Ufal implanta solução de segurança para redes de computadores

NTI pretende fornecer proteção contra ataques de vírus, melhorar estabilidade da conexão e tornar unidades físicas mais independentes do Campus A.C. Simões, em Maceió

28/11/2014 10h54 - Atualizado em 28/11/2014 às 14h23
Segundo coordenador de redes e infraestrutura da Ufal, Francisco Bruno, a solução Juno OS vai fornecer mais segurança para dados e usuários de computadores nos campi

Segundo coordenador de redes e infraestrutura da Ufal, Francisco Bruno, a solução Juno OS vai fornecer mais segurança para dados e usuários de computadores nos campi

Pedro Barros - estudante de Jornalismo 

A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) implantou na última terça-feira (25), uma solução em segurança para sua rede de computadores. A medida, tomada pelo Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI), além de fornecer mais proteção ao data center, às redes das unidades externas ao Campus A.C. Simões, em Maceió e aos campi do interior, promete melhorar a conectividade à internet e dos telefones. 

O serviço engloba todo o tráfego de internet da instituição, tanto de entrada como de saída, inclusive as redes sem fio (Wi-Fi). Segundo o coordenador de redes e infraestrutura da Ufal, Francisco Bruno, a aquisição da solução Juno OS, um conjunto de equipamentos e programas, oferece, em termos técnicos, escalabilidade, disponibilidade e integração dos serviços de segurança. "Com isso, o NTI poderá oferecer um serviço de conectividade mais robusto e trazer independência para as unidades fora de sede, que dependiam totalmente da infraestrutura do Campus A.C. Simões", explicou. 

A solução ajuda a bloquear sites suspeitos e conteúdo proibido, o que deve proteger tanto os dados dos sistemas da Ufal (SIG, SIPAC, sistema acadêmico, Moodle etc.), armazenados no data center, quanto os usuários dos laboratórios de informática (em blocos, laboratórios, bibliotecas etc.). "A Ufal sofre, em média, 5 mil tentativas de ataques virtuais por dia. Com o Juno OS, pretendemos reduzir a um número próximo de zero", informou Francisco. 

Phishing (tentativa de coletar dados de internautas ou sistemas por meio de fraude) é um dos ataques que o NTI pretende bloquear diretamente com a nova ferramenta. "A rede da Ufal não vai sofrer mais tanta sobrecarga com ameaças de vírus. O que acontecia? Você recebia um vírus, sem querer clicava, ele lia toda a sua agenda de contatos e saia disparando para outros e-mails. A ideia é que agora a gente bloqueie o vírus antes que ele entre", disse. 

Conectividade 

O novo serviço promete tornar a conexão mais robusta, diminuindo as falhas e ampliando a qualidade do acesso à internet e das ligações telefônicas - que funcionam interligados. "Com a redução das tentativas de ataque, podemos garantir que o link sempre esteja disponível", salientou Francisco. 

A melhora também é possível graças à independência que a ferramenta traz para cada unidade física da Ufal, distribuídas em Maceió e no interior. "É uma solução para cada uma: Campus A.C. Simões, Ceca, Museu Théo Brandão, Campus Arapiraca, Unidade de Penedo etc. O que acontece é elas precisavam que a internet no Campus A.C. Simões, estivesse funcionando para terem acesso", explicou. 

Conforme Francisco, era justamente essa dependência que causava constantes problemas nos telefonemas: a ligação ia primeiro para o campus de Maceió para depois chegar ao ponto desejado. Com o percurso menor, é possível melhorar a estabilidade e a qualidade das ligações. "Se houver um problema no A.C. Simões - faltar energia, por exemplo -, vai continuar funcionando", acrescentou. 

Perfil do usuário 

A próxima aplicação do serviço é a coleta de informações de uso da rede. "Temos uma série de problemas que não conseguimos responder aos órgãos legais, nem à própria administração, que querem ter uma noção de perfil de acesso feito à internet a partir da Ufal", disse Francisco. 

"Com o Juno OS, vamos conseguir verificar qual o principal uso feito da rede, se é para pesquisa, para ver notícias etc.", informou. Segundo o gestor, a implantação vai potencializar ainda mais a segurança dos dados e dos usuários. "Além da questão legal, recebemos, quase todos os dias, o que chamamos de incidente de segurança e não conseguimos responder a isso", observou. 

A função já existe na ferramenta, mas para sua implantação é necessário aprovação da comunidade acadêmica. "No momento não vamos coletar nada, porque isso depende de autorização do Consuni [Conselho Universitário]. Estamos desenvolvendo a política de segurança de informação da Universidade e pretendemos apresentá-la em janeiro de 2015", explicou o coordenador.