Mesa-redonda do Caiite discute políticas públicas de desenvolvimento territorial

Destaque do tema foi a necessidade de órgãos públicos destinarem maior atenção às políticas de desenvolvimento territorial


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Mesa-redonda integrou as atividades do Caiite em Penedo e contou com a participação de estudantes da Unidade Educacional

Mercia Pimentel – jornalista

Políticas públicas territoriais foi o tema de uma mesa-redonda realizada na Unidade de Penedo com os professores Arthur Lima, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), e Ticiano Oliveira, da Federal de Alagoas. Ambos destacaram a necessidade de órgãos públicos destinarem maior atenção às políticas de desenvolvimento territorial, uma vez que, com a extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário, a política pública de territórios de identidade também foi apagada das discussões.

A mesa-redonda integrou as atividades do Congresso Acadêmico Integrado de Inovação e Tecnologia (Caiite) em Penedo e contou com a participação de estudantes da Unidade Educacional.

Artur Lima falou da gestão da sociobiodiversidade em territórios tradicionais. Destacou que trazer essa discussão para a academia é importante no sentido de valorizar os conhecimentos tradicionais das comunidades locais, que estão no São Francisco, na agricultura familiar e noutros campos (comunidades ribeirinhas, de pescadores, artesanais e quilombolas). “Esse debate é relevante para pensarmos a gestão da biodiversidade, a manutenção cultural e a organização sociopolítica, uma vez que essas comunidades vêm sendo ameaçadas pelas decisões tomadas pelo Governo”, enfatizou.

O proponente da mesa, professor Ticiano Oliveira, ressaltou que algumas políticas públicas estão documentadas, mas não acompanham a atuação e movimentação das comunidades, sendo necessárias constantes atualizações. No caso da extinta política de territórios de identidade, assinalou que ela foi eliminada sem maiores explicações. “Existe um movimento nacional de retomada dessa política, mas que não tem atingido a esfera governamental. Precisamos ampliar a discussão para que essa demanda seja encarada como prioridade”, ponderou.