado (7). A atividade será no Arapiraca Garden Shopping, das 10h às 17h. A iniciativa partiu da preocupação com os números de animais diagnosticados com tumores mamários.

De acordo com os organizadores, aproximadamente, 52% dos tumores em cadela, são mamários, sendo que cerca de 50% deles têm características de malignidade. “Em gatas é a terceira neoplasia com maior incidência na espécie, porém são agressivos e malígnos, em sua maioria. Diferentes fatores podem estar envolvidos como causa com o tumor de mama, como fatores genéticos, ambiental e hormonal”, explicam.

Na ação, os alunos de Medicina Veterinária, coordenados pela professora Márcia Notomi, realizará a avaliação clínica gratuita das mamas de cadelas e gatas para identificação de possíveis tumores mamários. A população também receberá informação sobre o tratamento e formas de prevenção.

“O tumor deve ser identificado quando pequeno para evitar procedimentos cirúrgicos extenso, dispersão da neoplasia (metástases) e a elevação na mortalidade. Por isso, levem a sua gata ou cadela na ação Outubro Rosa Pet para uma simples avaliação ou ver aquele caroço na mama que não desaparece. Vamos manter seu animal de companhia forte e feliz”, convidam os organizadores.

Palestra e exame preventivo marcam Outubro Rosa na Ufal

De 23 a 27, trabalhadoras do Hospital Universitário e da Ufal serão encaminhadas para o exame de mamografia


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Progep organiza palestra e encaminhamento para exame de mama no HU

Progep organiza palestra e encaminhamento para exame de mama no HU

Diana Monteiro - jornalista

A Pró-reitoria de Gestão de Pessoas e do Trabalho (Progep), por meio da Coordenação de Qualidade de Vida e do Trabalho (CQVT) e o Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (Siass), realizará uma palestra sobre prevenção de câncer de mama, no dia 27 de outubro. A atividade em parceria com a Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho (Sost/HUPAA/Ebserh) será realizada no auditório do Laboratório de Computação Científica e Visualização /Espaço Galileu, no Campus A. C. Simões, das 8h às 11h. A palestra conta com apoio da Geap e será ministrada pela ONG Renascer.

 A ação integra a programação do Outubro Rosa na Universidade Federal de Alagoas e na oportunidade haverá um estande do Banco do Leite do HUPAA com orientações e incentivo ao aleitamento materno.

A gerente do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (Siass) da Ufal, Maria Inez Santos, informa que de 23 a 27 deste mês haverá o encaminhamento de trabalhadoras do HU e da Ufal, na faixa etária dos 50 anos, para a realização de exame preventivo de mamografia.

Mais informações sobre as ações promovidas em alusão ao Outubro Rosa da instituição pelos seguintes telefones: 3214-1471 e 3202-3798.

Parcerias público-privadas são debatidas em Seminário de Educação

Debate foi conduzido por professoras da Universidade Federal de Alagoas durante a Bienal do Livro


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Debate foi conduzido por professoras da Universidade Federal de Alagoas durante a Bienal do Livro (Foto - Renner Boldrino)

Debate foi conduzido por professoras da Universidade Federal de Alagoas durante a Bienal do Livro (Foto - Renner Boldrino)

Diana Monteiro - jornalista

O cenário da educação em Alagoas foi debatido durante a programação do maior evento literário do Estado, a 8ª Bienal Internacional do Livro, que transcorre até o próximo domingo (8), no Centro de Convenções, de 10h às 22h. Nesse contexto, o foco da discussão centralizou-se nas parcerias público-privadas em funcionamento na área.

O debate foi conduzido pelas pesquisadoras da Universidade Federal de Alagoas Geórgia Sobreira Cea, Kátia Melo, Jaqueline Batista e Edna do Prado, tendo como mediadora a estudante do curso de Pedagogia Jadielma Gonçalves.

A mesa-redonda integra a programação do Seminário Internacional de Educação, promovido pela Pró-reitoria de Graduação (Prograd) e Centro de Educação da Ufal (Cedu) e no contexto do tema geral, foram apresentados estudos sobre Marcos das Parcerias público-privadas no Brasil e Parceria público-privados em Educação: Por que estudá-las?.

Parcerias envolvendo a Secretaria de Estado da Educação (SEE) da Educação, assim como a compreensão teórica das parcerias apresentado aos participantes também foram levadas ao conhecimento dos participantes.

Alagoas, segundo as pesquisadoras, pelo descaso à área, é alvo frequente das parcerias, mas para as melhorias educacionais há necessidade de um modelo de gestão e não insistir na ideia de parcerias como salvação. Mesmo o Estado tendo superado as metas estimadas para o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), constatou-se que a média de aprendizado é baixa.

Precarização da Educação a Distância é debatida na Bienal

Atividade debateu as consequências da crise orçamentária na realidade da Universidade Aberta do Brasil


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Atividade debateu as consequências da crise orçamentária na realidade da Universidade Aberta do Brasil

Atividade debateu as consequências da crise orçamentária na realidade da Universidade Aberta do Brasil

Marcio Cavalcante – jornalista

A Coordenadoria Institucional de Educação a Distância (Cied) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) realizou no último sábado (30), uma mesa-redonda para debater as consequências da crise orçamentária na realidade da Universidade Aberta do Brasil (UAB). O encontro, que integrou a programação da 8ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, em Maceió, aconteceu sob a orientação do coordenador da Cied, professor Gustavo Madeiro da Silva, e contou com a presença do assessor de Intercâmbio Internacional (ASI), professor Aruã Lima.

Madeiro e Lima traçaram uma linha de pensamento que questiona os rumos da educação no Brasil, em especial a Educação a Distância (EAD), e seu histórico processo de precarização. Aruã Lima observou que, em países asiáticos, a exemplo do Japão, onde há um grande investimento dos empresários locais, as pesquisas realizadas pelas universidades públicas atendiam especialmente as demandas dos empresários investidores, o que representa um grande risco para a Ciência em geral. Lima destacou, portanto, a necessidade de investimento público nas universidades para abrangência dos campos de pesquisas e amplitude das descobertas científicas.

“O que foi feito, no que tange à pesquisa, na Ásia e na América Latina, na mesma época após a Guerra Fria, nos mostra dois panoramas e duas agendas completamente diferentes: a Ásia amplamente industrializada e a América Latina comprometida, especialmente, com o desenvolvimento de pesquisas em Ciências Humanas”, destacou Lima.

Falta de investimentos

Para Madeiro, a distinção dos sistemas público e privado, com surgimento no Brasil após os anos 1950, é fator importante na precarização do ensino, quer da educação básica, quer do ensino superior. “Historicamente, o Brasil tem precarizado o ensino fundamental, abrindo mercado para escolas privadas oferecerem ensino de qualidade”, observou Madeiro, destacando que ao longo de décadas esta realidade passou a atingir a universidade brasileira.

“Mesmo com a guinada do acesso ao superior, o que pode ser observado nos últimos 12 ou 13 anos no Brasil, principalmente considerando o ensino a distância, é um episódio acentuado de precarização. Tal crescimento se deu, certamente, pelas facilidades do grande empresariado encontrar subsídios junto ao Poder Público para implantação de sistemas de educação a distância, oferecendo educação através de uma plataforma que barateia o processo e, em contrapartida, temos a baixa dos investimentos públicos na educação, sobretudo, no ensino superior”, adverte.

Por fim, Madeiro destacou que, apesar do esquecimento do Poder Público, a universidade pública é quem de fato produz ciência no Brasil.