Dilson Fidelis – estudante de Jornalismo

Foi entregue ao reitor Eurico Lôbo, na manhã desta sexta-feira (27), o resultado do trabalho feito pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) da Universidade Federal de Alagoas, sobre o Programa de Ações Afirmativas (Paaf) da Ufal, aprovado pelo Conselho Universitário, em 2003. Foi uma prestação de contas de tudo que foi realizado nos últimos 12 anos.

A professora e diretora do Neab, Clara Suassuna, e a técnica Katia Fonseca entregaram o relatório do projeto sobre as políticas afirmativas que funciona como uma prestação de contas. Foi apresentada a evolução dos resultados e como as ações foram desenvolvidas durante todo esse tempo.

O Paaf foi dividido em quatro etapas: Sistemas de cotas; Políticas de acesso e permanência; Políticas curriculares e formação de professores e Políticas de produção de conhecimento, avaliação dos programas Afro-Atitude e Odê Ayê por meio dos estudantes bolsistas. Com bons resultados, os programas vieram crescendo e gerando grandes trabalhos dentro do campo científico da Universidade.

“Eu só tenho a acreditar nos programas, mesmo que fosse apenas um, o estudante que mudasse o rumo do seu futuro por causa do projeto, eu já consideraria que deu certo. Alunos que alcançaram o doutorado e o mestrado através dos projetos, que mudaram a condição da vida, que enfrentaram racismo, preconceitos, a baixa condição aquisitiva e que transformaram a história deles e da Universidade devem ser uma grande alegria pra toda a comunidade”, afirmou Clara Suassuna.

Dos 30 mil alunos de graduação da Universidade, 5.800 deles são cotistas. Segundo Clara, é um percentual pequeno, porém que gera uma diferença dentro da sociedade. Hoje, a Ufal já consta com 40% de suas vagas voltadas para os cotistas e a meta é que, próximo ano, a Universidade disponha de um total de 50% para o mesmo público, atendendo ao cronograma do governo federal.