Escola Técnica de Artes sedia 3º Fórum Nacional de Arte e Saúde do Condetuf

Evento avaliou a situação dos cursos técnicos em cada instituição participante

10/09/2015 15h44
Professora Maria Clara Lemos (à direita) argumenta durante o 3º Fórum Nacional de Arte e Saúde do Condetuf

Professora Maria Clara Lemos (à direita) argumenta durante o 3º Fórum Nacional de Arte e Saúde do Condetuf

Natália Oliveira - estudante de Jornalismo

A Escola Técnica de Artes da Universidade Federal de Alagoas sediou o 3º Fórum Nacional de Arte e Saúde do Conselho Nacional de Dirigentes das Escolas Técnicas vinculadas às Universidades Federais (Condetuf). O evento avaliou a situação dos cursos técnicos em cada instituição participante e as demandas do Ministério da Educação e do Plano Nacional de Educação para o ensino profissionalizante.

Os 17 representantes das Escolas Técnicas em Saúde e Artes debateram sobre as especificidades presentes nas escolas e que precisam ser revistas junto ao MEC. Uma delas, por exemplo, é a distinção da carga horária de cursos diurnos para noturnos. De acordo com os dirigentes, um curso noturno não pode ter a mesma duração de um curso ministrado durante o dia, pois, na prática, as cargas horárias são diferentes.

“O curso técnico em formação de ator do Teatro Universitário funciona apenas à noite. Em geral, os alunos do curso trabalham durante o dia. Se a jornada de trabalho deles vai até as 18h, as aulas têm de ser iniciadas às 19h, o que vai contra a carga horária de quatro horas diárias. Então, esses alunos precisam concluir o curso em um espaço de tempo maior em comparação aos alunos que cursam pelo dia”, enfatizou Maria Clara Lemos, diretora do Teatro Universitário da Escola de Educação Básica e Profissional (Ebap) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Outro ponto debatido durante o encontro foi o Fator de Esforço de Curso, que ajusta a carga horária do curso em função da quantidade de aulas práticas que tecnicamente demandem menor Relação Aluno por Professor (RAP). “Um curso de artes, seja na área de teatro ou dança, usa o corpo para performance, então ele tem um fator de esforço de curso muito alto. O MEC propôs uma RAP altíssima. Um professor para 20 alunos numa turma de piano é inviável. Para esse número, o mais indicado seriam quatro professores, cada um para cinco alunos”, revelou a diretora da ETA, Rita Namé.

Uma das propostas do Fórum é mudar esse cenário. “Como expertise, a gente está propondo uma mudança de fatores para que tenhamos uma RAP mais condizente com nossa realidade”, destacou Rita.

O Fórum se encerrou nesta quinta-feira, 10, com a análise de cálculos e fundamentação legal da Relação Aluno por Professor diferenciada para as Escolas Técnicas de Saúde e Artes. Também foi elaborado um documento com as propostas deliberadas no encontro, destinado à Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do MEC.